Comunidade Portuguesa de Ambientalistas
Ring Owner: Poli Etileno Site: Os Ambientalistas
Anterior Lista Aleatório Junte-se a nós! Próximo

2010-10-31

O Trabalho como Valor

Se o trabalho não for um valor,
Com o tempo, desaparecerá,
Uma vez que aquilo que dá,
Serve a todos sem excepção.

A diversão não dá pão,
Se todos a tem, como modo de vida,
Só se regozija quem tem,
Uma mesa com comida.

Se uns trabalham, e outros não,
Não é licito dividir,
O suor de cada rosto,
A não ser que a contra gosto,
E com as agruras da vida,
Não seja possível o esforço.

A solidariedade existe,
Para que durante algum tempo,
Se possa dar alento a quem precisa de trabalhar.

É a fome, a maldita fome,
Que nos obriga a dizer,
Que é preciso trabalhar,
Para se conseguir viver.

A sociedade organiza-se,
Em torno da longa labuta,
De produzir ou trabalhar.

Só há direito ou justiça,
Se todos formos iguais,
No esforço ou no trabalho,
E esse for um valor,
Que todos defendemos,
E ajudamos a conquistá-lo.

Egoísmo em forma de provérbio:
01) Viva para descansar;02) Ame a sua cama, ela é o seu templo;03) Se vir alguém a descansar, ajude-o;04) Descanse de dia para poder dormir à noite;05) O trabalho é sagrado, não lhe toque;06) Nunca faça amanhã o que você pode fazer depois de amanhã;07) Trabalhe o menos possível, o que tiver que ser feito, deixe que outra pessoa o faça;08) Relaxe. Ninguém morreu por descansar;09) Quando sentir desejo de trabalhar, sente-se e espere que ele passe;10) Não se esqueça, trabalho é saúde. Deixe-o para os doentes.
Em contraponto, para se possa usufruir dos mandamentos anteriores, há alguém que:

01) Vive para trabalhar,
02) Não sabe o que é uma cama,
03) Ajuda os outros a se alimentar,
04) Não dorme de dia nem de noite,
05) O trabalho é sagrado, por isso participa nas cerimónias,
06) Faz hoje o que poderia fazer amanhã e depois de amanhã,
07) Não deixa para os outros aquilo que pode fazer,
08) Não relaxa, por isso morrerá a trabalhar,
09) Nunca sente o desejo de descansar, porque nele não pode pensar,
10) É doente, e o trabalho não lhe está a dar saúde.
Félix Rodrigues
Angra do Heroísmo, 31 de Outubro de 2010.

2010-10-30

Ano Internacional da Biodiversidade - Numismática e Simbolismo (50 Lipa da Croácia de 2005)

As moedas de 50 Lipa (folha de tília) da Croácia, como as 2005, têm cunhada a espécie Degenia velebitica.
Esta é a única espécie conhecida do género Degenia, pertencente à família Brassicaceae, e endémica do maciço montanhoso do Velebit na Croácia. O nome deste género (Degenia) homenageia o botânico hungaro Árpád von Degen (1866-1934) e velebitica deriva do nome do maciço onde se encontra.

Ano Internacional da Biodiveridade - Numismática e Simbolismo (One Cent dos Estados Unidos da América de 1943)

As moedas de 1 cent de 1943 dos Estados Unidos da América (USA) tinham cunhadas um Espiga de trigo (Triticum vulgare).
Em 1943, no auge da segunda guerra mundial, os cêntimos (one cent) americanos eram de aço-zinco por falta de cobre, que estava a ser muito utilizado no fabrico de armas.
Os cêntimos dessa data têm cunhadas no verso, duas espigas de trigo.
Triticum em latim, trigo em português, é um cereal que sempre fez parte da alimentação das civilizações desde a Antiguidade. Segundo historiadores, o trigo já era cultivado na época da Mesopotâmia, próximo às margens dos rios Tigres e Eufrates. Durante escavações arqueológicas foram encontradas provas de que esse importante cereal já nos acompanha há muitos anos: fósseis de trigos foram encontrados ao lado de ossos humanos no sul da França e Suíça, bem como na região do Iraque (antiga Mesopotâmia).

Traçando uma ordem cronológica e geográfica, há indícios de que sementes de trigo foram descobertas aproximadamente em 6700 a.C., no Oriente. Ainda segundo relatos da Bíblia dos cristãos, filósofos que viveram em 300 a.C. já escreviam sobre tipos de trigo no Egipto. Quanto à América Latina, o cereal chegou ao México, em 1519 e ao Brasil pelas mãos do militar e representante da Coroa portuguesa Martim Afonso de Sousa, em 1534.

2010-10-24

O sono

Para que serve o sono,
Se é no sonho que tenho uma visão irrealista da vida?

Reconheço que é no sono,
Que ganho forças para vencer o medo de acordar.

Como nos cansa acordar!
Como nos custa adormecer!
Como se constantemente lutássemos,
Contra um transtorno dissociativo de personalidade!

Entre um e outro estado,
Entre uma e outra personalidade,
Perde-se tempo e anos de vida,
Que se recupera sempre na juventude do sonhar.

No sonho não tenho idade,
Assumo a que quiser.
Vejo-me criança feliz,
Vejo-me velho cansado,
Superhomem, voador,
Homem pobre sofredor.

Não sei porque nego o sonho,
Que me dá a liberdade,
De ser quem eu quiser,
E opto por acordar,
Tentando reencontrar,
O que tão facilmente consigo,
No inapto acto de dormir?

Félix Rodrigues
Angra do Heroísmo, 24 de Outubro de 2010

2010-10-23

Ano Internacional da biodiversidade - Numismática e Simbolismo (1 euro da Grécia)

As moedas de 1 euro da Grécia têm cunhada uma Coruja - (Tyto alba).
Desde tempos remotos, que a coruja é considerada símbolo de sabedoria e clarividência e associada à Deusa grega Atena. No entanto, o seu voo silencioso e fugaz e o seu grito fantasmagórico, levaram à sua associação a diversas lendas e superstições, frequentemente em seu desfavor.
As corujas são aves de rapina, carnívoras, pertencentes à Ordem Strigiformes e distrubuem-se pelas famílias Strigiade e Tytonidae. A coruja-das-torres (Tyto alba) é, entre as várias espécies, a coruja com maior distribuição mundial, presente também em Portugal. É facilmente reconhecida pela plumagem branca com disco facial em forma de coração, e pela cabeça e dorso de plumagem castanha.
São aves crepusculares e nocturnas, caçadoras eficientes, usando sobretudo seus olhos aguçados, a sua apurada audição e movimentos rápidos. A coruja tem a capacidade de ver uma quantidade de luz cerca de 100 vezes superior à do homem e pode girar a cabeça em até 270°. A coruja é uma ave tímida, atenta e extremamente cuidadosa. O seu voo é incrivelmente silencioso devido à estrutura das suas penas fazendo dela um caçador evoluído. Alimenta-se de pequenos mamíferos, insectos e aranhas. Os apurados sentidos das Corujas-das-torres serviram de modelo a interessantes e inovadores estudos de neurologia, que são descritos no artigo “La chouette qui effraie les neurosciences”.
O chamamento da coruja-das-torres é um piar rouco, que se assemelha ao ruído de pisar vidro partido. Tem outro piar mais agudo e repetitivo para acasalamento e, se surpreendida no seu esconderijo, faz um som sibilante e estalos com o bico ou possivelmente com a língua. As corujas são, em geral animais monogâmicos, e os casais ficam usualmente juntos por toda a vida. O casal é extremamente dedicado às suas crias e não as abandona facilmente!
Tal como no resto da Europa, em Portugal as Corujas-das-torres habitam, preferencialmente, zonas de campos agrícolas, com sebes, taludes e matos. Frequentemente nidificam em construções abandonadas, em chaminés, armazéns ou torres de igrejas, mesmo em cidades de grande dimensão. Noutras situações, frequentam montados e soutos, recorrendo às cavidades das árvores para nidificar.
Apesar da sua elevada distribuição, esta ave encontra-se em vias de extinção devido ao cultivo intensivo dos campos agrícolas, à expansão das cidades e aos caçadores que por gozo ou superstição matam furtivamente corujas em todo o mundo. No nosso país ainda é frequente vê-las tanto no Norte como no Sul do país apesar de terem sido em maior número no passado, sendo ainda hoje personagens de lendas tradicionais portuguesas e de dizeres como “mãe coruja” devido ao amor incondicional pelas suas crias.A fábula da águia e da Coruja

Conta uma fábula que a coruja encontrou uma águia, e disse-lhe:
- O águia, se vires uns passarinhos muito lindos num ninho, com uns biquinhos muito bem feitos, olha lá não os coma, que são os meus filhos! A águia prometeu-lhe que não os comeria; foi voando e encontrou numa árvore um ninho, e comeu todos filhotes. Quando a coruja chegou e viu que lhe tinham comido os filhos, foi ter com a águia, muito aflita:
- O águia, tu foste-me falsa, porque prometeste-me que não comias meus filhinhos, e mataste-os todos!
Diz a águia:
- Eu encontrei uns pássaros pequenos num ninho, todos depenados, sem bico, e com os olhos tapados, e comi-os; e como tu me disseste que os teus filhos eram muito lindos e tinham os biquinhos bem feitos entendi que não eram esses.
- Pois eram esses mesmos, disse a coruja.
- Pois então queixa-te de ti, que é que me enganaste com a tua cegueira.
Essa fábula é atribuída ao aparecimento da expressão “mãe coruja” pois “quem ama feio, bonito lhe parece”.
Há muita simbologia à volta das Corujas, alguma boa, muita má.

Ano Internacional da Biodiversidade - Numismática e Simbolismo (2 cent de euro da Alemanha)

As moedas de 2 cent de Euro da Alemanha têm cunhadas folhas de Carvalho-roble ou Alvarinho (Quercus robur).
Trata-se de uma árvore larga de grande porte que pode atingir os 30-40 m de altura. A copa é ampla. As folhas são caducas, lobuladas com 3 a 5 lóbulos, com o bordo ondulado e têm uma pequena saliência na base; têm 6-16 cm de comprimento. São verde escuras na página superior e verde-claras na página inferior.
Vive em solos nao calcários da Europa, excepto nos extremos Norte e Sul.
Floresce em Abril - Maio. O fruto, as bolotas, são inicialmente verdes e castanhas lustrosas quando maduras. Têm cerca de 2 cm de comprimento e estão maduras em Setembro-Outubro, constituindo uma importante fonte de alimento para os animais.
Estas árvores podem atingir 300-400 anos de idade. A sua madeira é pesada, resistente e dura muito debaixo de água. É muito utilizada em pontes, em minas e na construção hidráulica. É ainda muito utilizada para móveis e no revestimento de casas.

Ano Internacional da Biodiversidade - Numismática e Simbolismo (2€ de Portugal de 2007)



Aquando da Presidência da União Europeia, em 2007, Portugal mandou cunhar uma moeda comemorativa desse evento, onde está cunhado um sobreiro (Quercus suber).
O sobreiro (Quercus suber L.) cresce fundamentalmente na zona mediterrânica ocidental: Itália, Sul de França, Península Ibérica, Marrocos e Argélia. Por conseguinte o sobreiro (Quercus suber L.), prefere um clima com Inverno suave e precipitações não inferiores a 600 mm anuais.
O sobreiro (Quercus suber L.) é uma árvore de folhas coriáceas e persistentes, explorada, para a obtenção da cortiça, em montados ou conjuntamente com outras culturas. Antigamente a Córsega era a terra clássica do sobreiro (Quercus suber L.); actualmente tem sido suplantada pela Sardenha. O sobreiro (Quercus suber L.) não deve ser explorado senão 30 anos depois da sua plantação e, mesmo assim, só quando o tronco alcança uma grossura de 45 cm a 50 cm (medida à altura de uma pessoa).
Para a extracção da cortiça praticam-se duas incisões circulares, uma acima e outra abaixo, unem-se ambas por cortes longitudinais e, com a ajuda de facas especiais, separa-se a casca original, ou cortiça virgem, que não tem grande valor comercial.
A casca regenera-se com o tempo, e ao fim de 10 ou 12 anos pode voltar a desprender-se a cortiça formada, que agora já tem uma qualidade superior. Este trabalho deve ser feito de meados de Maio a meados de Agosto, que é quando melhor se desprende sem afectar o câmbio. Passados outros 10 a 12 anos volta a cortiça a estar regenerada, repetindo-se este ciclo mesmo quando o sobreiro já alcançou uma idade avançada.
A cortiça extraída é seca e comercializada no mercado em forma de placas. A impermeabilidade aos gases e líquidos das células suberosas, aliada a uma certa elasticidade e resistência à pressão, aos ácidos, solventes orgânicos e outros produtos químicos, bem como a longevidade da felogene, contribuem para o valor comercial da cortiça do sobreiro (Quercus suber L.). As suas aplicações são por todos conhecidas.
É interessante lembrar que o costume de fechar as garrafas com rolhas de cortiça é relativamente recente e tem a sua origem provavelmente no século xv. Na Grécia e no Oriente desconhecia-se o sobreiro (Quercus suber L.); as ânforas de vinho romanas eram seladas com cera.

2010-10-17

Os dias de tristeza são de saudade da alegria

A tristeza apaga-me a voz.
A saúdade da alegria,
há-de libertá-la.
Félix Rodrigues
Angra do Heroísmo, 17 de Outubro de 2010.

2010-10-09

Germinação de Ideias


Cada ideia aparece,
Como uma semente,
Que ninguém sabe de onde veio,
Apesar da escada helicoidal que a transporta,
Até ao instante em que a vejo.

Sinapsa-se,
Num entendimento biológico,
Semelhante ao germinar de uma semente.

Cresce em mente fértil, que a robustece,
E por vezes,
Torna-se tão segura de si,
Que chega a ser infestante.

As boas ou más ideias,
São como as colheitas;
Por vezes alimentam um ror de gente,
Outras porém,
Foram puro desperdício de suor.


Félix Rodrigues
Angra do Heroísmo, 9 de Outubro de 2010.

2010-10-02

Terra, ar e mar

Elas, as ilhas, dizem-me que há palavras que não conheço,
Porque nunca as senti,
Por não ter parado para as amar.

Elas, as ilhas, tocam-me, na essência,
Como se me quisessem evaporar.

Erguem-se como paredes para me isolar do mar,
Percebendo a fobia de água salgada,
Que se projecta até ao horizonte do pensar.

Félix Rodrigues
Angra do Heroísmo, 2 de Outubro de 2010.

Ano Internacional da Biodiversidade - Numismática e Simbolismo (1 yen do Japão de 1989)

As moedas de 1 yen de 1990 do Japão, tem cunhada uma árvore podada que representa uma árvore jovem e simboliza o crescimento.
O crescimento das árvores ocorre em dois sentidos: altura e diâmetro.
Na ponta dos ramos e também na ponta das raízes, há um tecido vivo denominado meristema: um tipo especial de células que se multiplicam estimuladas por hormonas vegetais (entre eles a auxina e a giberelina). As hormonas são transportadas para os meristemas e estes dividem-se originando novas folhas e galhos, na parte aérea da planta e, sob a terra, expandem as raizes. É através deste processo que a árvore e qualquer outra planta cresce em altura e, por vezes, chega a alcançar mais de cem metros. O crescimento em altura é denominado crescimento primário ou crescimento apical.
Para crescer em diâmetro, é necessário um outro sistema. Ao redor do tronco das árvores, há uma fina camada de células, na parte interna da casca, entre o floema e o xilema, conhecida por CÂMBIO.
O câmbio também é um tecido meristemático, que sob a ação de hormonas é estimulado a dividir-se em camadas tanto em direção à casca como em direção ao centro do tronco. As células que são formadas em direção à casca irão compor o floema e as que estão em direção ao interior do caule irão compor o xilema.
Isto faz com que, em geral, a cada ano uma nova camada de células seja depositada ao redor do tronco, aumentando o seu diâmetro. Se considerarmos que a produção de células dá-se no perímetro do caule, a árvore aumenta em diâmetro “de fora para dentro”. Este é o crescimento secundário.
A forma específica de uma árvore depende, em última análise, da actividade dos gomos que dão origem aos renovos. Algumas espécies, como por exemplo o eucalipto (Eucalyprus globulus), são de crescimento livre, isto é, os meristemas responsáveis pelo crescimento dos ramos produzem com maior ou menor intensidade ao longo do período vegetativo, sem nunca haver formação de um gomo. Contudo trata-se de um caso extremo, muito menos comum na Europa temperada do que as situações em que há formação de gomos.
De facto existem vários padrões de crescimento da vopa nas diversas espécies de árvores, mas em regra os gomos desempenham sempre um papel importante; nalguns casos representam a única estrutura de crescimento da copa, enquanto noutros podem coexistir com ramos de crescimento livre.

Ano Internacional da Biodiversidade - Numismática e Simbolismo (1 dollar de Singapura)

As moedas de one dollar de Singapura, como a de 1987, têm cunhada a espécie Catharanthus roseus (Pervinca-de-Madagascar ou Pervinca-do-Cabo).
Pervinca-de-Madagascar é uma espécie que pertence ao género Catharanthus e à família das apocinácias. Catharanthus provém do grego katharos, "puro," e anthos, "flor". É uma planta nativa e endémica de Madagascar. É erbácea que, como possuidora de características próprias da sua família, apresenta latex.
Também é conhecida pelos nomes populares donzela, dominica ou alegria.
Sendo originária de Madagascar, é uma espécie que cresce hoje em dia a praticamente todas as zonas tropicais e subtropicals africanas, bem como também nas Honduras, Colombia, República Dominicana, Bahamas, Hawaii, Singapura e Filipinas. O género contém só 6 espécies.

Ano Internacional da Biodiversidade - Numismática e Simbolismo (5 cents de euro da Alemanha)

As moedas de 5 centimos de euro da Alemanha tem cunhada um folha de Quercus rubor (Carvalho-roble).
O carvalho roble é uma espécie bem adaptada aos climas temperados húmidos, que apresenta grande resistência ao frio. Esta espécie prefere os terrenos siliciosos, argilosos frescos e húmidos, ricos em nutrientes.
O carvalho-vermelho ou roble é nativo da Eurásia e encontra-se por toda a Europa entre os 40º e 60º de latitude norte, com menos frequência no norte de África, noroeste da Rússia, e extremo norte da Europa, onde as condições meteorológicas não são muito favoráveis.

Ano Internacional da Biodiversidade - Numismática e Simbolismo (2 euros da Finlândia)

As moedas de 2 euros da Finlândia têm cunhada a espécie Rubus chamaemorus (amora-branca-silvestre).
A amora-branca-silvestre (Rubus chamaemorus) é uma espécie de crescimento lento do género Rubus e que produz um fruto particularmente saboroso. O seu nome científico provém do grego chamai ("anã") e morus ("amora").
A amora-branca-silvestre chega a atingir 10-25 cm de altura. As suas folhas são alternadas, frágeis, palmadas e dispõem-se em caules erectos sem ramos. Depois da polinização, as suas flores brancas (por vezes com laivos avermelhados) formam amoras do tamanho de framboesas, unindo em si de 5 a 25 pequenas drupas, inicialmente de um vermelho pálido que se torna cor de âmbar no início do outono.
As amoras-brancas-silvestres são espontâneas no hemisfério norte entre os 78°N e os 55°N, dispersando-se a sul até aos 44°N, principalmente em áreas montanhosas. Na Europa e na Ásia, crescem nos países nórdicos, nas charnecas da Grã-Bretanha e Irlanda, nos países Bálticos e na Rússia setentrional oriental até ao Oceano Pacífico. Pequenas populações foram ainda encontradas mais a sul, como vestígio das eras glaciares, como nos vales alemães do Weser e do Elba, onde são protegidas por lei. Na América do Norte, existem no Canadá e no Alasca e, menos, no norte dos estados do Minnesota, New Hampshire, Maine, além da pequena população de Long Island, Nova Iorque.
Nascem em pântanos e outros terrenos alagadiços, como estuários, e requerem exposição solar e solo ácido (entre 3,5 e 5 de pH). Suportam facilmente temperaturas baixas (até menos de - 40 °C), mas são sensíveis ao sal e à falta de água.

Concurso "Blog mais interessante da Ilha Terceira-2010"