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2008-05-30

Dedução



Cada pingo de sangue
Conhece o seu trajecto
No corpo que o suporta,
Como numa pista de rali.
Acelera e trava,
Com os sobressaltos do coração.

Para o descrever,
Recorre-se às equações de Navier-Stokes,
Porque outras mais fechadas,
Estarão decerto erradas.

Quanto erro tem essa descrição?
Quanta dúvida existe,
Sobre a vida que aí persiste?
Quantos saltos, quânticos ou não,
Tem essa simples configuração?
No regresso há um recomeço.
Como se a singularidade,
De um pingo de sangue,
Fosse explicada:
Pela simetria do espaço que percorre
E do tempo que nos faculta,
Qual cosmologia de Moncrief.

Um pingo de sangue conhece o seu trajecto
Nas cartas da física,
Mas estranha por completo,
Os requisitos da sua função.
Seja ela F(v), onde v,
É a variável independente da vida.


Félix Rodrigues

64=65

2008-05-23

Obesidade - Risco real

Não tenho a certeza
Se a natureza,
É obesa!

Polimorfismos,
Metabolismos,
Hipotiroidismos,
E outros sigilismos,
Como carnivorismos,
Deixam os organismos,
Com traumatismos.

Certos ambientes:
Educativos, diferentes,
Culturais, divergentes,
Económicos, vigentes,
Dão à obesidade,
Visibilidade.

Essa doença,
Abdominal,
Ou visceral,
Não tem parecença
Com outra qualquer,
Que possa ocorrer.

A vida sedentária,
É a causa primária,
Da descriminação,
Laboral e Social.
Mas o coração,
Também descrimina,
Provoca angina,
Por vezes fatal.

Não se coma mal,
Seja-se natural.
Pois não há a certeza
Que a natureza,
Queira ser obesa.


Félix Rodrigues

Childhood Obesity

2008-05-17

Madeira

Ergui-me sem preconceito do fundo do mar,
Sentei-me com as pernas a cambetear,
Por isso ainda me escorre deste corpo a vacilar,
Massas de terra como levadas:
Fajãs no mar depositadas.

Nas minhas meditações esforçadas,
As rugas são veredas, aprumadas,
Com cabeços e precipícios aveludados,
De grandes e verdes tis perfumados.

Dos poros saem-lhe orquídeas endémicas,
Freiras voadoras sem vestes ecuménicas,
Loureiros e urzes que oferece à humanidade
Como a mais singela, simplicidade.

Em cada vértebra tem uma vigia,
Uma casa ou um simples guia,
Em cada costado, um mar de magia,
Em cada curral a nostalgia.


Félix Rodrigues

Madeira Island

2008-05-12

Mitigação e Adaptação

Corrigi alguns defeitos genéticos da espécie humana:
Substituí o gene da arrogância pelo da humildade,
O da indiferença pelo da compaixão
E o da ganância pelo da lembrança.
Penso ter mitigado a guerra e a fome,
O desespero e a desilusão.

Não pretendo uma raça perfeita,
Mas uma espécie sensível, quiçá inteligente,
Capaz de entender que a felicidade reside no todo
E não nos oásis só de alguns.

Tenho preparadas medidas de adaptação para essa nova realidade:
Redes de distribuição de alimentos entre os dois hemisférios,
Linhas de apoio fraterno e anímico,
Um sistema económico de comércio justo
E um sistema de integração das dissemelhanças.

Dizem-me que o clima vai mudar e que tenho que estabelecer novas medidas de mitigação e adaptação.
Será que as primeiras não servem os propósitos das segundas?

Não sou governo, sou governado.
Sou mitigador, não mitigado.
Se o meu comportamento é alterado,
Fi-lo antes de ser legislado.

P’ra seca e p’ra chuva não estou preparado,
Dependo dos outros, mesmo não estando molhado,
Por isso afirmo, não estar adaptado,
O que me deixa, preocupado.
Félix Rodrigues

Mother Earth

Revolta Florida

A Su, do blog Marakoka, distinguiu este blog com a "magnífica" bicicleta florida.

É linda,
encaixa-se bem,
e as rodas que ela tem,
interessam a mais alguém.


Aqui vai a lista dos nomeados:






2008-05-03

Torre de vento

Construiu-se uma torre de vento apoiada no mar, para suportar o céu imenso.
Uniu-se a imprudência com o desconhecido.

Construíram-se janelas com fios de ozono,
Telhados com gotas de chuva
E paredes com ar comprimido.


Esta torre dança como os ponteiros de um relógio,
Marca-nos o tempo e também o lugar.


Irradia alegria em todas as direcções:
Bom tempo na Europa,
Neblinas nos Açores,
Cruzeiros calmos no Atlântico.


Duas mãos a fizeram,
Dez dedos trabalharam.
No seu interior,
Assina-se a obra de engenharia,
Através da pressão:
2 elevado a 10 hPa ou 1024 mbar.
É esta a pressão média de Inverno do anticiclone dos Açores,
Localizado sobre as ilhas que o baptizaram.


Está aqui há tanto tempo quanto a grande mancha vermelha de Júpiter
Está junto do seu equador.



O Universo está cheio de anticiclones,
Mas nenhum tão mágico, mnemonicamente,
Como o do Sul dos Açores.



Félix Rodrigues

Movimentos da atmosfera (Storm Time Lapse Sample by Robert Prentice)

Campanha da Amizade (II)

Os amigos Isabel e José António deixaram ao Desambientado, no seu blogue (Observatório) o SELO DA AMIZADE, que nós aqui se retoma. Na impossibilidade eleger todos os Amigos, nomeio apenas os dez últimos que me visitaram.

Nilson Barcelli

Su

Fátima Silva

jasmimdomeuquintal

LeniB

Piratas e Espadachins

Oliver Pickwick

Trequita

Bruxinhachellot

Berro d'Água