As moedas de 2 euros da Grécia, como a de 2002, têm cunhado um touro (
Bos taurus), numa recriação do rapto de Europa por Zeus, sob a forma de touro.
Os gregos criaram vários mitos para poder passar mensagens para as pessoas e também com o objectivo de preservar a memória histórica de seu povo. Há três mil anos, não havia explicações científicas para grande parte dos fenómenos da natureza ou para os acontecimentos históricos. Portanto, para buscar um significado para os factos políticos, económicos e sociais, os gregos criaram uma série de histórias, de origem imaginativa, que eram transmitidas, principalmente, através da literatura oral.
Grande parte destas lendas e mitos chegou até os dias de hoje e são importantes fontes de informações para entendermos a história da civilização da Grécia Antiga. São histórias riquíssimas em dados psicológicos, económicos, materiais, artísticos, políticos e culturais.
Muitos dos mitos tem a figura do touro, como o Minotauro (Touro de Minos) ou a constelação de touro.
Os Cretenses eram um povo politeísta, sendo a principal Deusa a Deusa da fertilidade, representada pela serpente. Outro dos grandes ícones religiosos era o touro, e havia mesmo um "ritual do salto mortal sobre o dorso do touro" que se crê que terá dado origem à lenda do Minotauro.
Este toureio, era um verdadeiro ritual sagrado, dedicado, pensa-se, à fertilidade, em que jovens treinados saltavam para o dorso de um touro, depois de o agarrar pelos chifres, dando um salto mortal sobre ele.
Ao mesmo tempo, Cnossos extorquia tributos dos gregos e, quando estes não pagavam, levavam-lhes jovens acorrentados e nunca mais se sabia deles. Isto, aliado ao ritual do touro e à intricada arquitectura dos palácios, fez com que surgisse a lenda do Minotauro (touro) encurralado num labirinto (palácio) ao qual estes jovens eram sacrificados.