Fagotes, flautins e oboés para um concerto subterrâneo
Soam os tambores de Vulcano.
Há silvos, notas e compassos,
Saindo das entranhas da terra,
De clarinetes, flautins e oboés,
Soterrados em pedra pomes do solo,
Pela divindade da pirotecnia.
É um concerto de magia,
De um maestro louco, sem controlo,
Que debaixo dos pés
Os instrumentos soterra,
Como tubos lávicos fastos,
Longe do sentir e ouvir humano.
Há silvos, notas e compassos,
Saindo das entranhas da terra,
De clarinetes, flautins e oboés,
Soterrados em pedra pomes do solo,
Pela divindade da pirotecnia.
É um concerto de magia,
De um maestro louco, sem controlo,
Que debaixo dos pés
Os instrumentos soterra,
Como tubos lávicos fastos,
Longe do sentir e ouvir humano.
Depois de um alienado concerto,
O tempo e a água são artistas.
Douram grutas vulcânicas,
Prateando abóbodas e paredes,
Misturando-lhe com as sua máguas,
Todos os restos e misérias.
São colónias de bactérias,
Que se instalam nas anáguas,
De grutas lávicas, formando redes.
Brilham no escuro irónicas,
Tornando-se conceptistas,
De um louco agora descoberto.
O tempo e a água são artistas.
Douram grutas vulcânicas,
Prateando abóbodas e paredes,
Misturando-lhe com as sua máguas,
Todos os restos e misérias.
São colónias de bactérias,
Que se instalam nas anáguas,
De grutas lávicas, formando redes.
Brilham no escuro irónicas,
Tornando-se conceptistas,
De um louco agora descoberto.
Félix Rodrigues
10 Comments:
basalto...............
jocas maradas ..sempre
algumas dessas fotos são-me familiares...*ouch*!!! bom domingo:)
Fiquei deslumbrado como transformastes tantas realidades vulcânicas naturais em música e num poema fantástico. Parabéns!!! não digo mais nada, pois não tenho palavras que me satisfaçam suficientemente para louvar o poema...
As fotos são lindas...
Joe
teu poema faz jus à intensa beleza das cavernas...
abraços
isto está a ficar meio morto
as teus textos sao muito bons.
as fotos retratram tão bem a beleza da natureza, que pedir melhor é impossivel.
beij
Uma sinfonia da natureza
Saudades de passar por aqui...
e agora me lembrei de um trecho de Fernando Pessoa
"Navio que partes para longe,
Por que é que, ao contrário dos outros,
Não fico, depois de desapareceres, com saudades de ti?
Porque quando te não vejo, deixaste de existir.
E se se tem saudades do que não existe,
Sinto-a em relação a cousa nenhuma;
Não é do navio, é de nós, que sentimos saudade."
beijo grande ...
lindo...
Joe
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