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2010-07-03

Ano Internacional da Biodiversidade - Numismática e Simbolismo (10 Pennia da Finlândia)

A moeda de 10 Pennia da Finlândia. como a de 1991, antes do Euro, tinha cunhado na face um Lírio de Maio (Convallaria majalis). Há três espécies de plantas perenes rizomosas no género Convallaria, que ocorrem nas regiões temperadas do norte. A origem do nome vem do latim "convallis", significa vale, e refere-se ao hábitat natural da planta, enquanto majalis significa o tempo de florescimento que ocorre no mês de maio.
Convallaria majalis, Lírio-dos-vales ou Lírio-de-maio, é uma planta herbácea perene dotada de uma rede subterrânea de rizomas emaranhados que produzem, na Primavera, folhas pecioladas, em seguida uma haste floral apresentando um cacho de flores campanuladas brancas. Os frutos são bagas encarnadas. Toda a planta é tóxica.
A espécie está difundida na Europa, Ásia e América, crescendo sempre na sombra de florestas ou bosques escuros. É bastante cultivada e em muitas partes da Europa ela chega a ser mais comum em jardins que no estado selvagem.
São colhidas as cimeiras ou, mais frequentemente, as folhas (Herba, Folium convallariae). São secas em camadas finas, num local seco e bem arejado ou com um secador a 60°C. Depois de estarem secas são verde-claras, inodoras, com gosto amargo. Contêm glicosídeos venenosos como o convalósido, convalotoxina, uma saponina, a convalarina, etc. O óleo volátil é rico em farnesol.
O conjunto da produção de lírios-dos-vales é tratado pelas indústrias farmaceuticas, que isolam os diferentes glicosídeos constituintes a partir da matéria-prima em bruto, integrando-os depois, segundo doses determinadas, em medicamentos que são prescritos exclusivamente pelos médicos. Estes são usados sobretudo no tratamento de doenças cardíacas, pois estimulam o ritmo cardíaco e a respiração (cardiotónicos). Certos componentes são também laxantes e eméticos.
O uso de Convallaria majalis como erva medicinal data de há muito tempo atrás, remontando ao segundo século DC, quando foi descrito num herbário escrito por Apuleio. Uma investigação revelou o alcance e efeitos de seus componentes, o que aumentou a sua importância económica. C. majalis é semelhante, em acção às espécies Digitalis, presente nas bermas das estradas e interior das ilhas açorianas, mas tem efeitos menos cumulativos e então mais segura para pacientes idosos.
Os extratos perfumados tirados das flores do lírio-dos-vales são largamente usados na indústria de perfumes e cosméticos e rapés. Os frutos vermelhos estão por vezes na origem de intoxicações nas crianças. Os venenos provocam paralisia do centro respiratório e é indispensável recorrer urgentemente a um médico.
Na Finlândia, essa planta tem grande interesse económico como etnobotânico.