Supernova: Porque é Natal

Surge algo novo no Universo.
Num brilho incomum, quiçá Divino,
Num tempo passado que só agora é presente.
Nasceu uma luz,
Morreu uma estrela.
O que ficou?
-O início de vida,
Como um menino nascido,
Num recanto perdido,
Num tempo esquecido.
Esse menino, essa Supernova,
Tudo mudou:
-A razão de ser,
-O modo de ver,
E,
-O ritmo a que se aquece o coração.
Em cada Natal há uma Supernova em congeminação.
Houvesse razão,
Para se dizer,
Que em cada esquina,
Se encontra um irmão,
Que no seu coração,
Tem uma Supernova que nos dá brilho à vida.
Alegremo-nos, pois é Natal.
Na frieza dos gestos,
Na belicosidade das frases,
Ou na indiferença das gentes,
Há um órgão que temos,
Onde guardamos, bem quente,
A Supernova, que faz o Natal.
Basta explodi-la, p’ra dar alento à vida.
Feliz Natal.

Félix Rodrigues