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2010-07-10

Ano Internacional da Biodiversidade - Numismática e Simbolismo (20 Dracmas da Grécia e 2 Francs franceses)

As moedas de 2o Dracmas da Grécia e de 2 Francos da França, antes da moeda coum, tinham cunhadas numa das suas faces um Ramo de oliveira (Olea Europaea), vejam-se os exemplares de 1990 e 1918 respectivamente.
A oliveira é originada do sul do Cáucaso, das planícies altas do Irão e do litoral mediterrânico da Síria e Palestina, expandindo-se posteriormente para o restante Mediterrâneo e América, principalmente regiões de clima semelhante. Esta espécie é cultivada em quase todo o país (Portugal). Nos Açores, na freguesia do Porto Martins da ilha Terceira, é o único local do arquipélago onde podem ser encontradas oliveiras.
História: Na Grécia antiga já se falava das oliveiras. Conta-se que durante as disputas pelas terras onde hoje se encontra a cidade de Atenas, Posseidon, com um golpe do seu tridente, teria feito surgir um belo e forte cavalo. A Deusa Palas Atenas, teria então trazido uma oliveira capaz de produzir óleo para iluminar a noite e suavizar a dor dos feridos, fornecendo alimento rico em sabor e energia. Do outro lado do Mediterrâneo, os italianos contam que Rómulo e Remo, descendentes dos deuses fundadores de Roma viram a luz do dia pela primeira vez sob os ramos de uma oliveira.
É facto que vestígios fossilizados de oliveiras são encontrados na Itália, no Norte da África, em pinturas nas rochas das montanhas do Saara Central, com uma idade aproximada de seis mil a sete mil anos, ou seja, entre o quinto e segundo milénio a.C. Múmias da XX Dinastia do Egipto foram encontradas vestidas com grinaldas de ramos de oliveira, e em Creta, foram encontrados registos dessa espécie em relevos e relíquias da época minóica (2.500 a.C.).
Curiosidades: "Cultivada no Antigo Egipto há mais de quatro mil anos, os egípcios da VII Dinastia designavam-na por Tat; os gregos já a cultivavam no tempo de Homero; na Síria, era cultivada desde o III milénio (a.C.) o rei Salomão enviava o azeite a Hirão I rei de Tiro, em troca de materiais e dos artesãos que destinava à construção do templo; Josué e Zorobabel já comercializavam azeite com as populações de Sidon e Tiro em troca de madeira dos cedros do Líbano; na Palestina, o rei David fá-la guardar por intendentes especiais e os oásis líbios povoam-se desta árvore de frutos nutritivos".
O ramo de oliveira é utilizado como símbolo cristão pelo facto da Bíblia referir que a pomba enviada por Noé trouxe um ramo de oliveira como pronúncio da misericórdia divina. Estima-se que algumas das oliveiras actualmente presentes em Israel tenham mais do que 2500 anos de idade, e possivelmente presenciaram a passagem de Jesus Cristo por aquelas terras.