Sangue do meu sangue
Se o sangue sair de mim,
E com outro se juntar,
Terei um filho.
Não é de mim, nem dela
Que sentirei as dores,
É um outro eu, através do qual:
Conjecturo, rio e choro.
É um outro eu, através do qual,
Amo.
É um outro eu, através do qual,
Gemo com as asperezas da sua vida.
O sangue ao sair de mim,
Ao juntar-se a outro sangue,
Sou eu, fora de mim,
Virtualmente duplicado,
Duplamente responsabilizado,
Dobradamente esmorecido,
Duplicadamente fortalecido,
Multiplamente enternecido.
E com outro se juntar,
Terei um filho.
Não é de mim, nem dela
Que sentirei as dores,
É um outro eu, através do qual:
Conjecturo, rio e choro.
É um outro eu, através do qual,
Amo.
É um outro eu, através do qual,
Gemo com as asperezas da sua vida.
O sangue ao sair de mim,
Ao juntar-se a outro sangue,
Sou eu, fora de mim,
Virtualmente duplicado,
Duplamente responsabilizado,
Dobradamente esmorecido,
Duplicadamente fortalecido,
Multiplamente enternecido.
Félix Rodrigues
Angra do Heroísmo, 30 de Maio de 2010.
4 Comments:
Lindo.
Assim é para quem ama o sangue do seu sangue.
Muito bonito!
Devia emoldurar-se e distribuir a todos os que dão sangue do seu sangue...
Emocionei-me com este LINDO poema.
Abraço
Para quando o lançamento de um livro de Félix Rodrigues?
Acho que já tem conteúdo para um ou mais...
que delicia de poste!
palavras e imagens em completa sintonia!
beij
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