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2009-12-11

Ano Internacional da Astronomia - Dia 344 "Brasão da Ponta do Sol"

Isabel Neves e Félix Rodrigues

O nome “Ponta do Sol” advém-lhe da situação geográfica dessa localidade da ilha da Madeira ("uma ponta onde se vê o sol desde que nasce até que se põe") e da existência de uma forma arredondada na rocha, com veios ramificados e que se assemelha ao sol.
Esta freguesia foi criada no 3º quartel do século XV. Os primeiros colonos fixaram-se nesta zona, cerca de 1440. O primeiro núcleo donde irradiou a freguesia, pertenceu a Rodrigues Enes – o Coxo.
A freguesia da Ponta do Sol, pelo seu rápido e largo desenvolvimento, atraiu um número considerável de indivíduos, vindos do continente e ainda do estrangeiro, que ali obtiveram muitas terras de sesmaria, sendo alguns deles o tronco de importantes casas vinculadas que tiveram sua sede nesta localidade e subsistiram até os nossos dias. De salientar o Solar dos Esmeraldos, construído no séc. XVI no período de apogeu do açúcar, que hoje se encontra recuperado e a funcionar como escola.
O infante D. Luís, depois rei de Portugal, visitou esta freguesia no dia 25 de Outubro de
1858, dirigindo-se á pitoresca estancia do Rabaçal e regressando a esta vila no dia imediato.
Situada a 18 Km do Funchal, Ponta do Sol é a sede do Concelho. Localizada na costa sul da Ilha da Madeira, é limitada a oeste pelo concelho da Calheta, a norte pelos concelhos de São Vicente e Porto Moniz, e a leste pelo concelho da Ribeira Brava, é sede de um pequeno município com 43,80 km² de área e 8 125 habitantes (2001).
A extensão deste concelho viu-se reduzida ao longo dos anos. Em 1511, com a criação da vila da Calheta e em 1914, depois da criação do novo concelho da Ribeira Brava. Hoje, a sua área distribui-se por 3 freguesias: Canhas, Madalena do Mar e Ponta do Sol.
Não há duvidas que este povoado apareceu ainda no século XV e que devido ao seu porto e terras férteis, progrediu tão rapidamente que se pode afirmar com segurança que, antes de 1486, já a população tinha a sua igreja, atribuindo-se a construção a Rodrigo Enes, um dos primeiros colonos da Ponta do Sol.
O brasão da Ponta do Sol é constituído por um escudo Azul, sob o qual existe um sol de raios de ouro. A coroa mural de prata tem quatro torres. Possui ainda um listel branco, contendo a legenda a negro, em maiúsculas: "PONTA DO SOL".

O Azul indicado para o campo das armas é o esmalte que em heráldica significa o Ar e o Céu, o firmamento. Pela sua pureza, esta cor significa zelo que é rectidão afincada num dever, significa lealdade que é zelo para com uma pessoa e simboliza caridade porque o Azul dá uma sensação de bem estar espiritual, através da serenidade dos seus tons, que lembra o bem estar interior nascido da prática de um bom acto.
O Sol em heráldica é sempre representado a ouro, tendo este metal o significado da fé, da fidelidade, do poder e da liberdade.
O Ouro é o metal que naturalmente indica Sol, representa a luz que ilumina as almas e as inteligências e significa os dons mais altos do espírito: a Fé, a Pureza, a Fortaleza e a Constância. Tudo isto sugere os reflexos esplendorosos do Ouro, o mais precioso dos metais, excelso padrão de riqueza.
O sol no brasão municipal era considerado força, poder permanente, dia para todo o sempre, ou então, seria para indicar que o mesmo brasão, para além do poder que inspirava, estava sujeito a um poder mais alto, o poder celestial representado pelo astro principal.
O Sol do brasão da “Ponta do Sol” é espécie de estrela de dezasseis raios com aparente movimento giratório, que resulta da associação de raios triangulares com raios ondulados e onde o quatro vezes quatro alimenta o desenvolvimento do homem e do universo.