Vulnerabilidade
Um ser vulnerável, rasga o ventre materno,
Num gesto inapto de nascimento.
Suga o afectuoso e quente seio,
Numa ânsia insciente de sobrevivência.
Caminha, trôpega mas decididamente
Ao lado do sonho de conhecer o mundo,
Porque acredita,
Que o conhecimento,
O torna menos vulnerável,
Do que aquando do princípio do todo.
Cada dia,
Cada hora,
Cada instante,
É tempo ganho,
Na estrada defeituosa da física da vida.
Cada passo é conquista,
Cada légua, fortalecimento,
Cada teste, tempestade,
Cada trabuzana, desafio.
Ser-se, é adaptar-se:
Ao vento que ruge,
Ao mar que fustiga,
Ao fogo que queima,
Ou à bala perdida que passa,
Consciente da vulnerabilidade guardada,
Num saco elástico de cútis,
Que pode em qualquer instante romper-se,
Por ser, também ela marcada,
Com o selo da susceptibilidade natural
De tudo o que é vivente.
Num gesto inapto de nascimento.
Suga o afectuoso e quente seio,
Numa ânsia insciente de sobrevivência.
Caminha, trôpega mas decididamente
Ao lado do sonho de conhecer o mundo,
Porque acredita,
Que o conhecimento,
O torna menos vulnerável,
Do que aquando do princípio do todo.
Cada dia,
Cada hora,
Cada instante,
É tempo ganho,
Na estrada defeituosa da física da vida.
Cada passo é conquista,
Cada légua, fortalecimento,
Cada teste, tempestade,
Cada trabuzana, desafio.
Ser-se, é adaptar-se:
Ao vento que ruge,
Ao mar que fustiga,
Ao fogo que queima,
Ou à bala perdida que passa,
Consciente da vulnerabilidade guardada,
Num saco elástico de cútis,
Que pode em qualquer instante romper-se,
Por ser, também ela marcada,
Com o selo da susceptibilidade natural
De tudo o que é vivente.
Félix Rodrigues
Angra do Heroísmo, 24 de Janeiro de 2009.
Etiquetas: vulnerabilidade
15 Comments:
Estava falando disso um dia desses. Cada dia é um momento ganho, ninguém perde um dia. Você aprende e carrega algumas dificuldades, mas no final, num dia você aprendeu novamente o que é viver.
Fotos e texto incomparáveis!
Vulnerabilidade é presentemente a sintomatologia do mundo!
Caro Félix, permita que o distinga com o prémio DARDOS!
E ainda o award do meu blog - que não é um prémio mas uma recordação de mim.
Grata por este momento
Seja sempre..desambietado, como eu!
Um abraço branco, da côr da PAX!
Mariz
Então, eu posso ajudar nisso. Basta mandar o seu mail para o meu e de seguida envio o URL da canção e depois basta colocar no local pretendido.
Abraço meu
MAriz
(mariz@when.com)
errata: "desambientado"....como eu
- este meu teclado e respectivo cursor são uma cena..daquelas!
tentei mandar por aqui o "url", mas o "sr. blogspot" não aceita!
Se quiser só por mail mesmo!
Mariz
:) as imagens são tão fortes!
olha quando puderes dar uma vista de olhos lá no meu espaço agradecia-te:P:) um beijinho
su
somos tão pequenos comparados com todo o resto.............
vulneráveis, sim, mas sempre tão adaptáveis,,,,,,,,,,,,
jocas maradas..sempre
...
É por isso, que tu tens que ganhar todos os Awards do Mundo!!!
Boa semana !!!
....
È com muita nostalgiaa que revejo Angra, ainda que com laivos de desambiantações!...
Um abraço
António
bem essa imaginação continua com uma produção intensa e sempre sem perder qualidade, parabéns.
só tu o que conseguirias seleccionar tantas fotos belas de catástrofes, isso é mesmo um dom que tu tens.
Excelente!
Parabéns!
Boa semana.
Caro Amigo Félix,
Caramba! Já não existem palavras que expressem a grandiosidade do texto e das fotos. Parabéns.
Vulnerabilidade ´´e também uma espécie de inocência. Todos somos vulneráveis a tantas coisas. Por vezes o equilíbrio é um estrito fio quase a partir-se.
E como enfrentamos esta vulnerabilidade? Vivendo cada situação como se fosse a primeira vez... Como se não fosse preciso fazerem-se juízos de valor, para que pudessemos prestar TODA A NOSSA ATENÇÃO. Só quando prestamos toda a nossa atenção é que se faz o silêncio interior que nos possibilita sentir e compreender que somos todos UM.
E deixar que em nós aconteça.
Um grande abraço
José António
Lindo. Genuinamente inicente.
Joe
Somos tão vulneráveis, de facto.
Excelentes fotos e textos ainda melhor.
Abraço.
..."Que pode em qualquer instante romper-se,
Por ser, também ela marcada,
Com o selo da susceptibilidade natural
De tudo o que é vivente".
De tudo que é vivente, deveria servir como alerta de atenção e respeito a todos que compartilham o referido ambiente, pois afinal, não somos os únicos, mas comprovadamente somos os que maiores prejuízos trazemos ao todo.
É sempre muito bom te receber, meu querido amigo!!! Fazia já algum tempo... te desejo tudo de bom e um excelente domigo, com muito descanso e diversão!!!
Beijinhos,
Cris
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