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2009-01-31

Ano Internacional da Astronomia - Dia 32

Candor Chasma- o Grande Canyon marciano.
O nome Candor deriva do latim, candoris, que significa branco ou brancura. A palavra Chasma de origem latina é empregada para designar uma depressão alongada na superfície de um planeta.
A formação deste enorme desfiladeiro em Marte, deve-se provavelmente a deslizamentos de terra, vento, e talvez à acção da água e actividades vulcânicas. A multiplicação de indícios da presença de água em Marte reforça a teoria de que terá existido vida naquele planeta ou que esta poderá ainda existir no seu subsolo.
A câmara HiRISE (High Resolution Imaging Science Experiment) a bordo da sonda da NASA, Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), observou riscas longas, direitas e escuras nas paredes do Candor Chasma, que faz parte do gigante sistema de desfiladeiros, Valles Marineris. Estas riscas, com cerca de meio metro de largura e com alguns quilómetros de comprimento, são fendas no chão que podem ter sido formadas a partir do peso de rocha sobreposta que desde aí sofreu erosão. Uma outra hipótese, que explica, essas fracturas é que elas podem ter sido causadas pelos processos que formaram o Valles Marineris, com cerca 4000 quilómetros de dimensão. Os cientistas acreditam que as fendas já lá estavam quando um líquido, muito provavelmente água, fluíu através delas.

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2009-01-30

Ano Internacional da Astronomia - Dia 31

As Faces (montes) de Marte.
Autor: NASA.
Esta imagem mostra a Face de Marte, em Cydonia, que escritores com imaginação referiram como sendo uma evidência de vida inteligente em Marte. É mais provável que este monte, nas planícies do norte, tenha sido erodido pelo vento de forma a ter um aspecto parecido com uma cara. Cydonia está localizada na região de Marte chamada Arabia Terra e pertence à zona de transição entre as terras altas do sul e as planícies do norte de Marte. Esta transição é caracterizada por largos vales, cheios de materiais, resíduos geológicos e de pequenas elevações isoladas de várias formas e dimensões.


Depois de várias tentativas frustradas, devido à altitude e à poeira e névoa atmosféricas, para obter imagens da região de Cydonia no período de Abril de 2004 a Julho de 2006, a HRSC a bordo da Mars Express obteve finalmente, a 22 de Julho, uma série de imagens, entre as quais a imagem anterior, que mostram a famosa ‘face’em Marte com um detalhe sem precedentes.
Os dados foram recolhidos durante a orbita 3253 sobre a região da Cydonia, com uma resolução no solo de aproximadamente 13,7 metros por pixel. “Estas imagens da região de Marte, Cydonia, são verdadeiramente espectaculares”, afirma Agustin Chicarro, cientista do Projecto Mars Express. “Fornecem não só uma visão completamente nova e detalhada de uma área famosa para os fãs dos mitos espaciais em todo o mundo, mas também um detalhe impressionante de uma área de grande interesse para os geólogos planetários, e mostra mais uma vez o grande potencial da câmara da Mars Express.”

A Face do Rei

Esta nova face em Marte, intitulada "A Face do Rei", também tem sido alvo de especulações, havendo muitas hipóteses explicativas naturais para a sua aparência.

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Vulnerabilidade

Um ser vulnerável, rasga o ventre materno,
Num gesto inapto de nascimento.
Suga o afectuoso e quente seio,
Numa ânsia insciente de sobrevivência.
Caminha, trôpega mas decididamente
Ao lado do sonho de conhecer o mundo,
Porque acredita,
Que o conhecimento,
O torna menos vulnerável,
Do que aquando do princípio do todo.
Cada dia,
Cada hora,
Cada instante,
É tempo ganho,
Na estrada defeituosa da física da vida.
Cada passo é conquista,
Cada légua, fortalecimento,
Cada teste, tempestade,
Cada trabuzana, desafio.
Ser-se, é adaptar-se:
Ao vento que ruge,
Ao mar que fustiga,
Ao fogo que queima,
Ou à bala perdida que passa,
Consciente da vulnerabilidade guardada,
Num saco elástico de cútis,
Que pode em qualquer instante romper-se,
Por ser, também ela marcada,
Com o selo da susceptibilidade natural
De tudo o que é vivente.

Félix Rodrigues
Angra do Heroísmo, 24 de Janeiro de 2009.

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2009-01-29

Ano Internacional da Astronomia - Dia 30

Esférulas marcianas.
Como se formaram estas esférulas marcianas? Não é graniso, como o que choveu hoje no Arquipélago dos Açores.
As rochas colhidas em Marte, revelaram ter esferas do tamanho de bagas de mirtilo incrustadas nos afloramentos rochosos. Os investigadores chamam-lhes "mirtilos" - embora não sejam azuis, mas cinzentas. As esférulas não estão concentradas em camadas particulares dentro da rocha, como estariam se tivessem sido originadas no exterior da rocha e fossem depositadas em camadas acumuladas enquanto a rocha se estava a formar. Em vez disso, as esférulas são dispersas. Isto significa que elas são os que os geólogos chamam de "concreções" que se formam da acumulação de minerais provenientes da solução no interior de uma rocha porosa impregnada de água.
Algumas das esférulas das imagens obtidas ao microscópio parecem ter listras que correspondem às camadas da rocha matriz em torno delas. Isso é consistente com as interpretações que associam a estas esférulas concreções que se formaram no interior da rocha húmida.
Relativamente a Marte, ainda há imenso para aprender: quando é que a área esteve húmida e quanto tempo duraram essas condições?
Como se acumulou a água? Num lago salgado ou mar?
Qual a profundidade desse corpo aquoso?

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2009-01-28

Ano Internacional da Astronomia - Dia 29

Cratera cerebral em Marte.
À primeira vista, esta cratera marciana assemelha-se ao cérebro humano. Que fenómenos naturais explicam a sua morfologia?
Trata-se de uma cratera de impacto, resultante do choque de um meteorito com a superfície do planeta vermelho.
Fotografada em 1997, pela sonda "Mars Global Surveyor", com cerca de 1 km de diâmetro, a geomorfologia do interior desta cratera tem intrigado os cientistas que ainda continuam a pesquisar diferentes hipóteses interpretativas. As manchas brancas da figura parecem dunas de areia esculpidas pelo vento, mas tal não explica a sua distribuição no interior da cratera, nem tão pouco as formas inusuais que a cratera apresenta.

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2009-01-27

Ano Internacional da Astronomia - Dia 28

Dunas pontilhadas de Marte.
As dunas de Marte levam 1000 anos para viajar alguns metros. Esta é a conclusão de um novo estudo publicado na Physical Review Letters que tenta simular as estruturas observadas das dunas no planeta vermelho e determinar que condições presentes foram responsáveis por isso. Na Terra, uma duna de areia é formada pelo vento e pela água. Em Marte, parece não existir nenhum movimento devido a essas condições. Com uma atmosfera de apenas 1/100 da densidade terrestre, a velocidade do vendo em Marte deveria ser considerável para mover a areia ao seu redor. Eric Parteli da Universitaet Suttgart, na Alemanha, e o seu colega Hans Herrmann, da Universidade Federal do Ceará no Brasil, calcularam que em Marte (onde a gravidade é somente 1/3 da gravidade terrestre) uma duna de 1 metro de altura requer uma velocidade vento de cerca de 35 m/s para ser movida. Esta velocidade ocorre poucas vezes num período de dez anos, o que justifica o ritmo lento do movimento das dunas, ou seja, as dunas de Marte são praticamente imutáveis.
O que provoca então os pontos negros nas dunas de Marte?
À medida que a Primavera avança no hemisfério norte de Marte, os "gelos" sobre as dunas de areia perto dos pólos, começam a derreter. As camadas mais finas de gelo descongelam primeiro do que as outras, revelando por baixo delas areia, cuja cor escura acelera o descongelamento. No Verão, as manchas expandem-se e rodeiam as dunas totalmente, aparecendo estas então totalmente escuras. O dióxido de carbono solidificado e o gelo do vapor de água, passam directamente para a atmosfera, através da sublimação (passagem do estado sólido para o estado gasoso). Na imagem aqui apresentada, vê-se um campo de dunas polares pontilhadas, perto do Pólo Norte marciano com cerca de 3 quilómetros x 3 quilómetros.

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2009-01-26

Ano Internacional da Astronomia - Dia 27


Lua e Marte.
Autor: John Harms.
Em 2003, corria o boato de que Marte ficaria do tamanho da Lua Cheia.
A cada 26 meses, aproximadamente, a Terra alinha-se com Marte. Na Astronomia, esse alinhamento é chamado de “oposição ao Sol” (ou simplesmente “oposição”), porque para ver Marte devemos olhar na direção oposta à nossa estrela: quando o Sol se põe a Oeste, o planeta vermelho nasce a Este. À meia-noite Marte atinge a sua altura máxima no céu. Assim, numa oposição de Marte, esse planeta, a Terra e o Sol ficam praticamente alinhados. Mas nem todas as oposições marcianas são iguais. Como as órbitas da Terra e principalmente de Marte não são círculos perfeitos, esse encontro pode dar-se a diferentes distâncias. Tipicamente, numa oposição muito favorável, a distância entre a Terra e Marte situa-se entre os 55 e 56 milhões de quilómetros. Em média, Marte fica sempre a mais de 200 milhões de quilómetros da Terra. Para que o planeta vermelho ficasse do tamanho da Lua Cheia, Marte teria de se aproximar ameaçadoramente. Na oposição observada em 2003, Marte atingiu os 25 segundos de arco, isso é, 72 vezes menor do que a Lua Cheia.
A próxima oposição de Marte ocorrerá a 29 de Janeiro de 2010, daqui a um ano e dois dias, e será sensivelmente 1/128 mais pequeno do que a Lua cheia.

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2009-01-25

Ano Internacional da Astronomia - Dia 26


Primavera no Hemisfério Norte marciano.
Autor:MSSS.
O planeta Marte é o quarto planeta a contar do Sol e é o último dos quatro planetas telúricos no sistema solar, situando-se entre a Terra e a cintura de asteróides. De noite aparece no nosso céu, como uma estrela de brilho avermelhado, razão pela qual os romanos lhe atribuíram o nome do seu deus da guerra.
Este planeta tem estações do ano que duram o dobro das estações na Terra. As variações anuais de temperatura na superfície de Marte, ou de qualquer outro planeta, dependem de dois factores físicos: da inclinação do seu eixo (eixo da eclíptica) e da distância ao Sol. À medida que um planeta descreve o seu movimento de translação ao torno do Sol, pode aproximar-se ou afastar-se mais do astro rei, dependendo da forma de sua órbita (próxima da circular ou próxima da elipse). Assim, quando mais próximo do Sol, maior a temperatura e vice-versa. Em relação à inclinação axial, se um planeta não possuísse nenhuma inclinação, a temperatura seria maior no equador, pois aí os raios solares incidiriam perpendicularmente à sua superfície, e os pólos seriam igualmente iluminados. À medida que o planeta vai adquirindo inclinação axial, a luz solar incidirá mais num dos pólos, deixando o outro com menos luminosidade.
Enquanto que na Terra temos 89 dias de Inverno e 93 de Verão, no hemisfério norte marciano, o inverno dura 154 dias, e o verão, 178. Todavia, o verão marciano não é sinónimo de calor, pelo menos como o entendemos aqui na Terra: as temperaturas variam de zero a 70 graus negativos. A atmosfera do planeta fica mais fina quando Marte está mais próximo do Sol e começa o Inverno no pólo Norte do planeta. As temperaturas são tão baixas que o dióxido de carbono, principal componente da atmosfera, congela e cai no solo.

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Prémio dardos

A Mariz do blog:Premiou este blog com o "Prémio Dardos".

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2009-01-24

Ano Internacional da Astronomia - Dia 25



Polo Norte e pólo Sul de Vénus.
Autor: V enus Express e SSV.
O planeta Vénus está a ser assolado por um brutal efeito de estufa, manifestado por um aumento de temperatura à superfície para o dobro da de um forno doméstico, revelaram os primeiros resultados obtidos pela sonda Venus Express, da Agência Espacial Europeia (ESA) há dois anos, agora divulgados em oito artigos publicados na revista Nature e escritos por uma vasta equipa, que incluiu astrofísicos portugueses. O planeta está a perder para o espaço a pouca água contida na sua atmosfera, tendo a água dos oceanos evaporado por completo. A resposta para este fenómeno, dado que o efeito de estufa na Terra é por muitos associado às emissões de dióxido de carbono com origem nas actividades humanas, poderá estar na elevada concentração de dióxido de carbono na atmosfera venuziana que atinge os 98 por cento.
David Luz, do Observatório Astronómico de Lisboa, um dos astrofísicos portugueses que participou na redacção dos artigos da Nature, em declarações ao jornal Público, defende que “a principal razão deve ser uma maior quantidade de dióxido de carbono na atmosfera. Por seu lado, Pedro Russo, coordenador do Ano Internacional de Astronomia na União Astronómica Internacional, explica que "este gás com efeito de estufa pode ter contribuído para o aumento da temperatura e isso teria evaporado os oceanos”. "A Terra, Marte e Vénus têm algumas semelhanças, mas em determinada altura evoluíram para cenários diferentes. Se estudarmos a evolução de Vénus e de Marte, compreenderemos melhor qual vai ser a evolução do nosso planeta", sublinha Pedro Russo. Já David Luz alerta para os perigos de uma evolução semelhante na Terra. "Se o efeito de estufa na Terra se tornar mais acentuado e houver uma evaporação acentuada dos oceanos, as coisas podem tornar-se sérias", diz. "O vapor de água junta-se ao dióxido de carbono e aumenta o efeito de estufa".
Na equipa de controlo da sonda Venus Express, no Centro de Operações Espaciais da ESA, na Alemanha, um português, Bruno Sousa, está atento ao desenrolar da missão, que à excepção de um instrumento científico, decorre sem problemas. "Já garantimos uma extensão da missão até Abril de 2009 e, na equipa, achamos que há condições para a estender por mais tempo."
Relâmpagos e trovões na atmosfera de Vénus"
Já existiam algumas indicações sobre os relâmpagos. A Venus Express acabou com todas as dúvidas: os relâmpagos estão confirmados", diz David Luz. No entanto, a partir da superfície de Vénus (embora tal ansejo não seja possível a humanos, porque seríamos esmagados por uma pressão atmosférica 92 vezes superior à da Terra e reduzidos a carvão por temperaturas superiores a 450 graus), nem daríamos pelos relâmpagos e os trovões. Estes só ocorrem na densa camada de nuvens, entre 40 a 60 quilómetros de altitude. A 60 quilómetros de altitude, os ventos atingem os 360 quilómetros por hora, mas no solo resumem-se a brisa. O pólo sul do planeta descoberto possui um vórtice, uma enorme tempestade semelhante a um furacão, mas com a particularidade de ter um duplo centro, como se fossem dois furacões a rodar lado a lado. Antes havia sido já descoberto um destes vórtices no pólo norte de Vénus, com a descoberta de um segundo a permitir compreender melhor a circulação atmosférica do planeta (In Espacial News).

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2009-01-23

Ano Internacional da Astronomia - Dia 24

Escoadas lávicas na superfície de Vénus.
A quente superfície de Vénus mostra claros sinais de antigas correntes de lava.
Os rios de lava venusianos têm, com frequência, centenas de quilómetros de extenção chegando a atingir mais de 1.000 km de comprimento. A largura destes rios de lava pode ter uns poucos quilómetros ou até algumas dezenas de quilómetros.
Na imagem anterior, a lava aparentemente correu desde o topo da imagem e acumulou-se nas áreas mais claras visíveis no centro. Essa lava cortou um canal pelo desfiladeiro mais escuro que corre verticalmente pelo centro da imagem.
Não se conhece a razão pela qual os derrames de lava em Vénus são tão grandes. As elevadas temperaturas (cerca de 475°C) que reinam no planeta são responsáveis pela diminuição da velocidade de arrefecimento da lava, todavia, não é razão suficiente para explicar a diferença de extensão entre os derrames lávicos venusianos e os derrames lávicos terrestres.
Os derrames de lava venusianos parecem ser, na sua maioria, de composição basáltica, ou seja, de lavas relativamente mais fluídas. Conhecem-se dois tipos de lavas basálticas na Terra: a lava aa ou "escoriácea" e a lava encordoada ou «pahoehoe». A lava aa apresenta uma textura rugosa em forma de pequenos blocos fragmentados, muito facilmente observada em qualquer ilha dos Açores, Madeira ou Canárias. A lava encordoada, como o seu nome indica, apresenta-se como uma camada de cordas ou forma almofadada, fáceis de encontrar na ilha do Pico.
A rugosidade do terreno venusiano é facilmente percepcionado através do brilho das imagens de radar (as superfícies mais suaves são mais escuras) que permite identificar lavas aa e lavas encordoadas. Estas variações também podem reflectir as diferenças de idade e o estado de preservação das lavas. Os canais e os tubos de lava (os canais resultam de tubos de lava ocos, cujo tecto abateu ) são muito comuns em Vénus.
A foto anterior abrange uma distância de cerca de 500 quilómetros. A lava era originária de uma caldeira de nome Ammavaru que se situa a 300 km para à esquerda dessa imagem.

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A paz é possível

2009-01-22

Ano Internacional da Astronomia - Dia 23

Escorrências de lava em Vénus.
Ilustração de E. De Jong e colaboradores.
Os vulcões e as formações vulcânicas são muito numerosas em Vénus. Pelo menos 85% da superfície de Vénus está coberta por rochas vulcânicas. Gigantescas correntes de lava, que se estendem por centenas de quilómetros, inundaram as zonas de baixo relevo criando vastas planícies. Mais de 100 000 pequenos vulcões preenchem a superfície juntamente com centenas de grandes vulcões. As correntes de lava abriram longos e sinuosos canais que se prolongam por centenas de quilómetros, tendo um desses canais 7 000 quilómetros, aproximadamente.
Encontram-se também grandes grandes edifícios vulcânicos, como o Monte Sif, semelhantes aos edifícios vulcânicos dos Açores e Havai, na Terra, ou o monte Olimpo e os montes Tharsis, em Marte, associados a vulcanismo basáltico. Encontram-se também os interessantes "vulcões-panqueca", algumas vezes com alinhamentos que aparentam ter resultado da expulsão de lavas viscosas, o que indica serem de composição intermédia ou ácida. Este tipo de vulcanismo muito diferenciado associa-se na Terra aos limites de convergência de placas tectónicas. Pode-se inferir assim que Vénus já deve ter tido uma tectónica activa. Os dados mais recentes indicam que pode haver ainda vulcanismo activo em Vénus.
Um estudo realizado por investigadores do Departamento de Biologia e Geologia da Universidade Rei Juan Carlos, em colaboração com o Departamento de Ciências Geológicas da Universidade de Minnesota-Duluth, num projecto patrocinado pela NASA, afirma que o fenómeno de relaxação horizontal (volcanic spreading) -até agora só descrito na Terra e em Marte- também pode estar associado aos vulcões de Vénus. Esse fenómeno é de grande importância para o estudo da evolução de um edifício vulcânico, já que controla a sua evolução estrutural e pode chegar a desencadear o seu colapso ou a sua destruição. Tal mecanismo poderia explicar também a razão pela qual 80% dos domos vulcânicos de pequena e média dimensão (cerca de 20 quilómetros) desse planeta apresentam evidências de terem sofrido processos de colapso em determinado período da sua evolução. Na Terra este fenómeno está relacionado com o processo de colapso das paredes das caldeiras dos vulcões, sendo o seu estudo de grande importância para a avaliação do risco vulcânico.

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2009-01-21

Ano Internacional da Astronomia - Dia 22


Vénus, sem a cobertura de nuvens.
Esta imagem é uma vista global da superfície de Vénus, centrada a 180 graus, longitude Este. A cor simulada, serve para evidenciar estruturas de pequena escala. Esta imagem, criada em 1996, é um mosaico com milhares de fotos de radar obtidas pela sonda Magalhães. Esta sonda sobrevoou por várias vezes o planeta e estudou a sua atmosfera e a sua superfície com uma precisão nunca antes obtida.
Foram necessárias algumas órbitas para mapear toda a superfície e ainda assim algumas áreas foram preenchidas por imagens de outras sondas.
Aproximadamente 70% da superfície é constituída por planícies, 8% por regiões montanhosas e planaltos elevados e 22% por depressões. Os cumes mais altos deste planeta chegam a atingir os 11000 metros (montes Maxwell).
Há diversas crateras resultantes do impacto de asteróides, todas com um diâmetro superior a 3 km. A sua estrutura interna é muito semelhante ao do planeta Terra, mas a crosta é constituída por um bloco único.
A superfície de Vénus é sólida e rochosa, onde as rochas se assemelham ao granito terrestre, no que se refere à sua composição em elementos radioactivos, pois contém 0,0002% de urânio, 4% de potássio e 0,00065% de tório. Nos locais onde pousaram as sondas Venera 9 e Venera 10, as medições de radioactividade sugerem uma composição semelhante à das rochas basálticas do fundo dos Oceanos terrestres e das regiões vulcânicas como os Açores e o Havai.

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Melro-Preto

Turdus merula azorensis Hartert, 1905 Melro-Preto não quis ser verde,
P’ra no verde restolhar,
Vestido de preto se perde,
Nas lavas do meu lugar.
Assenta-te como uma luva,
O negro da tua plumagem,
Debruada de coragem,
Quando na apanha da uva,
Te pões a saltitar,
E também, a vindimar.

Melro-Preto de bico amarelo,
Melro-Preto dos ovos azuis,
Ao Sol ficas mais belo,
Ao vento, parece que fluis.
Félix Rodrigues
Angra do Heroísmo, 16 de Janeiro de 2009.

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2009-01-20

Ano Internacional da Astronomia - Dia 21


Nuvens de ácido sulfúrico em Vénus.
Autor: ESA/MPS.
A atmosfera de Vénus é 92 vezes mais densa do que a atmosfera terrestre, por essa razão a pressão à sua superfície é equivalente à verificada a 920 metros de profundidade nas águas do mar. Essa atmosfera é composta essencialmente por dióxido de carbono, o que provoca um potentíssimo efeito estufa fazendo com que este planeta seja o mais quente do sistema solar, com uma temperatura de 460 ºC ao nível do equador.
Vénus possui assim uma atmosfera muito diferente da nossa: muito densa e reflecte a maior parte da luz solar incidente, por isso brilha tanto no céu. Essa densa atmosfera acaba por dificultar a visualização da sua superfície.
Novos dados e imagens enviados o ano passado pela sonda Venus Express, da ESA (Agência Espacial Européia) revelam detalhes nunca vistos da atmosfera de Vénus. Segundo um estudo publicado na revista Nature, Vénus está encoberto por uma densa camada de nuvens de dióxido de enxofre e de ácido sulfúrico que reflecte de volta para o espaço a maior parte da luz solar recebida, tal como anteriormente se dizia. Este planeta ao ser observado com luz ultravioleta, dos instrumentos da sonda, aparece com regiões claras e outras escuras. Tal deve-se a uma distribuição não homogénea de substâncias absorventes da luz (nesse comprimento de onda) e ainda desconhecidas.
Segundo os autores do artigo anteriormente referido, a análise desses dados revela existir uma ampla simetria entre os dois hemisférios venusianos e uma grande actividade convectiva nas baixas latitudes, o que implica que os absorventes da radiação ultravioleta estejam aí mais concentrados .
Nas baixas e médias latitudes do planeta Vénus, o topo visível das nuvens está localizado a cerca de 72 mil metros da superfície, tanto nas regiões mais escuras como nas mais claras. Isso, de acordo com os autores do estudo, indica que as variações observadas no brilho resultam de diferenças na composição promovidas pelo ambiente mais frio e não de mudanças na elevação. A estrutura e a dinâmica atmosférica do planeta seriam as responsáveis pelas diferenças no brilho observadas nas imagens a luz ultravioleta, mais escuras próximos ao equador e mais claras (com nuvens mais uniformes) nas latitudes mais elevadas e mais frias.

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2009-01-19

Ano Internacional da Astronomia - Dia 20

Vénus na Lua.
Autor: Johannes Schedler.
A 22 de Abril 2009 ocorrerá a ocultação do planeta Vénus pela Lua (não observável de Portugal), semelhante ao que se reproduz na imagem anterior.
Na costa Oeste dos EUA poderá observar-se uma fina Lua (iluminada a 8%) passar em frente de Vénus antes do nascer-do-Sol. Mais para Este, incluindo Açores e Portugal, este evento ocorre já durante o dia.
A 25 de Março, Vénus é a Estrela da Manhã ou Estrela d'Alva e simultaneamente a Estrela da Tarde ou Estrela Vésper no hemisfério Sul. São raras as ocasiões em que Vénus pode ser visto no céu da manhã e da tarde no mesmo dia e tal ocorre em apenas um dos hemisférios. Esta possibilidade existiu recentemente para os observadores do hemisfério Norte durante alguns dias do mês de Março de 2001, e o mesmo sucederá este ano no hemisfério Sul. Estes eventos repetem-se a cada oito anos, de acordo com o ciclo sinódico do planeta.

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2009-01-18

Ano Internacional da Astronomia - Dia 19

Falha, na superfície de Mercúrio.
Autoria: NASA.
A superfície do planeta Mercúrio tem falhas geológicas. A falha na imagem é chamada Santa Maria Rupes, (por Rupes é uma linha de rochedos montanhosos, íngremes, situados sobre a superfície de um planeta ou na superfície da Lua) e atravessa muitas crateras proeminentes. Pensa-se que tal falha seja o resultado de enormes forças de compressão existentes na superfície desse planeta. Provavelmente foram criadas por grandes impactos e por um "encolhimento" geral da crosta de Mercúrio, que por sua vez faz com que partes da crosta se elevem sobre as outras partes.
Muitas destas estruturas foram descobertas nas imagens de Mercúrio da Mariner 10 e foram interpretadas como sendo enormes falhas tectónicas em que parte da crusta de Mercúrio era empurrada por cima das partes adjacentes por forças de compressão. A abundância e comprimento destas falhas indiciavam que o raio de Mercúrio diminuiria 1-2 quilómetros após a solidificação e a formação das crateras de impacto. Esta alteração do volume, era interpretada como devida ao arrefecimento do planeta, após a formação de um núcleo metálico com três-quartos da dimensão do planeta. A imagem anterior representa uma zona com 200 quilómetros de lado sendo e a zona superior é parte norte.
Dados recentes colhidos pela sonda Messenger em 2008, indicam que as falhas, crateras e outras formações geológicas identificadas na superfície do planeta teriam sido originadas principalmente pela actividade vulcânica do planeta, e não tanto por causa de impactos, como se especulava.
De facto o vulcanismo pode produzir falhas da mesma natureza que as observadas em Mercúrio. Nos Açores o fenómeno geológico mais recente associado ao movimento de falhas foi o vulcão dos Capelinhos, quando na noite de 12 para 13 de Maio de 1958, a ilha do Faial foi sacudida por violenta crise sísmica e algumas falhas geológicas deslocaram-se. Na área exterior da Caldeira algumas falhas geológicas subiram 1,5 metros e em outros sítios da Praia do Norte abriram-se fendas de 2 metros de largura.

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2009-01-17

Ano Internacional da Astronomia - Dia 18

O trânsito de Mercúrio a três dimensões. Para ver as três dimensões, deverá ver a imagem com uns óculos onde uma das lentes é azul e a outra vermelha.
Autoria: Greg Piepol.

Sendo Mercúrio um planeta interior há a possibilidade deste passar em frente do disco solar, e também existem momentos em que passa atrás do Sol, do ponto de vista de um observador na superfície terrestre. Essas ocasiões são raras. Quando este planeta passa em frente ao disco solar, diz-se que ocorre um TRÂNSITO. Assim sendo, existe um trânsito sempre que um astro passa em frente de outro; acontecimento que é muito comum com os satélites galileanos de Júpiter. O trânsito de Mercúrio é menos frequente de tal modo que a primeira pessoa a observar um TRÂNSITO DE MÉRCURIO foi Pierre Gassendi, em Paris, a 7 de Novembro de 1631.
O próximo trânsito de Mercúrio ocorrerá no dia 9 de Maio de 2016, ou seja, só daqui a sete anos.

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2009-01-16

Ano Internacional da Astronomia - Dia 17

Movimento aparente de Mercúrio.
Após o auge da ciência grega dos sécs. III e II a.C., seguiu-se um período com poucos trabalhos originais. No entanto, no séc. II d.C., duas grandes figuras representaram o culminar da ciência grega: Ptolomeu e Galeno.
Ptolomeu de Alexandria (150 d.C.) escreveu um grande tratado astronómico baptizado por "Composição Matemática", mais conhecido pelo seu nome árabe: o "Almagesto".
Ptolomeu conhecia muito bem a obra de seus predecessores. Deu continuidade ao catálogo de estrelas de Hiparco, catalogando-se ao todo 1028 estrelas.
Ptolomeu defendia que o estudo da astronomia fortaleceria o caráter dos homens, que passariam a querer que a sua alma também atingisse a beleza divina dos corpos celestes. Passou então a formular e a justificar as principais teses de seu sistema, como a esfericidade dos céus, da Terra, e o facto de considerar a Terra em repouso no centro do universo.
Ptolomeu foi influenciado pelo pensamento de Aristóteles, e encontrou diversos argumentos para justificar a imobilidade da Terra, argumentos esses que só foram retomados por Copérnico em 1543.
Segundo Ptolomeu, o principal objectivo de um astrónomo deveria ser "salvar as aparências", explicando o movimento irregular dos corpos celestes a partir de movimentos circulares uniformes. Para isso, esse pensador adoptou a teoria dos epiciclos e excêntricos de Apolónio e Hiparco .
Ptolomeu introduziu, para explicar correctamente o movimento dos planetas, o conceito de "equante". O equante é um ponto fora da Terra e fora do centro do círculo excêntrico, em relação ao qual o planeta orbita, com velocidade angular constante. De todos os planetas, o caso mais dificil de explicar era o de Mercúrio (movimento aparente captado pela fotografia de Juan Carlos Casado, aqui apresentada).
Apesar de seus méritos, a teoria ptolomaica estava sujeita a duas grandes críticas: Era difícil conceber um movimento circular uniforme em torno de um ponto que não fosse o seu centro, como na doutrina do equante, e, as teorias lunar e planetária não descreviam certos dados conhecidos à época, inclusivamente pelo próprio Ptolomeu, como era por exemplo, o caso da Lua e de Mercúrio.

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Mensagem!


QUE JUNTOS ELEJAMOS AMAR
E NÃO A DESTRUIÇÃO DO SER:
PELA PAZ INTERIOR
*
Recibi HOJE esta foto, com este texto:
LA FOTO QUE COMOVIÓ AL MUNDO Y PUEDE TRAER LA PAZ ENTRE ISRAEL Y PALESTINA, AYUDANOS,
pedindo que seja divulgada ao Planeta entero, por todos os meios...
*
SIM, ESTA É A CHAVE DE TUDO, MEUS AMADOS IRMÃOS E IRMÃS: A PAZ INTERIOR!!!,
*
QUE ESTES DOIS MENINOS, UM ISRAELITA E O OUTRO PALESTINO,
COMPROVAM VIVENDO E ANDANDO ABRAÇADOS
ENQUANTO O ÓDIO E A GUERRA INTERNA NOS "grandes"
SE MANIFESTA EM TODO SEU HORROR!!! ...
*
O AMOR...
A IRMANDADE PLANETÁRIA...
UMA SÓ FAMÍLIA...
É O ÚNICO CAMINHO...
*
SOLO ASÍ REALIZAREMOS EL ÚNICO CAMINO: LA HERMANDAD DEL HOMBRE/GOBIERNO GLOBAL DE LA HUMANIDAD, CON UNA ÚNICA LEY, EL AMOR, SEGÚN NOS FUÉ REVELADO.
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GOBIERNO GLOBAL DE LA HUMANIDAD ***
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DISPOSICIONES ***
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1 - Conformar una sola NACIÓN con Seres Libres, reconociéndose como lo que son, aceptándose como lo que son, amándose como lo que son: ¡PURA LUZ!.
2 - Conformar una sola RAZA dentro de la multiplicidad externa, dando cabida así al Arquetipo Divino del Hombre-Mujer, ¡Andrógino Luz!.
3 - Conformar una sola RELIGIÓN con seres conscientes de que El PADRE-MADRE-AMOR es la Única Fuente Luz, y por lo tanto no puede haber separatismo entre Seres ligados por el AMOR.
4 - Conformar una sola MONEDA estableciéndose el INTERCAMBIO RITMICO BALANCEADO de Ser a Ser, por lo que el Amor permitirá la reciprocidad entre los Seres.
5 - Conformar una sola ESCUELA donde se aprenda a Amar, a reconocer la Esencia Divina que mora en cada quien, siendo el Principio Matriz, la Fuerza Cohesiva del Amor con su fluidez de la Sabiduría Divina, plenando al Ser con Su Luz.
6 - Conformar una sola FAMILIA libre del separatismos racial, genético o ideológico. Amparando a cada Ser como lo que es: HIJO del PADRE-MADRE-AMOR, y por ende copartícipe de la Familia Universal.
7 - Conformar un solo IDIOMA despojándose de la semántica idiomática, para reafirmar a través de la Emanación del Amor, la Comunicación Electrostática de Ser a Ser.
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"El Libro de Urantia",
http://www.urantia.org/(pag(pag. 1486-91)
http://www.globalgovernmenthumanity.org/casa.html
http://www.governoglobal.org/MenuArvore1.html
http://www.aussiepeacemaker.org/
Compartiendo, en Orden, Luz y Amor,
Giuseppe, tu hermano amigo y tu sócio en la REALIZACIÓN...

Award do Sou Pó e Luz


Mariz, do blog Sou Pó e Luz ofereceu o seguinte "Award", a quem se agradece.

2009-01-15

Ano Internacional da Astronomia - Dia 16

Bacia Caloris em Mercúrio.
Autoria: NASA.
A maior cratera em Mercúrio é a bacia Caloris Planitia. Uma bacia foi definida por Hartmann e Kuiper (1962) como uma "depressão circular larga com anéis concêntricos distintos e linhas radiais." Outros consideram cada cratera com mais de 200 quilómetros como uma bacia. A bacia Caloris tem 1,300 quilómetros de diâmetro, e provavelmente foi causada por um projéctil com uma dimensão de mais de 100 quilómetros. O impacto produziu uma elevação com anéis concêntricos com três quilómetros de altura e expeliu matéria pelo planeta até uma distância de 600 a 800 quilómetros.
Pode ter havido vulcões em Mercúrio. A sonda Messenger revelou imagens de erupções vulcânicas à volta da gigantesca Bacia Caloris. Essa mesma sonda descobriu uma estrutura, apelidada de "Aranha", que nunca tinha sido vista em Mercúrio ou na Lua. Trata-se de uma série de mais de cem saliências, no centro da região chamada Bacia Caloris, com uma cratera no meio.

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As 5 manias

A Rita do Polegar verde lançou-me o desafio de apresentar as minhas cinco manias.

Aqui vão elas:

Comer pipocas a ver um filme na televisão.

Ler e ver televisão ao mesmo tempo.

Entusisasmar-me com qualquer fenómeno natural.

Andar à roda sem saber porque ponta começo o dia.

Responder a desafios.


Os próximos desafiados são:

Su do Marakoka

susana da Menina atrás do arco-íris



2009-01-14

Ano Internacional da Astronomia - Dia 15

Cratera raiada em Mercúrio.
Autoria: MESSENGER.
O primeiro satélite a ser enviado para Mercúrio levará o selo da engenharia espacial portuguesa, com a participação da Active Space Technologies na fase de testes. A empresa, ganhou, há dois anos um contrato com a Agência de Exploração Espacial Japonesa (JAXA), que é parceira da Agência Espacial Europeia (ESA) na missão ao planeta quente.
Não é fácil explicar o que uma 'start-up' de apenas sete colaboradores faz na indústria aeroespacial, mas o co-fundador Ricardo Patrício fala de uma aposta na "inovação em engenharia espacial e massa cinzenta" para justificar o sucesso da empresa. A Active Space oferece, sobretudo, um produto único em Portugal e raro na Europa: serviços de engenharia em análises térmicas e estruturais. Tem já um pedido de patente à espera de aprovação e está a colaborar com o MIT - Massachussces Institute of Technology, embora ainda não esteja preparada cara abordar o mercado norte-americano como está a fazer na Europa. A Active Space tem clientes na Holanda, onde a empresa, aliás, foi inicialmente criada, e também na Itália, Suiça e Espanha. Ricardo Patrício e Bruno Carvalho trabalhavam na ESA quando concorreram ao programa de incentivos da entidade europeia para aceder a um apoio inicial de 50 mil euros. Embora ambos tivessem ido trabalhar para a ESA através de um protocolo com a Agência de Inovação, visando colocar recém licenciados no centro da indústria espacial europeia, Ricardo Patrício defende que "Portugal investe bastante no sector espacial, mas não estruturadamente". Para ter direito ao incentivo, a Active Space tinha de ter um registo fiscal na Holanda, mas os fundadores decidiram abrir a empresa desde logo e em simultâneo no país de origem, com sede em Coimbra. "Em Portugal não temos concorrentes", afirma Ricardo Patrício.

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2009-01-13

Ano Internacional da Astronomia - Dia 14

Cratera de Impacto de Barringer no Arizona, Estados Unidos da América.
Fotografia de D. Roddy.

Fazer crateras de Impcto na sala de aula

Cratera de impacto é um processo físico encontrado por toda o Sistema Solar excepto nos planetas gigantes gasosos. A Terra também sofreu uma grande quantidade de impactos, mas a erosão removeu muitas das crateras.
Provavelmente a melhor cratera de impacto sobrevivente na Terra é a Cratera do Meteoro Barringer perto de Winslow, Arizona. Tem 1.2 quilómetros de diâmetro e 200 metros de profundidade. Foi formada há cerca de 49 000 anos quando um meteorito de níquel/ferro de 50 metros atingiu o deserto a uma velocidade de 11 quilómetros por segundo.
Um exame das crateras actuais, praticamente qualquer imagem da Lua serve, prepara os estudantes para esta actividade. A grande maioria das crateras tem uma depressão central, bordas elevadas e uma cobertura de material ejectado a rodeá-la.
O professor em conjunto com os estudantes podem observar a Lua directamente durante o dia. Descubra nos jornais as fases da Lua e observe-a à tarde durante o quarto crescente e de manhã durante o quarto minguante. A Lua estará separada do Sol 90 graus para leste (esquerda) na primeira semana e 90 graus para oeste (direita) durante a terceira semana do ciclo lunar. As regiões grandes escuras são o resultado de grandes impactos e muitas retêm os seus limites circulares. Os binóculos num tripé permitem uma vista espectacular.
Pode criar crateras na sala de aula com uma caixa, com lados com pelo menos 10 cm de altura (a tampa de uma caixa de papel de fotocópia é perfeita); farinha 7 a 10 cm - de espessura deixando pelo menos 2,5 cm - de separação dos limites da caixa, uma pequena quantidade de pó colorido (vermelho ou azul), e algumas bolas pequenas (inferior a 1 cm de diâmetro).
Coloque a farinha na caixa e comprima-a suave e firmemente (experimente com diferentes graus de compressão). Espalhe o pó colorido suavemente sobre a farinha (água colorida num frasco de spray serve, mas não tão bem). Use as bolas para bombardear a superfície (uma de cada vez). Observe as formações de crateras clássicas: bacia, escarpas erguidas, coberta de material ejectado (material expelido da cratera e espalhado à volta desta, visível como farinha branca no pó colorido), e raios (material expelido a grande velocidade formando linhas que apontam directamente para fora do ponto de impacto).
Os estudantes deverão fazer cuidadosamente os registos necessários e desenhos das crateras de cima e de perfil e comparar crateras formadas por projécteis de diferentes dimensões, de diferentes velocidades e de diferentes ângulos de impacto. Projécteis de diferentes dimensões podem ser largados de alturas medidas e assim terão velocidades fixas. Deverão também ter em conta que a qualidade dos seus testes é mais importante do que a quantidade.
Depois de diversas crateras, a farinha e o pó colorido podem ser misturados e compactados sem alterar muito a cor branca da farinha. Depois pode ser espalhada uma nova camada de pó colorido e feitas novas experiências. Nos impactos reais o objecto que provocou o impacto é destruído e partido em pequenos pedaços. Evidentemente com as bolas isto não acontecerá e ficarão inteiras na cratera.
Crateras lunares.

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2009-01-12

Ano Internacional da Astronomia - Dia 13

Terra vista do Asteroide Toutatis.
Ilustração de E. De Jong and S. Suzuki.
Na França, em 04 de janeiro de 1989, C. Pollas, detectou a presença de um objecto nas imagens de alguns pequenos e fracos satélites de Júpiter. Designado provisoriamente por 1989 AC, terceiro objeto (C) descoberto na 1ª quinzena de janeiro (A) de 1989, recebeu posteriormente o número de ordem 4179 e o nome definitivo Toutatis, referente ao antigo deus gálico/celta, protetor de Asterix e de seus compatriotas ( personagens dos cartoons franceses “Asterix, o gaulês” ).
Toutatis é um asteróide especial por várias razões. Uma delas é o facto de ser um ECA, isto é, um asteróide que cruza a órbita terrestre (do inglês, Earth-orbit Crossing Asteroid) e, por esse motivo, aproxima-se de nosso planeta com frequência. Isso, entretanto, não é motivo para preocupações: sua órbita é tão bem conhecida que, de acordo com o astronomo Steven Ostro não há possibilidade de uma colisão com a Terra dentro dos próximos 65 anos.!!
Toutatis viaja desde as proximidades da Terra até ao cinturão de asteróides, entre as órbitas de Marte e Júpiter, levando cerca de 4 anos para efectuar uma translação. Assim, de 4 em q4 anos, temos uma situação favorável para observá-lo. Desde a sua descoberta, passou a 3.612.552 km da Terra em 8/12/92, a 5.300.298 km, em 29/11/96 e a 11.050.092 km, em 31/10/2000.
Nas melhores aproximações, foram realizadas cartografia por radar, principalmente, através do radiotelescópio de Goldstone, na Califórnia. Esses estudos revelaram que o asteróide tem um formato bastante irregular e as suas dimensões são 4,9 km x 2,4 km x 1,9 km. A sua superfície apresenta várias crateras cujos diâmetros variam de 100 m a 600 m.
A investigação radiotelescópica de Toutatis forneceu, também, informações sobre a sua rotação, uma das mais estranhas conhecidas. A maioria dos asteróides é dotado de um movimento de rotação em torno de um único eixo. Toutatis gira em torno de seu eixo maior com um período de 5,4 dias. Esse eixo, por sua vez, apresenta um movimento de precessão cujo período é de 7,3 dias. A combinação dos dois movimentos resulta em orientações espaciais que nunca se repetem. Essa rotação anómala indica que Toutatis pode ter sofrido uma colisão com algum outro asteróide num passado recente. (Clique aqui para ver uma animação da rotação do asteróide.)
A APROXIMAÇÃO DO ASTERÓIDE 4179 TOUTATIS À TERRA EM SETEMBRO DE 2004
A aproximação de Toutatis á Terra em 2004 foi algo especial pois a distância prevista foi a menor deste século: 1.459.719 km, ou seja, cerca de 4 vezes a distância Terra-Lua apenas e, até 2010, nenhum outro asteróide de tal porte se aproximará tanto da Terra! (In Circular Astronómica nº018 de Setembro de 2004).

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2009-01-11

Ano Internacional da Astronomia - Dia 12

Animação de asteroides a passar próximo da Terra.
São conhecidos actualmente cerca de 1000 asteróides cujas órbitas se aproximam significativamente da órbita da Terra em torno do Sol. São usualmetne designados pelas iniciais NEA (Near Earth Asteroid). A dimensão destes objectos vai desde os 32km de 1036 Ganymed até a apenas alguns metros. Estima-se a existência de dezenas de milhar de asteróides ainda desconhecidos de entre os quais provavelmente mais de 1000 com dimensões da ordem de 1km ou superior.
Estes asteróides permanecem próximos da Terra apenas por 10 a 100 milhões de anos. Durante esse intervalo de tempo acabam por colidir com o Sol ou com um dos planetas interiores ou então acabam por ser ejectados do Sistema Solar quando a sua trajectória os leva a passar muito próximo de um planeta ou do Sol mas sem haver colisão (esta técnica foi utilizada por exemplo para catapultar as sondas Voyager de Júpiter em direcção a Saturno).
A população de asteróides no Sistema Solar interior é reposta de uma forma regular por asteróides vindos da cintura de asteróides (situada entre Marte e Júpiter) normalmente pela acção gravitacional de Júpiter. Alguns asteróides aparentam ser restos de cometas. Neste caso são provavelmente provenientes da cintura de Kuiper, lançados para o Sistema Solar interior pelos planetas gasosos do Sistema Solar exterior (In Universidade da Madeira).
Autor da Animação: Harvard-Smithsonian CfA.

2009-01-10

Ano Internacional da Astronomia - Dia 11


Eclipse Solar visto da Lua.

Ilustração de Hana Gartstein.

2009-01-09

Ano Internacional da Astronomia - Dia 10


Terra vista da Lua.
Fotografia do SELENE Team.

Selo Vejablog

O site vejablog.com.br, coloca o Desambientado entre uns dos melhores blogs do Brasil.
Agradece-se a honra e distinção.



VejaBlog - Seleção dos Melhores Blogs/Sites do Brasil

2009-01-08

Ano Internacional da Astronomia - Dia 9


Terra vista da Lua.
Fotografia da Apollo 8.
Em 1966 e 1967, muito antes do Homem ir à Lua e de poder olhar para o seu planeta, foram enviadas a este satélite natural cinco sondas orbitais (Lunar Orbiters), com o objectivo de encontrar locais adequados para o desembarque lunar. Foram essas sondas que enviaram as primeiras imagens da Terra tiradas a partir de outro corpo celeste.

Estrelas Cadentes

As Quadrântidas de Janeiro,
Nunca caiem em Fevereiro,
Mas são mais de mil,
As Líriadas de Abril.

As Aquáridas, não era suposto,
Assomarem Maio e Agosto,
Mas a Eta e Delta, estrelas,
Cogitam ser as mães delas.

Também há Perseidas no céu,
Que desabrocham no Verão,
Põe as noites de Julho ao léu
E as de Agosto em exaltação.

As Oriónidas de Outubro,
Põe-me os sentidos ao rubro,
Pela ilusão das estrelas,
Que pintam nas negras telas,
Em tons de aguarelas,
Os sentimentos que encubro.

Leónidas em Novembro,
Gemínidas em Dezembro,
São as últimas quedas do ano,
Do calendário gregoriano.

Se tiveres pela frente,
O rasto de um cometa,
Faz uma pirueta,
Pois és estrela cadente.



Félix Rodrigues
Angra do Heroísmo, 2 de Janeiro de 2009.