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2008-10-25

Toninha: Rainha do Mar

Toninhas,
Rainhas
Do mar.

Golfinhos,
Bichinhos,
De encantar.

Toninhas dançando,
Golfinhos espreitando,
Seus corpos boiando,
Na ressalga do mar.

As ondas cantavam,
Os cagarros planavam
E as toninhas fitavam,
Um lugar de encantar.

Lá estava um golfinho,
Perdido, sozinho,
Disposto a amar.

Aqui nesta terra,
Toninha ou golfinho,
Baila o pezinho,
No mar que o encerra.


Félix Rodrigues

Lisboa, 25 de Outubro de 2008.

Nota: Este post é dedicado ao Filipe Lourenço, que produziu este belíssimo poema de imagens. As minhas palavrinhas são uma tentativa de musicá-lo. O trabalho do Filipe está disponível em Olhares.com.

Prémio Dardos

O blogue Blog do Zig, amigo de longa data, atribuiu ao meu o Prémio Dardos, no qual "se reconhecem os valores que cada blogueiro emprega ao transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. que, em suma, demonstram sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre as suas letras, entre as suas palavras.
Esses selos foram criados com a intenção de promover a confraternização entre os blogueiros, uma forma de demonstrar carinho e reconhecimento por um trabalho que agregue valor à Web."
É este o texto que vem acompanhado com esta corrente.

Agradeço a gentileza do Zig em ter escolhido este meu humilde blog!

Nas “condições de aceitação” do prémio estão as regras:
- Exibir no seu blogue a imagem (selo) do prémio
- Linkar o blogue que lhe atribuiu o prémio;
- Escolher quinze (15) outros blogues que distingue com o Prémio Dardos.
Aqui vão os meus, em homenagem a quem mais me visita:

2008-10-18

Voz do Povo

Vós do Povo! Serei eu?
Voz do Povo! Será tua?
Que verdade essa voz encerra?
Só a ouve quem navega
Entre notas dissonantes
Sobre temas redundantes,
Reinterpretando necessidades,
Sem mentiras ou verdades.
A voz do povo é um conjunto,
Quiçá, uma função,
Das crenças e atitudes,
Cheiinhas de virtudes,
Que afirmam com convicção,
Que a única solução
É ouvir a população.

Que diga o povo, indefinido,
Como pode ser ouvido?
Como quer ser procurado?
Como quer ser auscultado?

A verdade, verdadinha,
Não anda caladinha:
Ou é tua ou é minha.
Não anda a magote,
Nem sentada de camarote,
À espera de ser descoberta,
No fundo de uma boca aberta.


Félix Rodrigues
Angra do Heroísmo, 18 de Outubro de 2008

2008-10-04

Viagem ao sabor do vento

Deixei-me ficar junto da frescura do bálsamo de uma menta,
Porque a sua marrubina,
Afectava-me a bilirrubina.

Depois,
Voei com uma pétala de rosa,
Daquelas onde as roseiras,
Se agarram à parede,
E caiem sem rede.

Nesse adejo,
Recordei o cheiro insonso das nuvens,
O perfume picante dos vulcões
E a fragrância adocicada das vinhas.

Era tempo de vindimas:
Notado no vapor dos balseiros,
Alcoolizados conselheiros,
De uvas assapatadas,
Por pés cansados de correr na vida.

Bebi um copo de vinho com a essência do café,
Aromatizado em cascos de carvalho,
E adormeci….

Dormia no cheirinho,
Relaxante do azevinho
Nos lençóis frescos,
Passarolas numa viagem ao sabor do vento.

Félix Rodrigues
Angra do Heroísmo, 4 de Outubro de 2008.