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2007-11-28

Spintronics

The spintronics,
Exceeds the electronics
Because the electron has confessed
What he has defended himself:
The way has he dance,
The way has he spin's,
With the ambiguity
Of true or lie.
Félix Rodrigues

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2007-11-24

Spintrónica

Obriguei um electrão a confessar-se.
Dele recolhi depoimento,
Incerto, eu sei,
Porque quando mente também fala a verdade,
E quando quer ter rigor,
Também é enganoso.

É essa dualidade que origina a incerteza,
Teorizada por Heisenberg:
-O que ele diz que é, não o é exactamente.
-O que diz que não é, também poderá ser premente.

Se dança ou rodopia,
No sentido horário,
Gera em sintonia,
Um efeito magnético,
De rigor helvético.


Se rodar ao contrário,
Diz-se ser beneficiário,
De um efeito teorético,
Que ao primeiro é opositário.

Assim, a spintrónica,
Ultrapassa a electrónica,
Porque o electrão confessou,
O que muito bem guardou:
A forma como dança,
O modo como gira,
Que em tudo tem semelhança,
Com a verdade ou a mentira.

Félix Rodrigues

O que é que te faz rodar a cabeça?

O prémio Nobel da Física de 2007 foi atribuído ao francês Albert Fert e ao Checo, nacionalizado alemão, Peter Grünberg, pela descoberta da Magnetorresistência Gigante.
Pensamos que tais trabalhos, são essencialmente teóricos e que poucos impactos têm na nossa vida. O trabalho destes cientistas, teve um impacto tremendo na nossa sociedade tecnológica. Permitiu um avanço enorme no fabrico de discos duros para computadores, telemóveis e praticamente todos os dispositivos que permitem gerir e armazenar informação.
Albert Fert e Peter Grünberg são os percursores de uma nanotecnologia: a spintrónica, semelhante à designação de electrónica, onde electrónica é a ciência que estuda a forma de controlar a energia eléctrica por meios eléctricos nos quais os "electrões" têm um papel fundamental. Assim a spintrónica estuda a forma de controlar os micro-campos magnéticos gerados pelos movimentos de rotação dos electrões-spin’s.
A descoberta da magnetorristência gigante baseia-se na propriedade dos spin’s dos electrões (se rodam no sentido horário ou no sentido anti-horário) e na interferência entre os pequenos campos magnéticos gerados por esses movimentos de rotação com micro-campos magnéticos exteriores.
A spintrónica é responsável por 25% da economia dos Estados Unidos da América. Sendo os laureados Nobel da Física de 2007, Francês e Alemão, porque razão é a economia dos Estados Unidos aquela que mais beneficia da investigação desses cientistas?
É curioso que este trabalho de Albert Fert e Peter Grünberg contribui para valorizar ainda mais a importância crescente das novas tecnologias da informação, permitindo dar maior corpo à globalização quer nos aspectos referentes à informação quer nos aspectos da investigação científica ou da economia. Com este trabalho e com o seu aproveitamento comercial colocam-se questões de carácter ético: Quem deverá financiar a investigação científica e quem dela deverá beneficiar? Será lícito usar os resultados de trabalhos que não se financiou? Será lícito não financiar a investigação científica num dado país e só usufruir dos resultados das investigações levadas a cabo em países terceiros?
A Ciência sempre foi global, mas o seu aproveitamento tem sido tendencialmente local.
Esta é uma época de partilha, de negociações sérias e de compromissos éticos. Investigue-se localmente, e tenha-se a coragem de dividir com o mundo. Não se tente extrair exclusivamente do mundo, benefícios próprios, sem ter nada para lhe dar em troca.

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UnEgoistic

I fear not,
To be able to dry up your tears with mines.
I fear not,
To support your pain by the extension of my one.
I fear not,
To suffocate with the pregnancy of your anguish.
Together we would see a better colour world.
I’m able to suffer by you,
Because the loneliness,
Is much more painful.

Félix Rodrigues

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Prémio Amizade

Fui agraciado com esse o prémio Amizade pela amiga Hanah.
Compete-me enviá-lo aos meus caros amigos blogistas.
Na impossibilidade de os nomear todos, indique apenas seis.

Aprendiz de Viajante

Lifecraze

Ideias e Ideais

Azoriana

Berro d'água

Poemas e Amores

2007-11-21

Meme do Dicionário

Já passaram alguns dias desde que recebi o desafio meu amigo bloguista Luis Nunes do blogue Ideias e Ideais e só agora dou seguimento ao mesmo. Trata-se do meme do Dicionário. Em que consiste esta corrente ?
É facil. Abre-se o dicionário numa página ao acaso e a primeira palavra que encontramos é a que utilizamos. Pega-se na mesma e coloca-se no Google, pesquisa de imagens, ou noutro motor de busca, e a primeira imagem que aparecer é a que você deve utilizar para colocar no seu post.
A mim, saíu-me praga, no sentido bíblico ou de efeito nefasto, todavia, a imagem que resultou foi da cidade de Praga (em Checo Praha), a capital e a maior cidade da República Checa, situada na margem do Vltava.
Conhecida como "cidade das cem cúpulas", Praga é um dos mais belos e antigos centros urbanos da Europa, famosa pelo extenso patrimônio arquitetônico e rica vida cultural. Importante também como núcleo de transportes e comunicações, é o principal centro económico e industrial da República Checa. Capital da República Checa, situada na Boémia central, a cidade de Praga localiza-se sobre colinas, em ambas as margens do rio Vltava (Moldávia), pouco antes de sua confluência com o Elba (Labe). O curso sinuoso do rio através da cidade, cheia de belas e antigas pontes, contrasta com a presença imponente do grande Castelo de Praga em Hradcany, que domina a capital na margem esquerda (oriental) do Vltava.
Praga possui uma área de 496 km² e uma população de 1.169.106 habitantes (censo 2001), perfazendo uma densidade demográfica de 2.357,07 hab./km². A sua população era estimada em 1 de janeiro de 2004 em cerca de 1.165.581 habitantes (Wikipédia).

Assim os meus nomeados, independentemente de se disponibilizarem ou não a prosseguir com o meme, são :

2007-11-20

Smpatia 2007


Este blog foi distinguido com o Prémio Simpatia 2007, atribuido pela amiga Azoriana, autora do blog com o mesmo nome. Agradeço-lhe a consideração. Ela efectivamente merece essa distição.
Elegem-se os seguintes blogs para dar continuidade às nomeações, se assim o entenderem:

2007-11-17

Egocêntrico

Temo não poder enxugar as tuas lágrimas com as minhas.
Não me chores um rio de água salgada,
Porque juntos produziríamos um oceano.

Temo não suportar a tua dor,
Somente a ampliaria com a minha.
Juntos, crucificar-nos-íamos.
.
Temo sufocar com a tua angústia.
Juntos veríamos um mundo sem cor.

Vacinei-me contra ti,
E assim,
Só sofro quando sou ferido,
Só choro com pena de mim,
E protelei a angústia para o fim da minha vida.Teorizei o cosmo numa perspectiva histórico - evolutiva:
Primeiro geocêntrico,
Depois Heliocêntrico,
E agora...
Essencialmente egocêntrico.

Félix Rodrigues

Qual deverá ser o próximo paradigma?

Vacinamo-nos contra a injustiça e o sofrimento de modo a sentirmo-nos confortáveis no espaço que ocupamos, quer físico quer mental. Tal atitude leva-nos a ver o problema da fome como um problema de um mundo indefinido e sem rosto, o problema da injustiça como um problema das ditaduras, o problema do aquecimento global como um problema dos grandes poluidores.
A palavra competir é, na nossa sociedade, muito mais utilizada do que a palavra cooperar. Competir significa para muitos lutar, batalhar, guerrear ou vencer. Tem subjacente a existência de um vencedor e de um perdedor. Alguém ganha e torna-se mais rico e alguém perde e torna-se mais pobre, por exemplo.
Cooperar significa equilibrar interesses que por vezes também leva a uma competição a uma escala maior, com mais vencedores e mais perdedores. Em época de globalização não faz sentido competir, porque o global é uno, e se alguém ganha, alguém perdeu, e o todo, ficou igual a si mesmo.
Vivemos num mundo em grande mudança, onde a sociedade não muda, porque grandes blocos aniquilam os efeitos positivos de outros grandes blocos negativos. Precisamos cada vez mais cooperar sem competir, mas para isso é urgente definir uma base ética de negociação, e mudarmos de paradigma.
É urgente abandonar o nosso egocentrismo social, presente nas nossas relações pessoais, regionais e nacionais e passarmos a ver o mundo ecocêntrico no qual está incluído o ser humano dilemático, sentimentalista, racional, empreendedor e dialogador.

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2007-11-15

The break of the eternity


Nothing runs as a Sun ray,
Nothing falls as a translucent rain drop,
Or shiver as the whispering of the wind.
We do not have anything as the time,
That betrayer the running,
Locked up in its invisibility,
Solidifying everything,
In a break of the eternity.

Félix Rodrigues

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2007-11-11

A transdisciplinaridade do tempo

Não há chuva sem Sol,
Nem brilho sem luz,
Ou vento sem frio.


Fotografia de Miguel Afonso
Não há nada que corra como um raio de Sol,
Que caia translúcido como uma gota de chuva,
Ou que nos arrepie como o sussurrar do vento.
Não há nada como o tempo,
Que renega correrias,
encerrado na sua invisibilidade,
Tudo congelando,
num hiato da eternidade.
Fotografia de Paulo Tav

Não era suposto:
Tremer-se perante a morte,
Como a frequência da luz invisível ultra-violeta,
Desprezar-se friamente a vida,
Ou comprar-se a felicidade que brota,
Dos rostos iluminados pela luz das estrelas.
Fotografia de Mintegui


Não era suposto:
Que tudo estivesse ligado pela cola do tempo.
Fotografia de Carlos Azevedo

Félix Rodrigues

O que será suposto decidirmos?

Num mundo onde tudo depende de tudo, temos dificuldade em perceber as disparidades entre o mundo pensado e o mundo real. A transdisciplinaridade é real, mas também terá que ser cognitiva. Paulo Magalhães no seu livro "O Condomínio da Terra" afirma que a única história universal resulta da interdisciplinaridade do tempo. É essa entidade que cola as visões. É a cola do tempo que torna tudo coeso.
A natureza não se altera pelo facto do homem a ver de forma diferente, mas altera-se a relação com ela, através da forma como a percepcionamos. Na obra de Paulo Magalhães, cita-se que "a liberdade do homem está limitada não só pela liberdade dos outros, como pela natureza de que depende". Sejamos livres, sejamos respeitosos, sejamos inventivos e contribuamos para uma nova relação do homem com a terra, que passará inequivocamente, por uma nova relação com os outros.
O bem comum deveria ser tão ou mais respeitado do que o bem individual, mas assistimos nos tempos que correm a um desrespeito do bem comum, que é vandalizado, estuprado ou delapidado. Corremos mais depressa do que a luz para a defesa dos interesses pessoais, e a passo de caracol, para defesa dos bens comuns.
Vivemos uma época de crise, sem paralelo na história da humanidade: a crise ambiental que apanhou desprevenido o Homo sapiens sapiens. Em vez de desenvolvimento, deveríamos procurar o envolvimento, deixando cair definitivamente o "des" que nos poderá estar a conduzir à catástrofe colectiva.

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2007-11-10

Desafio aos Blogueiros

A blogosfera está inundada de memês, mimos, premiações e afins. A Bruxinhachellot teve a idéia de criar um desafio aos blogueiros. Cada blog desafiará 8 blogs a postar os comentários pessoais feitos em 8 blogs.
Como participar:
Quando lemos um texto num blog nos identificamos com ele ou simplesmente achamos por bem comentar. Esses comentários, sejam eles criativos, inusitados, de humor ou que saiam do fundo da alma, serão postados em seu blog. Será um total de 8 (oito) comentários pessoais, um para cada blog. Ao lado de cada comentário, escrever o título do texto (se houver) e o nome do blog ou endereço onde foi feito o comentário. Segue abaixo os 8 comentários que fiz em 8 blogs.
*Obrigado pela nomeação e consideração. Cheguei hoje de viagem e tentarei participar, adicionando um ou dois comentários por dia. Em Desafio aos blogueiros 8 comentários -http://labirintodosoledalua.blogspot.com/
*Vim conhecer o teu novo espaço. Gostei imenso de te ver na foto do Lâmina. Tanta boa disposição junta...Beijinhos. Em Ilha... - http://berrodagua.blogspot.com/
*Erotismo falado, poetizado e deslumbrador.Deslumbra-se-o através da penumbra das tuas palavras, a mesma penumbra que descreve a pele que pretendes acariciar.
Fantástico. Em Nimbypolis -As velas que nos arrestam - http://nimbypolis.blogspot.com/
*O Natal começa mesmo muito cedo na Serreta. Em Azoriana - No dia de São Martinho-Uma carta ao Pai Natal. - http://silvarosamaria.blogs.sapo.pt
*Um regresso muito pertinente. Em Educação Ambiental- UNIMEIO: As razões éticas da preservação. - http://ambientehoje.blogspot.com/
*O amor,esse intrincado sentimento,promovedor,de eterno sofrimento,é arrebatador,quando tem consentimento.Muito bonito.- Em Plagiadíssimo III -Limite. -http://plagy.blogspot.com/
*Um bocadinho macabro. - Em Ilhéu do Norte- Ilhéus do oriente XLIV. -http://ilheudonorte.blogspot.com/
*Lindo..............- Em A luz do voo. -Leve sorriso. - http://aluzdovoo.blogspot.com/

2007-11-07

Read the World

The world is an opened book
Discovered in a fragmented reading,
Printed, in an convoluted engraving,
Certainly read, reread and thought:
By the poet - the painter,
The Philosopher - the dreamer,
The Scientist - the sculptor,
The Musician - the composer,
Or inscribed by a wised writer.

Félix Rodrigues

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2007-11-03

Leia-se o Mundo

O mundo é um livro aberto,
Descoberto,
Numa burilada leitura,
Estampado,
Numa intrincada gravura,
Lido, relido e pensado decerto:
Pelo poeta, pintor,
Filósofo, sonhador,
Cientista, escultor,
Músico, compositor,
Ou um sábio escritor.

A grafia pouco interessa,
A língua ou o dialecto,
Na obra impressa.
Leia-se com intelecção,
Ou com o coração.
Estude-se o objecto,
Num contexto concreto,
Veja-se se o seu trajecto,
Tem o movimento correcto.
Adicione-se-lhe afecto,
E faça-se um projecto,
Para uma leitura do mundo,
Que ocorra em cada segundo.
Espantemo-nos com cada página,
Com o que o mundo nos ensina,
E ver-se-á quem domina,
A leitura do mundo,
Nesse livro aberto,
Profundo e fecundo,
De andar vagabundo,
Ou de rumo incerto.
Félix Rodrigues
Qual é a tua leitura do mundo?
O conhecimento surge das leituras que fazemos da realidade que está permanentemente estampada debaixo dos nossos olhos. Por vezes olhamos e não vemos, e outras vezes vemos mas não queremos olhar, refreando a percepção como se a realidade estivesse escrita com caracteres que não dominamos.
O mundo poderá ser cruel ou amistoso, dependendo do rumo traçado pelo pensamento e acção de cada um de nós. O mundo não se organiza em compartimentos ou secções, categorias ou teorias. É a nossa tentativa de catalogar, sistematizar ou teorizar que faz com que este possa ser aquilo que aspiramos ou aquilo que detestamos.
A melhor leitura do mundo é aquela que acopla múltiplas visões, múltiplas perspectivas e múltiplas aspirações. Uma leitura correcta passa pelo confronto com outras leituras e pela procura incessante do conhecimento.
Leia-se, porque a leitura promove o conhecimento. Escreva-se porque a escrita é comunicação e partilha.
A morte da leitura levará à morte da poesia a um refrear dos sentimentos.
A ausência da leitura promoverá a apatia, a ausência de teorização e a ausência da escrita.
Abra-se um livro e deixemos que nos comova, pelos sentimentos cativos nas palavras ou pela beleza intrínseca de uma teoria.
Nos livros encontrar-nos-emos mesmo que se abdique de encontrar os outros.

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