Sete Céus

Meu Céu vermelho,
De quando os lábios dos anjos,
Que beijam a terra
Se colam nas nuvens.
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Meu Céu Laranja.
Virtualmente cansado,
Que não se decide:
Se vermelho ou amarelado.
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Meu céu amarelo,
Simples,
Singelo.
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Meu Céu verde,
Que não conta a verdade.
Há que ter cuidado,
De um céu verde assim.
Por outros gases corrompido.
És o meu céu poluído.
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Meu Céu azul da verdade.
Azul,
Azul......,
Mesmo da cor do Céu.
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Meu Céu anil,
Com perfil,
De Azul.
Anil, azulado,
Escarrapachado
Em todo o lado,
Mesmo no fim do espectro,
Ou próximo da alma.
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Meu Céu Violeta,
Perfumado do suor dos amantes,
Distante dos restantes.
És tu.
O início de um céu preto sem fim.
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Meu Céu,
Sem fim,
Do teu amado,
Newton.
Para onde vais?

Félix Rodrigues

Como é o teu Céu?

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Nota- Este post foi inspirado pelo José António do blog Poesia Viva.

Links muito simpáticos:

Janelas do Céu de Nuno Osvaldo

O Fim do Descanso de Nuno Gurosan

Céu para todos de Ruth Iara

Legenda IV de Maria do Céu Costa

Lagoa do Fogo de Jorge Moreira

Não brinques aqui Marciano.

Disseram-me que talvez, tivéssemos vindo de Marte.

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A Face - Monte na superfície de Marte.

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Disseram-me que Marte tinha deixado de ter compaixão pela vida.

Monte Coração - Na Superfície de Marte.

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Disseram-me que brincáramos muito em Marte.

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Cratera Smile - Superfície de Marte

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Disseram-me que actualmente precisaríamos de 3,4 planetas iguais à Terra para manter um estilo de vida semelhante ao ocidental.

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Modelação da Pegada Ecológica Ocidental

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Disseram-me que os desertos tem crescido no planeta Terra.

Deserto terrestre

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Será que queremos moldar a Terra à imagem e semelhança de Marte?
Se não somos Marcianos, parece que agimos como tal.

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Félix Rodrigues

Qual será a nossa missão neste planeta?

Nota- Este post foi inspirado na imagem do Cristo Rei em Como 1 Objeto Não Identificado.

Links Interessantes:

Crónicas Marcianas em Intergalacticrobot

A Sabedoria que já vive de Sa.ra

Mapas da superfície de Marte - Google Mars

Que chegue sempre a Primavera

Deixa entrar a Primavera.

Beija-a como se fosse uma flor.

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Cuida-a como se fosse a última árvore à face da Terra.

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Não deixes que morra.

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Não deixes que chore ou que se deprima.

Não deixes que se gaste ou que se castigue.
Não deixes que se vá ou que se esconda.
Cuida-a como se estivesses a construir um lago na Lua.

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Sonha que agora és construtor de Primaveras.

Félix Rodrigues

Qua pensas fazer para comemorar a entrada da Primavera?

Nota- Este post foi sugerido pelo Fernando Martins do Geopedrados.

Atributos de uma folha de trevo

Desenhei um trifolium,

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e matematizei-o assim:

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Para um quadrifolium,

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Descartes propõe uma equação assim:

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São Patrício dizia, quer queiramos ou não, que na folha do trevo estava a Trindade: Três folhas unidas num ápice sagrado.

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Quando são trifoliums, a Terra dá-os, assim,

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ou assim.

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Com uns pós de pririlim pim pim os trifoliums

transformam-se assim:

ou assim.

Quando a natureza produz quadrifoliums, eles são exóticos assim:

-Eh Home!!! "Tu na compliques iste"!!! Dirá o amigo Batista.

"O trevo é só cumida das vacas."

E você, acredita que um trevo de quatro folhas lhe traz sorte?

Félix Rodrigues

Nota- Este post foi indirectamente sugerido pelo Helder Xavier do Fala quem sabe e pela Trequita.

Links interessantes:

Um só trevo e uma Campina em Palavra de Pantera

St. Patrick's Day e trevos negros

Em mil trevos um tem quatro folhas

Quem vive assim?

Quem vive irresponsavelmente como uma criança que brinca em campos de papoilas?

Quem vive como se fosse incapaz de reconhecer a beleza da criação de um vale de papoilas?

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Quem vive como se nunca tivesse fruído o sangue inocente cor de papoila?


Quem vive como se nunca tivesse provado o ópio do amor?

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Quem vive como se fosse inócua a singeleza das pétalas das papoilas?

Quem vive como se o bucólico mundo rural não tivesse valor algum?
Quem vive para provar que as papoilas não provocam dependência nas cidades?
Quem vive como se a Primavera não gostasse de se fantasiar de papoila?

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Quem vive a vida como se da triste figura de uma papoila, espetada numa jarra, se tratasse?
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Quem vive assim?

Félix Rodrigues

Nota - Este post foi indirectamente sugerido pela Eva Vidal.

Links interessantes:
Campos de papoulas em Chá para as borboletas

Reflexos (XV) Poema Conjunto

as flores são letras escondidas no coração

que desabrocham

perfumam-nos o olhar

prendas da terra

do sol

da água

do céu

da Vida

pequenos poemas a céu aberto

Poema Conjunto de Maat, Jorge Moreira, Desambientado, Sa.Ra e Sombra do deserto.Ideia original de Maat In Arde o Azul

1º EBIT - Econtro de Bloguistas da Ilha Terceira - Açores - Portugal - Europa

Faz diferença ver o Mundo virtual no ecrã ou vê-lo ao natural, a três dimensões?
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Hoje confrontei o virtual com o real e curiosamente, nada me pareceu desajustado.

O utópico mundo virtual, tendeu para se transformar num utópico mundo real.

Os nik names tomaram o rosto de gente amiga, e os pixeis, resumiram-se apenas às suas almas electrónicas.

Apesar de o mundo real e o mundo virtual serem compostos por átomos e electrões, a grande diferença nota-se no calor que os corpos exalam, na energia potencial que encerram.

A diferença entre o real e o virtual é talvez a mesma que existe entre a presença e a ausência ou entre o físico e o metafísico ou entre o cheiro e o inodoro. Tais dicotomias parecem pertencer a universos distintos, no entanto, são universos paralelos que se fundem para originar um só ser. Discutir o virtual e o real será talvez perceber até que ponto cada um de nós já conseguiu integrar ou convergir para essa união.

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Hoje foi o 1º EBIT “Encontro Bloguista da Ilha Terceira”, magnificamente organizado pela Rosa Maria, virtualmente Azoriana e Luis Nunes, virtualmente Ilhas. Estão os dois de parabéns, bem como Dionísio de Sousa do o Vent(ilha)dor e Nuno Barata do Foguetabraze pelas magníficas intervenções no encontro.

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A plateia....foi um mimo.
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Félix Rodrigues
E você, o que é que mais valoriza no real que não valoriza no virtual, ou vice-versa?

Nota: Este post é um agradecimento especial ao Luis Nunes e à Rosa Silva.

Obrigado Maria do Céu Costa, porque me teres colocado a questão pertinente.

Links interessantes:

O Mundo virtual da Ana Pinheiro em o Meu Mundo.

Soy lo que Soy - Solo eso..

EBIT - Ponto de Encontro e Ponto de Partida - Dionísio de Sousa

Oh Ladrão! Ladrão.

Era meia-noite
Quando o ladrão veio
Deixou labaredas
Na mata do meio.
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O pai do ladrão
Era carpinteiro,
Fazia cozinhas,
Ganhava dinheiro.
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Pela meia-noite
Sem estrelas no céu,
Roubaram-lhe o rosto,
Taparam-no c’um véu.
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O pai do ladrão
Era pregador,
Fazia sermões,
Pregava o amor.
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Pela meia-noite
E sem advertência,
Entrou o ladrão.
Levou-lhe a inocência.
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O pai do ladrão,
Se tiver vergonha,
Verá que o estupro,
É "coisa medonha".
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Era meia-noite.
Hora atrevida.
Entrou um ladrão
E roubou-lhe a vida.
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O pai do ladrão
Acha que é assim,
Que vale tirar tudo,
Mesmo até ao fim.
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Oh Ladrão!
- Ladrão.
Oh Ladrão!
-Maldito.

-Tu falas e negas, tudo o que tens dito.

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Félix Rodrigues

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Que outros tipos de roubo você considera que existem?

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Nota- Estas quadras inspiraram-se numa cantiga tradicional Terceirense de nome "Oh Ladrão, ladrão" e num dos posts de Paulo Jorge Ribeiro.

Não consegui identificar os autores de algumas das imagens deste post.

Teoria e Prática - Fé e Castigo.

Há teorias ambíguas,
Por vezes naturalizadas,
Por vezes cientificadas,
Por vezes com práticas de apelo ao ódio,
Falando exclusivamente de amor.

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Por vezes as lógicas de fraternidade,
Fazem-nos centrar nos oprimidos,
Com a intenção de eliminar fisicamente o opressor,

Quando é o opressor,

Que é efectivamente o oprimido.
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Deviam-nos raiar os olhos de esperança,
Mas na prática,
Só ficam raiados de sangue.

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Que práticas inconcebíveis são estas,
Que ao aproximarmo-nos, odiamos,
E que ao afastarmo-nos, admiramos?

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Já não penso que uma boa teoria possa dar sempre,

Uma boa Prática de Salvação.

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Félix Rodrigues

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Qual é para si o maior desajuste entre teoria e prática?

Nota- Este post foi indirectamente sugerido por um comentário de Nuno Guronsan.

Links interessantes:

Corrupção e Criminalidade em Napoleão

Correlações em Expat BCN