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2010-08-01

Ano Internacional da Biodiversidade - Numismática e Simbolismo ($50 e 1$00 de Portugal de 1969 a 1977)

Asmoedas de $50 de Portugal de 1977 e 1$00 de 1969 de Portugal, semelhantes em desenhos mas diferentes em dimensão, têm cunhada a espécie Triticum durum (trigo).
Trigo, é a designação vulgar de plantas herbáceas do género Triticum, da família das Gramíneas.
As espécies do género Triticum são plantas anuais de folhas planas, com limbos foliares e duas formações geralmente filosas.
As flores associam-se numa espiga constituída por 12 a 15 espiguetas. Cada espigueta, com inserção solitária num dos nós da ráquis, é constituída por duas a seis flores. O fruto é uma cariopse nua, geralmente livre.
O trigo do género Triticum é particularmente estudado pela sua importância económica e podemos distinguir duas espécies, a T. aestivum e a T. durum.
A espécie Triticum aestivum (Sin. Triticum vulgare), conhecida também como trigo-mole, é muito cultivada para obtenção de farinhas de panificação, sobretudo em solos ricos. Os caules, de paredes finas e ocas, são glabros, com um comprimento variando entre os 35 e os 150 centímetros, e raramente apresentam partes medulosas. As folhas, normalmente com largura entre os seis e 16 milímetros, em novas são pubescentes. As espigas, cujo comprimento varia entre os cinco e 10 centímetros, são densas ou frouxas, e de secção mais ou menos quadrada. A floração ocorre entre os meses de Maio e Julho. A cariopse, pouco rígida, é elipsóide.
A espécie Triticum durum (Sin. Triticum turgidum), conhecida por trigo-branco ou trigo-emer, apresenta caules sólidos ou ocos nos entrenós e com tabiques nos nós. A sua altura varia entre os 60 e cento e 140 centímetros. As folhas são puberulentas e têm, normalmente, entre os sete e dezasseis milímetros de largura. O comprimento das espigas varia entre os três e oito centímetros, são densas e mais ou menos compridas lateralmente. As espiguetas são, geralmente, constituídas por cinco flores. A cariopse é muito rigída e ponteaguda. Esta espécie é cultivada fundamentalmente para obter farinha para o fabrico de bolachas e massas alimentícias.
O trigo-mole é geralmente semeado entre Outubro e Novembro (trigo de Inverno) existindo, contudo, variedades que se podem semear entre Fevereiro e Março (trigo de Primavera). O trigo duro ou trigo rijo é geralmente um trigo de Primavera. As colheitas têm lugar entre Junho e Agosto dependendo das variedades e dos climas.
O trigo do género Triticum tem uma distribuição cosmopolita. Apenas não é cultivado nas zonas tropicais, constituindo, assim, um alimento bastante importante em todo o mundo.
Embora o trigo tenha sido uma das culturas mais fortes no arquipélago dos Açores durante a primeira metade do século XX e o preço deste cereal tenha praticamente duplicado no espaço de menos de um ano, a possibilidade da produção ser retomada nos Açores, no momento, está colocada de parte.
O trigo é uma cultura que já não se pratica nos Açores há perto de quatro décadas. A cultura do trigo exige uma forte mecanização e deve ser extensiva, necessitando de grandes porções de terreno, o que, no arquipélago, devido às condições geográficas, de relevo, não existe.
A cultura de trigo nos Açores foi importante numa época de subsistência, em que existiam dificuldades nos transportes e toda uma outra série de condicionalismos.
Existem “algumas áreas” no arquipélago que possuem extensão suficiente para a produção de trigo, mas isso implicaria sacrificar outras produções que, entretanto, são desenvolvidas nesses terrenos. “Estamos a falar sobretudo da vaca e do milho, que é um importante complemento à produção de leite", a principal produção das ilhas.
O trigo foi, durante séculos, uma das culturas agrícolas com maior peso no arquipélago. Durante o século XVI, o trigo produzido na Região era exportado em grande quantidade para abastecer as guarnições portuguesas no norte de África.