Ano Internacional da Astronomia - Dia 43
Vulcão Prometeu em actividade na superfície de Io (Lua de Júpiter).
Fonte: Galileo Project.
Io é, dos satélites galileanos, o que orbita mais perto de Júpiter. É só um pouco maior que a nossa Lua, mas muito diferente dela. Na verdade, Io é muito diferente de todos os outros corpos do Sistema Solar.
Em1979, descobriu-se em algumas imagens da Voyager vestígios de actividade vulcânica – emissão de gases e partículas sólidas. Mas foi só mais tarde, com a missão Galileo, é que se teve a resolução espacial e espectral suficiente para analisar o vulcanismo de Io com mais pormenor.
Os resultados continuaram a ser surpreendentes. Neste momento, estão catalogados mais de 100 vulcões activos em Io e o vulcanismo é muito diferente do terrestre.
Os "penachos vulcânicos" em Io atingem 500 km de altitude e a temperatura das lavas é da ordem dos 1600ºC, cerca de 400ºC a mais do que as mais quentes lavas terrestres.
Isto excluiu as hipóteses iniciais (nomeadamente de Carl Sagan), de que os vulcões em Io ejectariam enxofre líquido.
Uma conclusão que os geoquímicos tiram dos conhecimentos actuais é que as lavas devem ser silicatadas, mas muito indiferenciadas (muito básicas), ricas em magnésio, pelo que o vulcanismo em Io poderá ser análogo ao primeiro vulcanismo terrestre. Mais uma vez, o estudo de outro planeta poderá dar-nos informações sobre a história do nosso próprio planeta.
Estes dados não excluem, contudo, a existência de grande quantidade de enxofre à superfície de Io, e é esse enxofre, em vários estados de valência, o responsável pelas colorações amarelas e vermelhas do planeta. Aliás, a atmosfera de Io é constituída essencialmente por dióxido de enxofre.
A razão para Io ser tão diferente de todos os outros corpos do Sistema Solar é porque só se conhece vulcanismo silicatado activo na Terra e pelo facto de se acreditar que tal vulcanismo está relacionado com a proximidade a Júpiter. De facto, pensa-se que são as poderosas forças gravitacionais de Júpiter, combinadas com as de Europa e Ganimedes que, deformando Io, lhe causam um aumento de temperatura suficiente para fundir as rochas. Estima-se que as marés sólidas (que na Terra, recorda-se, atingem amplitudes de poucas dezenas de cm) poderão ter em Io amplitudes da ordem dos 100 m.
Outro factor que pode contribuir para o aumento de temperatura desta lua é o magnetismo: quando o campo magnético de Júpiter é atravessado por Io, induz neste correntes que poderão atingir diferenças de potencial, no equador, de 400 000 V, e intensidades de 3 000 000 A, originando um aquecimento por efeito Joule.
Os "penachos vulcânicos" em Io atingem 500 km de altitude e a temperatura das lavas é da ordem dos 1600ºC, cerca de 400ºC a mais do que as mais quentes lavas terrestres.
Isto excluiu as hipóteses iniciais (nomeadamente de Carl Sagan), de que os vulcões em Io ejectariam enxofre líquido.
Uma conclusão que os geoquímicos tiram dos conhecimentos actuais é que as lavas devem ser silicatadas, mas muito indiferenciadas (muito básicas), ricas em magnésio, pelo que o vulcanismo em Io poderá ser análogo ao primeiro vulcanismo terrestre. Mais uma vez, o estudo de outro planeta poderá dar-nos informações sobre a história do nosso próprio planeta.
Estes dados não excluem, contudo, a existência de grande quantidade de enxofre à superfície de Io, e é esse enxofre, em vários estados de valência, o responsável pelas colorações amarelas e vermelhas do planeta. Aliás, a atmosfera de Io é constituída essencialmente por dióxido de enxofre.
A razão para Io ser tão diferente de todos os outros corpos do Sistema Solar é porque só se conhece vulcanismo silicatado activo na Terra e pelo facto de se acreditar que tal vulcanismo está relacionado com a proximidade a Júpiter. De facto, pensa-se que são as poderosas forças gravitacionais de Júpiter, combinadas com as de Europa e Ganimedes que, deformando Io, lhe causam um aumento de temperatura suficiente para fundir as rochas. Estima-se que as marés sólidas (que na Terra, recorda-se, atingem amplitudes de poucas dezenas de cm) poderão ter em Io amplitudes da ordem dos 100 m.
Outro factor que pode contribuir para o aumento de temperatura desta lua é o magnetismo: quando o campo magnético de Júpiter é atravessado por Io, induz neste correntes que poderão atingir diferenças de potencial, no equador, de 400 000 V, e intensidades de 3 000 000 A, originando um aquecimento por efeito Joule.
Etiquetas: Ano Internacional da Astronomia, Io, Júpiter, Lua, vulcanismo
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