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2007-09-01

Vida de professor

Pega no giz.
Faz o que eu fiz,
E depois diz,
Se és feliz.

Desenha um ribeiro,
Que dê dinheiro,
Mas de verdade,
Que nos garanta sustentabilidade.
Copia um poema,
Que seja um dilema,
Entre a preservação
E a poluição.

Faz o balanço
Entre o deve e o haver,
P’ra dar a entender
O nosso falhanço
Ao cuidar da terra,
Que em si encerra,
O que te dá de comer.


Estou cansado,
De ser sonhador.
O educador,
Por mais esmerado,
É derrotado
Se não ensina o amor.

Por mais literacia,
Ou pedagogia,
Que tenha aprendido,
Não tem formação
P’ra ensinar a razão
Do amor escondido
No seu coração.

Venha quem vier,
Só verá se quiser,
Que o que eu sempre quis,
Foi que fosses feliz.
Félix Rodrigues
O que é que te custa ensinar?

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12 Comments:

At 11:13, Blogger Desambientado said...

Pediram-me que interpretasse os meus poemas, porque nem sempre percebiam a ideia.
Vou tentar deixar sempre uma pequena interpretação, uma vez que sou adepto da interpretação livre.
Quando se diz:"Pega no giz.
Faz o que eu fiz,
E depois diz,
Se és feliz."
a ideia que se pretende transmitir é que se a geração vindoura, cometer exactamente os mesmos erros do que a geração que a ensina, certamente terá problemas graves de degradação do ambiente, de insustentabilidade, de guerra, fome e injustiça.Por isso propõe-se que se reinvente a forma de estar neste mundo e nas relações que se estabelecem entre os seres humanos, de oriente a ocidente:
"Desenha um ribeiro,
Que dê dinheiro,
Mas de verdade,
Que nos garanta sustentabilidade."
Há que saber ler o equilibrio entre as coisas: a natureza e o homem, o desenvolvimento e a preservação, a economia e a sociedade. O equilibrio é harmonia como tal música ou poesia.
"Copia um poema,
Que seja um dilema,
Entre a preservação
E a poluição."
Quando fazemos o balanço entre aquilo que necessitamos e aquilo que desperdiçamos, vericamos, na nossa sociedade ocidental, que é mais o que desperdiçamos do que o que necessitamos. Por outro lado, a fome grassa, porque o que se necessita é super-aproveitado. Fazer um balanço é quase semelhante a fazer um exame de consciência da nossa acção, do que é correcto e do que e errado num mundo em crise ambiental.
"Faz o balanço
Entre o deve e o haver,
P’ra dar a entender
O nosso falhanço
Ao cuidar da terra,
Que em si encerra,
O que te dá de comer."
Há coisas que não se ensinam, sentem-se, como o sonhar, o amar, o partilhar.
"Estou cansado,
De ser sonhador.
O educador,
Por mais esmerado,
É derrotado
Se não ensina o amor.

Por mais literacia,
Ou pedagogia,
Que tenha aprendido,
Não tem formação
P’ra ensinar a razão
Do amor escondido
No seu coração."

Em crise, haverá sempre críticas à mudança, haverá sempre defesas egoístas. Temos que redescobrir os valores, assumindo-se o princípio de que o outro, mesmo aquele que não está presente, é tão ou mais importante do que nós.
“Venha quem vier,
Só verá se quiser,
Que o que eu sempre quis,
Foi que fosses feliz.”

 
At 17:49, Blogger Nilson Barcelli said...

Claro que os teus poemas, parecendo simples, devem ser lidos com muita atenção, pois eles contêm sempre uma mensagem muito mais forte do que à primeira vista parece.
Este excelente trabalho de palavras e fotos é um exemplo acabado onde a mensagem (útil) está muito presente.
Bom fim de semana, abraço.

 
At 18:40, Anonymous Anónimo said...

Amigo,

Muito grata pelo comentário ao poema “ aniversário” do blog “ A luz do poema”
http://vivaosol.blogspot.com


Bom fim de semana,


***maat
P.S. Belo e incisivo post

 
At 23:22, Blogger ॐ Hanah ॐ said...

Saudades de passar por aqui, sempre uma correria danada...


Maravilhosos e notáveis são os seus poemas !!!!

Um abraço grande e uma Maçã

Bom finalzinho de semana

 
At 23:29, Anonymous Anónimo said...

Enquanto aluna do curso de Educação de Infância, posso dizer-lhe que nada custa ensinar, ou, melhor dizendo, fazer aprender. é um privilégio enorme ter nas nossas mãos o poder de formar, de mudar, ao mesmo tempo que se estabelecem laços de afectividade. Posso acrescentar que, pela minha pouca experiência obtida pelos estágios pedagógicos, as crianças, consoante o trabalho do educador/professor que as acompanha, demonstram grande interesse pelas questões ambientais, levando as suas preocupações para os seus lares. O futuro está, realmente nas crianças. Apostem nelas e em quem as forma! Bem haja

 
At 15:41, Blogger TF said...

Em geral, nunca me custa ensinar o que me custa é, às vezes, constatar que não existiram aprendizagens.
Bom fim de semana.
Teresa

 
At 17:24, Anonymous Anónimo said...

ensinar é fazer aprender, se não houver aprendizagens é porque não houve ensino! é tarefa do professor fazer com que os pupilos aprendam, porque é nisso que consite o acto educativo.

 
At 09:37, Blogger Woodworm said...

Antes de mais... Parabéns por ser um excelente professor...

Ensinar não custa... o k custa é saber ensinar... saber transmitir aquilo que realmente nos vai na alma...

Ensinar custa...
custa, quando temos de ensinar, mesmo sabendo que as coisas não são assim...

Abraço...

 
At 22:20, Blogger vieira calado said...

Vida de professor que eu tive. Com alegrias e tristezas, como por todo o lado.
O que é preciso é gostar-se. As contigências, já são esperadas.
Boa semana.

 
At 23:58, Blogger Serenidade said...

O que me custa ensinar?
Tudo o que seja apenas ditado pela razão; imposto por um programa que não se mescle com as cores do entusiamo e os cheiros doces do coração.
Nada me custa "ensinar" porque é feito com coração, com ânimo, com entusiamo, com amor, com a doce mistura do programa escolar e os valores que para mim são importantes - respeito por quem está à minha frente, que é tão ou mais importante que o professor:)

Serenos sorrisos

 
At 00:20, Blogger Unknown said...

ensinar... para mim esta palavra sempre teve a ver com troca de saberes... hoje em dia somos quase "obrigados" a debitar conteúdos amorfos. é uma luta constante o dia a dia de um professor, eu que o diga!

 
At 15:05, Blogger Unknown said...

Boa tarde, sou estudante de jornalismo estou fazendo um trabalho sobre sustentabilidade, queria saber se me autoriza colocar seu poema em meu trabalho, desde ja agradeço.

Michely

 

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