Comunidade Portuguesa de Ambientalistas
Ring Owner: Poli Etileno Site: Os Ambientalistas
Anterior Lista Aleatório Junte-se a nós! Próximo

2010-08-15

Ano Internacional da Biodiversidade - Numismática e Simbolismo (25 cents do Canadá)

As moedas de 25 centimos do Canadá, com a de 2003, têm cunhada uma Rena - Rangifer tarandus.
As Renas são mamíferos herbívoros que habitam na Tundra Árctica (Canadá, Alasca, Rússia, Gronelândia e norte da Europa). São animais de grande porte, podendo atingir os 1,80 - 2m de comprimento e uma altura, ao nível das espáduas, de 1,15 m. O macho, é mais pesado do que a fêmea e pode atingir os 136 Kg enquanto que a fêmea atinge os 90-113 Kg. Possuem cascos flexíveis e bastante largos que lhes permitem, por um lado, andar sobre a neve e sobre a lama sem se afundarem, e, por outro lado, escavar a neve à procura de comida. Têm os 5 sentidos muito apurados.
A pele é espessa e revestida por duas camadas de pêlos, uma mais exterior, de pêlos delicados, e outra mais interior muito densa. A cor varia, podendo ir do branco ao cinzento escuro, mas normalmente apresentam uma tonalidade acastanhada ou acinzentada, com partes mais claras.
É a única espécie de cervídeo em que os machos e as fêmeas têm chifres se bem que os das fêmeas sejam mais pequenos e simples do que os dos machos. Os machos utilizam-nos para competir com machos rivais na altura do acasalamento, no Outono, enquanto que as fêmeas usam-nos para proteger as crias dos predadores. Quando uma cria se encontra ameaçada, as fêmeas do grupo circundam-na virando os chifres para o predador, numa atitude nítida de intimidação. Os machos podem ou não participar dessa manobra, mas quando se trata de elementos do seu grupo familiar é mais provável que participem. Todavia a utilização dos chifres só é feita em último recurso. A primeira reacção é, normalmente, a de fugir do perigo.
Vivem em rebanhos liderados, geralmente, pelo macho que possui os chifres maiores. Estes rebanhos, no Verão, são formados principalmente por fêmeas e respectivas crias. No Outono os machos solitários juntam-se aos rebanhos e competem com machos rivais para reunir grupos de fêmeas e acasalar.
No Verão alimentam-se, sobretudo, de ervas; no Inverno comem líquenes que obtém escavando na neve.
Como forma de se adaptar às condições inóspitas da Tundra, no fim do Verão migram para regiões onde as condições climáticas são menos agrestes.

São animais com grandea habilidades físicas: bons nadadores e corredores velozes, o que lhes permite escapar aos predadores - lobos, linces e ursos. Os lobos são capazes de caçar um adulto, sobretudo se for fraco ou velho e algumas águias e ursos devoram as crias. São também atacados por mosquitos (e outros insectos) que chegam a ingerir 100 gramas de sangue de um animal por dia.
Acasalam em Setembro/Outubro e a gestação é de 33 a 35 semanas. Em Maio/Junho, quando a neve se encontra já parcialmente derretida, nascem 1 ou 2 crias, que são capazes de correr logo a seguir. Nessa altura há mais alimento para as mães, o que lhes permite amamentar as crias.
Estes animais encontram-se muito bem adaptados ao Ártico, o que faz com que sejam considerados uma espécie bem sucedida. Podem ser encontrados em várias regiões do planeta junto ao Círculo Polar Ártico, não obstante poderem tomar diferentes designações, como por exemplo Caribus, na América do Norte. No entanto, apesar de designações diferentes, trata-se de uma única espécie.
Em algumas regiões são domesticadas pelo Homem e utilizados como animais de carga, puxando trenós e carros, para transporte de mercadorias e de habitantes das regiões árcticas. Por vezes são também criadas ou caçadas devido à sua carne, leite, pele (usada para fabricar tendas, botas e peças de vestuário) e chifres (para cabos de facas,colheres, etc; os dos animais mais jovens são usados para extrair gelatina).