Ano Internacional da Astronomia - Dia 15
Cratera raiada em Mercúrio.
Autoria: MESSENGER.
O primeiro satélite a ser enviado para Mercúrio levará o selo da engenharia espacial portuguesa, com a participação da Active Space Technologies na fase de testes. A empresa, ganhou, há dois anos um contrato com a Agência de Exploração Espacial Japonesa (JAXA), que é parceira da Agência Espacial Europeia (ESA) na missão ao planeta quente.
Não é fácil explicar o que uma 'start-up' de apenas sete colaboradores faz na indústria aeroespacial, mas o co-fundador Ricardo Patrício fala de uma aposta na "inovação em engenharia espacial e massa cinzenta" para justificar o sucesso da empresa. A Active Space oferece, sobretudo, um produto único em Portugal e raro na Europa: serviços de engenharia em análises térmicas e estruturais. Tem já um pedido de patente à espera de aprovação e está a colaborar com o MIT - Massachussces Institute of Technology, embora ainda não esteja preparada cara abordar o mercado norte-americano como está a fazer na Europa. A Active Space tem clientes na Holanda, onde a empresa, aliás, foi inicialmente criada, e também na Itália, Suiça e Espanha. Ricardo Patrício e Bruno Carvalho trabalhavam na ESA quando concorreram ao programa de incentivos da entidade europeia para aceder a um apoio inicial de 50 mil euros. Embora ambos tivessem ido trabalhar para a ESA através de um protocolo com a Agência de Inovação, visando colocar recém licenciados no centro da indústria espacial europeia, Ricardo Patrício defende que "Portugal investe bastante no sector espacial, mas não estruturadamente". Para ter direito ao incentivo, a Active Space tinha de ter um registo fiscal na Holanda, mas os fundadores decidiram abrir a empresa desde logo e em simultâneo no país de origem, com sede em Coimbra. "Em Portugal não temos concorrentes", afirma Ricardo Patrício.
Etiquetas: Ano Internacional da Astronomia, crateras de impacto, Mercúrio
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