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2009-11-08

Ano Internacional da Astronomia - Dia 314 "Brasão da Póvoa do Varzim"

Isabel Neves e Félix Rodrigues

Póvoa de Varzim é uma cidade portuguesa do distrito do Porto, Região Norte e sub-região do Grande Porto. Situada numa planície costeira arenosa, a sul do Cabo de Santo André, a meio caminho entre os rios Minho e Douro, é povoada por 42 396 pessoas, na área urbana, com um total de 63 470 pessoas, segundo o censo de 2001. Em 2007 estimou-se que a população era de 66 463 pessoas.
As primeiras populações fixaram-se no seu território entre quatro a seis mil anos antes da actualidade. Por volta de 900 a.C., a instabilidade na região levou à fundação de uma cidade fortificada. O mar sempre teve primazia na sua cultura e economia, primitivamente através do comércio marítimo, depois com a pesca, levando a que adquirisse um foral em 1308 e, consequentemente, tornou-se no principal porto de pesca do Norte de Portugal em pleno século XVIII. Desde os finais do século XIX, devido aos seus extensos areais, tornou-se numa das áreas principais turísticas da região.
A Póvoa de Varzim é uma das poucas zonas de jogo legal em Portugal e possuiu industrias têxtil e alimentar significativas. A cidade desfruta de uma cozinha piscatória rica e mantém tradições antigas, tais como siglas poveiras ou masseiras.

O Brasão da Póvoa de Varzim é constituído por um escudo azul, com uma cruz nodosa de ouro, terminada inferiormente por dois braços de âncora de prata rematada superiormente por um anel, do qual cai um rosário de ouro. Enfiado no mesmo, ladeando a haste da cruz dos dois lados entrelaçando-se no seu pé; e em chefe, um sol de ouro, à dextra, e uma meia lua de prata deitada ( com as pontas para o flanco direito ) à sinistra. Coroa mural de prata de cinco torres. Listel branco com a legenda a ouro " PÓVOA DE VARZIM ".
A simbologia do brasão está associada a uma âncora: Símbolo da Segurança e constância no Mar e à Cruz e Rosário, representativos da grande Fé dos povos da Região
Na heráldica, a aplicação da cruz é muito ampla. Isto decorre principalmente da enorme quantidade de formatos que a ela são dados na confecção dos brasões. Além disto, há um vasto uso na heráldica religiosa, tumular e na confecção de condecorações, bandeiras e insígnias. A correcta definição de cruz é a de uma figura formada por uma pala e uma faixa cruzadas, mas sem continuidade entre elas. Um dos formatos mais primitivos da cruz foi usado pelos gregos e pelos egípcios há 5 mil anos e tinha a forma de um "T" encimado por um anel, símbolo de divindade, e que se chamava Cruz de Ankl. A primeira vez que a cruz foi oficializada como símbolo, neste caso de fé, aconteceu no reinado de Constantino. Isto ocorreu devido ao imperador ter sido, surpreendentemente, vencedor da batalha contra Mexêncio.
Daí por diante, na vanguarda do exército de Constantino, seguia um estandarte composto por uma cruz com a legenda "IN HOC SIGNO VINCES" (com este sinal vencerás). O uso da cruz como elemento de brasão de armas nasceu com as cruzadas. As grandes ordens de Cavalaria como São João, dos Templários, de Calatrava, de Malta e outras escolheram a cruz como seu símbolo. Os duques de Saboya tem no seu escudo uma cruz branca como lembrança de terem socorrido Rhodes contra os turcos. Muitas famílias da nobreza europeia tem uma cruz enos seus escudos, por terem tomado parte nas cruzadas. Os contingentes das cruzadas de diferentes países distinguiam-se no uso da cruz; os escoceses usavam a Cruz de Santo André; os ingleses, uma cruz de ouro; os alemães, uma cruz negra, os italianos, azul e os espanhóis vermelha. Eduardo III da Inglaterra, reinvindicando a Coroa da França, adoptou para seu exército, a cruz vermelha em 1335 e a França, para evitar confusão, ficou com o branco. Ainda hoje a Cruz Vermelha de São Jorge representa a Inglaterra, assim como, depois de outra mudança, a cruz branca caracteriza a Itália. Portugal ficou associado à cruz azul que o conde de Dom Henrique levou para a Terra Santa.
Na heráldica portuguesa, desde 1459, que se encontra a cruz em muitos brasões, como é o caso da utilizada na Póvoa do Varzim.
O Sol e Lua são elementos sempre presentes na vida dos Pescadores. Normalmente sol e a lua representam o homem e a mulher ou a recriação dos ciclos da Natureza, por se juntarem os princípios do feminino e do masculino.
Sol Lua e âncora, são elementos que já existiam nos antigos brasões da Póvoa do Varzim. A imagem que se segue é do Brasão da Póvoa de Varzim, segundo uma estampa policromada de uma série de brasões municipais, do século XIX [1830].

A vila da Póvoa de Varzim,
tem por brasão em campo branco um
agival azul, na parte superior deste
uma volta de Cadêa de prata,
pendendo na parte inferior della
uma ancora: aos lados da argola
que prende a ancora á Cadêa, o sol,
de ouro, e a lua de prata.

1 Comments:

At 13:42, Blogger Verdegaio said...

Póvoa DE Varzim

www.facebook.com/cidadedapovoadevarzim

Saudações Poveiras

 

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