Um cheirinho a bailhinho de Carnaval 2011
Nos tempos que já lá vão,
Os bailinhos tinham um ratão,
Agora têm um papão:
A actual governação.
Todo o mundo é composto de mudança,
Escrevia o nosso grande poeta,
Mas hoje o que há é constança,
De mentira e sobretudo peta.
No Carnaval popular
Desta ilha de Jesus Cristo,
Continua-se a rimar
De modo nunca visto.
Sai à rua São Mateus,
Com quadras que rimam com Deus,
Vem também São Sebastião,
Com quadras que rimam com pão,
E de todas as nossas ribeiras,
vem quadras escritas de muitas maneiras.
Evoca-se o Salazar,
Dança sim, dança não,
Como querendo-o comparar
Com a actual governação.
À crítica ninguém escapa,
Pois estamos no Carnaval,
Até mesmo os que à sucapa
Deram cabazes de Natal.
Talvez nesta época de frio,
O terceirense se inspire,
Criticando de fio a pavio,
Todo o bicho que respire.
Falam da Praça Velha,
Que agora quer ser Praça Nova,
Não esquecendo a querela,
Dando de cidadania prova.
Há piadas tão bem formadas,
Contextos muito bem conseguidos,
Canções belissimamente entoadas,
Riqueza em todos os vestidos.
O Carnaval tem mudado,
Em diversidade e gente,
Com assunto real ou fabulado,
Continua a ser competente.
Até já citam Aleixo,
No fim da interpretaçao,
No poema que aqui deixo,
Fazendo-lhe também alusão:
Sei que pareço um ladrão...
mas há muitos que eu conheço
que, sem parecer o que são,
são aquilo que eu pareço.
2 Comments:
Neste meu jeito juvenil,
Rimo-lhe nesta ocasião,
Hoje em dia, mentiras são às mil,
E nenhum vai para a prisão,
Por ser Carnaval,
Podemos a alma libertar,
Porque "ninguem leva a mal"
Mas até isso está a mudar.
Digo para resolver a situação:
Viva a nossa libertade!
Viva a manifestação!
Que lutará contra a precariedade!
Dia 12 de Março lá estarei
Pelas 15 h. na Praça a gritar,
Neste meu país que herdei,
Mas que me custa aceitar!
Cumprimentos,
Rodrigo Silva
www.sualista.com.br
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