Aquífero
Lençol de água.
Folha impermeável de inhame.
Húmus soterrado da vida.
Quando se usa,
É perfume de lavadeira.
Folha impermeável de inhame.
Húmus soterrado da vida.
Quando se usa,
É perfume de lavadeira.
Foto de Maria de Deus
Depois do sono,
O que lá dormiu:
Jorra,
Respinga,
Defluxa,
Sem gosto,
Sem cor
E sem cheiro.
É pura e nada traz:
Nem acidez ou basicidade
Tem de verdade.
Não tem complexo,
Só tem reflexo,
Da cor do ar,
Do cheiro da terra,
Que a encerra.
Se lhe sujarem o lençol,
Não tem como o lavar:
É difícil à lavadeira,
Lavar a trouxa,
Quando nela está embrulhada.
Félix Rodrigues
18 Comments:
A ligação da ciência à arte parece-me muito bem conseguida.
gostei...........
jocas maradas de reflexo
Sai de dentro do meu mundo
E me pus a recordar.
Na verdade eu...
Eu não gostaria nada,
Eu não diria nada,
que não pudesse mostrar
os olhos que você não viu,
o amor que você não sentiu,
o pranto que você ouviu e
Fingiu não ouvir...
ops mas sou sío eu que não vejo a 1º foto????'
isso será cena da secreta:)
psstt gosto de inhame:)quem diria..pois....
jocas maradas
Essa primeira foto está tão espectacular que até custa definir.
Água, aquele bem precioso!
Palavras e imagens em harmonia.
Quando estive em S. Miguel, vi pela primeira vez campos de inhame, perto do Parque Terranostra.
Bom fim-de-semana. :)
Fantásticos versos, lindíssimas fotografias
agora sim vejo as 5 fotos
1º já foi retirada..pois não se via.....ou estou errada? detesto estar! but-----------
alguem tem imaginação fertil ou então há bajulação----- :)o que faz a água......na visão:))))))
adorei essa da dificuldade do lençol ir à lavadeira por estar nesta embrulhado... bonita ideia para difundir a importância de preservar a qualidade dos nossos recursos hídricos.
Parabéns
Há muito sus publicações deixaram de ser meras exibição de fotografias e de poemas. São espetáculos ecológicos de forte apelo e rara beleza.
Abraços!
A água na sua pureza pintada pelo pincel mágico de um brilhante Avatara...fotos mágnificas, no sublime e sempre mais além...
Aquele abraço
perfume...
boa semana querido ....
Olá,
De facto, temos uma amiga em comum. E, qualquer dia, essa amiga haverá de nos apresentar!
Um abraço, e continuação do excelente trabalho, que por aqui nos tem habituado.
gostei essa do inhame...belissimas fotos, palavras belas.
beij
Caro Amigo Félix,
Esse poema parece mesmo o ciclo da água na Terra. Livre, fluída, vaporosa, como que flutuando num lago de cisnes, ou, ainda como uma patinadora no gelo.
Tal é a própria vida que vai fluindo sempre, sempre sem parar. Nós é que, na maior parte do casos, estamos distraídos e quase nem a sentimos, a não ser nos seus aspectos superficiais.
Parabéns.
Um grande abraço
José António
PS.:
Depois de muitas complicações, regressámos com novas postasgens nos nossos blogues. Serás sempre benvindo e esta nossa (tua) casa
Bonito.
Joe
Como sempre perfeito.
Conto com a visita amiga porque amanhã é um dia muito especial para mim. :)
Abraço
...é sempre um verdadeiro encontro o que sinto quando entro no teu espaço...água...vida.
...excelente partilha.
bjs do fundo do Oceanus
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