Tia
Envelheceu com o sestro da minha avó,
Os cabelos da minha mãe
E os esgares dos meus tios.
De mim,
Guardadas em mim e não nela,
Mas catalizadas por ela e não por mim,
Rompiam lembranças de uma infância pobre e feliz.
Os longos cabelos,
Como pétalas de uma rosa branca,
Numa face risonha,
De uma avó que há tempos se fora,
Pintavam o retrato dos antepassados recentes,
Guardado na genética do seu corpo.
Foi em paz,
Juntar-se à família,
Numa idade que,
Se houver vida para além da morte,
Nesse lugar,
Brincarão todos como irmãos.
Os cabelos da minha mãe
E os esgares dos meus tios.
De mim,
Guardadas em mim e não nela,
Mas catalizadas por ela e não por mim,
Rompiam lembranças de uma infância pobre e feliz.
Os longos cabelos,
Como pétalas de uma rosa branca,
Numa face risonha,
De uma avó que há tempos se fora,
Pintavam o retrato dos antepassados recentes,
Guardado na genética do seu corpo.
Foi em paz,
Juntar-se à família,
Numa idade que,
Se houver vida para além da morte,
Nesse lugar,
Brincarão todos como irmãos.
Que saudades que tenho, de tanta da minha gente!
As fotos não são de família apenas ilustram o post.
Félix Rodrigues
Angra do Heroísmo, 25 de Julho de 2010.
2 Comments:
Pois... assim vamos perdendo aqueles que eram o nosso mundo de infância e que julgávamos parte nós, até descobrirmos que somos a geração seguinte a ocupar o lugar deles.
As perdas são sempre dificeis.
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