Vida de professor
Pega no giz.
Faz o que eu fiz,
E depois diz,
Se és feliz.
Faz o que eu fiz,
E depois diz,
Se és feliz.
Desenha um ribeiro,
Que dê dinheiro,
Mas de verdade,
Que nos garanta sustentabilidade.
Copia um poema,
Que seja um dilema,
Entre a preservação
Que dê dinheiro,
Mas de verdade,
Que nos garanta sustentabilidade.
Copia um poema,
Que seja um dilema,
Entre a preservação
E a poluição.
Faz o balanço
Entre o deve e o haver,
P’ra dar a entender
O nosso falhanço
Ao cuidar da terra,
Que em si encerra,
O que te dá de comer.
Estou cansado,
De ser sonhador.
O educador,
Por mais esmerado,
É derrotado
Se não ensina o amor.
Por mais literacia,
Ou pedagogia,
Que tenha aprendido,
Não tem formação
P’ra ensinar a razão
Do amor escondido
No seu coração.
Faz o balanço
Entre o deve e o haver,
P’ra dar a entender
O nosso falhanço
Ao cuidar da terra,
Que em si encerra,
O que te dá de comer.
Estou cansado,
De ser sonhador.
O educador,
Por mais esmerado,
É derrotado
Se não ensina o amor.
Por mais literacia,
Ou pedagogia,
Que tenha aprendido,
Não tem formação
P’ra ensinar a razão
Do amor escondido
No seu coração.
Etiquetas: ambiente, ensino, natureza, poema, Professor, sustentabilidade
12 Comments:
Pediram-me que interpretasse os meus poemas, porque nem sempre percebiam a ideia.
Vou tentar deixar sempre uma pequena interpretação, uma vez que sou adepto da interpretação livre.
Quando se diz:"Pega no giz.
Faz o que eu fiz,
E depois diz,
Se és feliz."
a ideia que se pretende transmitir é que se a geração vindoura, cometer exactamente os mesmos erros do que a geração que a ensina, certamente terá problemas graves de degradação do ambiente, de insustentabilidade, de guerra, fome e injustiça.Por isso propõe-se que se reinvente a forma de estar neste mundo e nas relações que se estabelecem entre os seres humanos, de oriente a ocidente:
"Desenha um ribeiro,
Que dê dinheiro,
Mas de verdade,
Que nos garanta sustentabilidade."
Há que saber ler o equilibrio entre as coisas: a natureza e o homem, o desenvolvimento e a preservação, a economia e a sociedade. O equilibrio é harmonia como tal música ou poesia.
"Copia um poema,
Que seja um dilema,
Entre a preservação
E a poluição."
Quando fazemos o balanço entre aquilo que necessitamos e aquilo que desperdiçamos, vericamos, na nossa sociedade ocidental, que é mais o que desperdiçamos do que o que necessitamos. Por outro lado, a fome grassa, porque o que se necessita é super-aproveitado. Fazer um balanço é quase semelhante a fazer um exame de consciência da nossa acção, do que é correcto e do que e errado num mundo em crise ambiental.
"Faz o balanço
Entre o deve e o haver,
P’ra dar a entender
O nosso falhanço
Ao cuidar da terra,
Que em si encerra,
O que te dá de comer."
Há coisas que não se ensinam, sentem-se, como o sonhar, o amar, o partilhar.
"Estou cansado,
De ser sonhador.
O educador,
Por mais esmerado,
É derrotado
Se não ensina o amor.
Por mais literacia,
Ou pedagogia,
Que tenha aprendido,
Não tem formação
P’ra ensinar a razão
Do amor escondido
No seu coração."
Em crise, haverá sempre críticas à mudança, haverá sempre defesas egoístas. Temos que redescobrir os valores, assumindo-se o princípio de que o outro, mesmo aquele que não está presente, é tão ou mais importante do que nós.
“Venha quem vier,
Só verá se quiser,
Que o que eu sempre quis,
Foi que fosses feliz.”
Claro que os teus poemas, parecendo simples, devem ser lidos com muita atenção, pois eles contêm sempre uma mensagem muito mais forte do que à primeira vista parece.
Este excelente trabalho de palavras e fotos é um exemplo acabado onde a mensagem (útil) está muito presente.
Bom fim de semana, abraço.
Amigo,
Muito grata pelo comentário ao poema “ aniversário” do blog “ A luz do poema”
http://vivaosol.blogspot.com
Bom fim de semana,
***maat
P.S. Belo e incisivo post
Saudades de passar por aqui, sempre uma correria danada...
Maravilhosos e notáveis são os seus poemas !!!!
Um abraço grande e uma Maçã
Bom finalzinho de semana
Enquanto aluna do curso de Educação de Infância, posso dizer-lhe que nada custa ensinar, ou, melhor dizendo, fazer aprender. é um privilégio enorme ter nas nossas mãos o poder de formar, de mudar, ao mesmo tempo que se estabelecem laços de afectividade. Posso acrescentar que, pela minha pouca experiência obtida pelos estágios pedagógicos, as crianças, consoante o trabalho do educador/professor que as acompanha, demonstram grande interesse pelas questões ambientais, levando as suas preocupações para os seus lares. O futuro está, realmente nas crianças. Apostem nelas e em quem as forma! Bem haja
Em geral, nunca me custa ensinar o que me custa é, às vezes, constatar que não existiram aprendizagens.
Bom fim de semana.
Teresa
ensinar é fazer aprender, se não houver aprendizagens é porque não houve ensino! é tarefa do professor fazer com que os pupilos aprendam, porque é nisso que consite o acto educativo.
Antes de mais... Parabéns por ser um excelente professor...
Ensinar não custa... o k custa é saber ensinar... saber transmitir aquilo que realmente nos vai na alma...
Ensinar custa...
custa, quando temos de ensinar, mesmo sabendo que as coisas não são assim...
Abraço...
Vida de professor que eu tive. Com alegrias e tristezas, como por todo o lado.
O que é preciso é gostar-se. As contigências, já são esperadas.
Boa semana.
O que me custa ensinar?
Tudo o que seja apenas ditado pela razão; imposto por um programa que não se mescle com as cores do entusiamo e os cheiros doces do coração.
Nada me custa "ensinar" porque é feito com coração, com ânimo, com entusiamo, com amor, com a doce mistura do programa escolar e os valores que para mim são importantes - respeito por quem está à minha frente, que é tão ou mais importante que o professor:)
Serenos sorrisos
ensinar... para mim esta palavra sempre teve a ver com troca de saberes... hoje em dia somos quase "obrigados" a debitar conteúdos amorfos. é uma luta constante o dia a dia de um professor, eu que o diga!
Boa tarde, sou estudante de jornalismo estou fazendo um trabalho sobre sustentabilidade, queria saber se me autoriza colocar seu poema em meu trabalho, desde ja agradeço.
Michely
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