Onda de Calor
O suor levou-me um naco de calor.
O calor tirou uma batida ao meu coração.
Não sou planta nem musgo,
Tampouco lagoa que se seque,
Mas este Sol que me aquece,
Enfraquece,
A química que no corpo acontece.
O Sol pintou-me o torso de negro,
A partir da melanina,
Com recurso à pepsina,
Numa onda de calor, repentina.
Não sou vento nem palmeira,
Tampouco de uvas, parreira,
Para que o Sol, sempre que queira,
Tenha a minha sombra prisioneira.
Faz calor! Aspiro à chuva.
Se chovesse, queria Sol.
O indecoroso da meteorologia,
É dizer que o que se previa,
Provavelmente acontece,
E não se compadece,
Com aquilo que eu queria.
Félix Rodrigues
Angra do Heroísmo, 23 de Agosto de 2008
6 Comments:
aqui até está fresquinho..
Joe
Tô tentando decidir o que é mais bonito as paisagens ou a poesia?
Dane-se levo tudo gostei dos dois!
bjoks
Depois de quase dois meses ausente da blogosfera é bom "vê-lo" de novo, caro Félix. Os seus versos/apelos continuam precisos e cada vez mais proféticos/científicos. Por enquanto, ainda em estado de alerta amarelo.
Um abraço!
Muito bonito
Que belas fotos!
Beijos!
Olá Félix!!!
Vim te agradecer por teres te lembrado de mim com o selinho...
Te enviei mensagens.
Se está calor, aproveite para curtir a água do teu mar azul profundo...
Beijos,
Cris
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