Desambientado
Este Blog pretende discutir contradições científicas, sociais e políticas, não pretendendo ser de modo algum, um Blog de possíveis teorias da conspiração.
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2009-06-30
2009-06-29
2009-06-28
2009-06-27
2009-06-26
Solstício de Verão
No dia mais longo do ano,
Os fotões enlouqueceram.
Frenéticos libertaram-se do Sol,
E expectantes,
Após oito minutos de viagem;
Aterraram, alunaram, amartaram.
É na Terra que os recebem,
Em festas, ao anoitecer,
Por perceberem que a sua magia,
Transforma a noite em dia.
Estando Gaia no apogeu,
Nenhum perigo lhe ocorreu,
No assalto dos fotões,
Como bandos de foliões.
Usou-os,
Transformou-os:
Em ventos, ondas, matérias,
Que percorrem as artérias,
De uma deusa dependente,
Dos raios do Sol fulgente.
Félix RodriguesOs fotões enlouqueceram.
Frenéticos libertaram-se do Sol,
E expectantes,
Após oito minutos de viagem;
Aterraram, alunaram, amartaram.
É na Terra que os recebem,
Em festas, ao anoitecer,
Por perceberem que a sua magia,
Transforma a noite em dia.
Estando Gaia no apogeu,
Nenhum perigo lhe ocorreu,
No assalto dos fotões,
Como bandos de foliões.
Usou-os,
Transformou-os:
Em ventos, ondas, matérias,
Que percorrem as artérias,
De uma deusa dependente,
Dos raios do Sol fulgente.
Angra do Heroísmo, 21 de Junho de 2009.
2009-06-25
2009-06-24
2009-06-23
2009-06-22
2009-06-21
2009-06-20
2009-06-19
Miosótis
Sobre o verde dos juncos,
E das gramíneas voluntárias das pastagens,
Campeiam,
Como num bolo polvilhado de açúcar de pasteleiro,
Pequenas nuvens de miosótis,
Num agregado que contrasta,
Com os mistérios negros das rochas lávicas.
São mistérios brancos azulados ou azuis esbranquiçados,
Com uma finura dos sentidos,
Que só o acaso cria,
Sem razão aparente de intenção:
Por onde os pés vagueiam
E os olhos se assentam.
Com uma geometria fractal,
Tal qual,
A das estrelas que matizam,
A pastagem negra do céu profundo,
As miosótis,
São sinais de um afecto verdadeiro.
E das gramíneas voluntárias das pastagens,
Campeiam,
Como num bolo polvilhado de açúcar de pasteleiro,
Pequenas nuvens de miosótis,
Num agregado que contrasta,
Com os mistérios negros das rochas lávicas.
São mistérios brancos azulados ou azuis esbranquiçados,
Com uma finura dos sentidos,
Que só o acaso cria,
Sem razão aparente de intenção:
Por onde os pés vagueiam
E os olhos se assentam.
Com uma geometria fractal,
Tal qual,
A das estrelas que matizam,
A pastagem negra do céu profundo,
As miosótis,
São sinais de um afecto verdadeiro.
Félix Rodrigues
Angra do Heroísmo, 14 de Junho de 2009.
2009-06-18
2009-06-17
2009-06-16
2009-06-15
2009-06-14
2009-06-13
2009-06-12
O paradoxo da água e do diamante
A que me assiste o diamante para aqui morar?
Sou água acastanhada,
Cujo brilho se perdeu
Na clausura membranosa das células.
A água não vale nada,
Mas subordina o meu viver.
O brilho resplandecente do sol
Nas águas límpidas de uma lagoa,
Igualam a pujança do diamante:
Prefiro um punhado de diamantes,
A um jarro dessa água pura.
O verdadeiro valor do diamante,
Saído das entranhas da terra,
É dado pelos copos de água,
Que edificam o meu ser.
Vive-se hipnotizado no brilho do carbono fossilizado,
Outrora vida,
Agora morte,
Num mundo que decursa,
Ao ritmo do uso da água,
Mas valoriza o diamante.
Félix RodriguesSou água acastanhada,
Cujo brilho se perdeu
Na clausura membranosa das células.
A água não vale nada,
Mas subordina o meu viver.
O brilho resplandecente do sol
Nas águas límpidas de uma lagoa,
Igualam a pujança do diamante:
Prefiro um punhado de diamantes,
A um jarro dessa água pura.
O verdadeiro valor do diamante,
Saído das entranhas da terra,
É dado pelos copos de água,
Que edificam o meu ser.
Vive-se hipnotizado no brilho do carbono fossilizado,
Outrora vida,
Agora morte,
Num mundo que decursa,
Ao ritmo do uso da água,
Mas valoriza o diamante.
Praia da Vitória, 5 de Junho de 2009.
2009-06-11
2009-06-10
2009-06-09
2009-06-08
2009-06-07
2009-06-06
2009-06-05
A Europa
Nas ruas da velha Europa,
Nas ruínas da grande guerra,
Anda a liberdade à solta,
Mesmo que não a enxerguem.
Nas ruínas da grande guerra,
Anda a liberdade à solta,
Mesmo que não a enxerguem.
Usa um barrete frígio,
Provindo da Ásia menor,
Na Europa ganhou prestígio,
Tornou-se um valor maior.
Na margem esquerda do Egeu,
A ocidente do Bósforo,
A oriente da ilha das Flores,
Não há só arquitectura
Ou de Europa a formosura.
Há pensamento paneuropeu,
Que em conjunto cresceu.Canta-se-o em castelhano,
Sente-se-o em português,
Dicute-se-o em italiano,
Representa-se-o em francês.
Com metamorfoses, a Europa,
Por quem Zeus se apaixonou,
Foi criada pelos gregos.
Agora, constrói-a tu.
Félix Rodrigues
Angra do Heroísmo, 30 de Maio de 2009.Nota: Não faça com que a democracia se extinga no local onde nasceu. Não se abstenha, vote para o Parlamento Europeu, mesmo que o seu voto seja em branco. Pior do que não acreditar nos políticos é não acreditar na democracia.