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2010-07-31

Ano Internacional da Biodiversidade - Numismática e Simbolismo (5$00 de 1983 de Portugal)

A moeda portuguesa 5$00 de 1993, tinha cunhada na face um Vaca (Bos taurus).

O gado bovino é composto por bois - termo que, em sentido amplo, dá nome ao animal mamífero, ruminante, artiodáctilo, com um par de chifres não ramificados, ocos e permanentes, do género Bos em que se incluem as espécies domesticadas pelo homem.
O boi, em sentido estrito, é o macho castrado, sem possibilidade reprodutiva da espécie Bos taurus (família Bovidae), sendo também usado na denominação vernacular do indivíduo pertencente ao gado bovino.
A vaca é a fêmea desta espécie e o touro é o macho com os testículos intactos, com aptidão reprodutiva.
Existem duas subespécies de Bos taurus, a saber: Bos taurus taurus (gado taurino, de origem europeia) e Bos taurus indicus (gado zebuíno, de origem asiática). Os cruzamentos entre os indivíduos de ambas as divisões é frequente em programas de melhoramento genético dos rebanhos. Esses híbridos são muito usados para combinar a produtividade do gado taurino com a rusticidade e adaptabilidade a meios tropicais do gado zebu.
O gado doméstico descende do auroque na Europa e do gauro na Ásia, começou a ser domesticado entre 5.000 e 6.000 anos atrás, servindo como animal de carga ou fornecendo carne, leite e couro. Era pouco comum criar gado para alimentação. O animal era comido apenas se morresse ou não fosse mais útil para carga ou para fornecer leite. Assim como a cabra, também servia como animal de carga, mas precisava de pastagens maiores. Hoje em dia, no entanto, os bovinos são largamente utilizados para a produção de carne. A cadeia produtiva da carne engloba vários ramos de negócios, que vão desde a fabricação de ração e o ensino de profissionais qualificados (Médicos veterinários, Engenheiros zootécnicos, Engenheiros agrícolas e Agrónomos) até empresas de consultoria em sistemas de comércio exterior.
Existem várias raças autóctones portuguesas:
-Raça Ramo Grande da ilha Terceira nos Açores,
-Raça Alentejana, do Alentejo,
-Raça Arouquesa, de Aveiro,
-Raça Minhota ou Galega,
-Raça Maronesa, região da Serra do Marão, Trás-os-Montes,
-Raça Barrosão, região do Barroso,
-Raça Cachena, da zona do Parque Nacional da Peneda-Gerês,
-Raça Gravonesa,
-Raça Brava,
-Raça Mirandesa,
-Raça Jarmelista ou Jarmeleira, região da Guarda,
-Raça Mertolenga, Mértola.
Aqui destaca-se a Raça Ramo Grande que é uma raça de gado bovino autóctone da ilha Terceira, nos Açores. Recebeu o nome da zona nordeste da ilha, a planície do Ramo Grande, no concelho da Praia da Vitória, onde é mais numerosa e de onde são provenientes os seus melhores exemplares, sendo por isso considerada o solar da raça. Os seus exemplares são tipicamente criados sob a forma de pecuária extensiva, aproveitando as pastagens características da ilha.
O gado Ramo Grande era primitivamente utilizado no trabalho agrícola e na tração de cargas, embora fosse também explorado para a produção de carne e de leite. Até ao início da década de 1970 era a raça dominante na bovinicultura da Terceira e ilhas vizinhas.
Com a disseminação da mecanização dos trabalhos agrícolas, este gado perdeu as suas funções de tração, embora alguns criadores ainda ensinem o trabalho aos animais, sobretudo com o intuito de os apresentar em desfiles etnográficos. Por outro lado, a opção pelo sector leiteiro, bem como a introdução de raças exóticas especializadas quer na produção de leite, quer na produção de carne, contribuiu para que o seu plantel actualmente seja muito reduzido. Desse modo, com o objectivo de proteger e preservar a raça, e após ter sido definido o respectivo padrão, foi criado, em 1996 o seu Registo Zootécnico.
Com a sua definição como raça autóctone, houve um ressurgimento do interesse pela preservação deste património genético açoriano, estando em curso a avaliação das capacidades produtivas da raça e do seu interesse em alguns sistemas de produção de carne em zonas mais inóspitas de algumas ilhas do arquipélago Açoreano.
Para além das raças que conseguiram grande expansão quantitativa e geográfica, como as atrás indicadas, existem milhares de raças autóctones pelo mundo, resultantes de pressões selectivas específicas ou de um relativo isolamento genético nas localidades onde se desenvolveram. Muitas dessas raças estão extintas ou em extinção fruto da globalização e da competição com raças mais produtivas.

3 Comments:

At 23:09, Anonymous Anónimo said...

Essa vaca parece uma fêmea de auroque. Testes genéticos comprovaram a influência do auroque nesta raça.

 
At 02:28, Anonymous Anónimo said...

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At 19:36, Anonymous Anónimo said...

Muito obrigado pela partilha

 

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