Sangue do meu sangue
Se o sangue sair de mim,
E com outro se juntar,
Terei um filho.
Não é de mim, nem dela
Que sentirei as dores,
É um outro eu, através do qual:
Conjecturo, rio e choro.
É um outro eu, através do qual,
Amo.
É um outro eu, através do qual,
Gemo com as asperezas da sua vida.
O sangue ao sair de mim,
Ao juntar-se a outro sangue,
Sou eu, fora de mim,
Virtualmente duplicado,
Duplamente responsabilizado,
Dobradamente esmorecido,
Duplicadamente fortalecido,
Multiplamente enternecido.
E com outro se juntar,
Terei um filho.
Não é de mim, nem dela
Que sentirei as dores,
É um outro eu, através do qual:
Conjecturo, rio e choro.
É um outro eu, através do qual,
Amo.
É um outro eu, através do qual,
Gemo com as asperezas da sua vida.
O sangue ao sair de mim,
Ao juntar-se a outro sangue,
Sou eu, fora de mim,
Virtualmente duplicado,
Duplamente responsabilizado,
Dobradamente esmorecido,
Duplicadamente fortalecido,
Multiplamente enternecido.
Félix Rodrigues
Angra do Heroísmo, 30 de Maio de 2010.