Arcos d'Água

Se pudéssemos viajar como se fossemos uma gota de água, teríamos provado que o Mundo era redondo muito antes de Fernão de Magalhães. A nós, só nos é permitido viver na mesma efemeridade das gotas.
Se nos pudéssemos espalmar contra o solo árido, veríamos que teríamos a mesma capacidade da água: rejuvenescer eternamente a terra, mesmo não sendo eternos. A nós, só nos é permitido o contacto com a terra.

Somos principalmente água. Água com memória. Somos humanos de água, terra e poemas.
As pontes que servem para cruzar as águas também se estabelecem, de outra forma, com a própria água e com os seres viventes. Esta Planeta é um império de água, de azul do mar e do brilho translúcido da chuva.

Os Aquedutos que transportam água ao longo dos séculos ainda não se secaram e tentam desesperadamente transmitir a mensagem: “Somos a ponte entre a presença e a ausência”. A ausência é a negação da presença do mesmo modo que a morte é a negação da vida.
Ver a vida, as paisagens, a poesia e a terra, através da água, é a estratégia aconselhada a qualquer súbdito do império do “Acqua Mundo”.
Três artistas, três bloguistas, três amantes da vida, cruzaram os olhares na transparência da água e viram-se juntos numa Exposição Fotográfica intitulada “Arcos d’Água” a realizar no Arquipélago dos Açores. Tal exposição surge no âmbito do Projecto Trilhas&Terras=Homem em Movimento.
O Vasco Oswaldo Santos (Toronto-Canadá), a Maria de Deus Moreira (São Miguel-Açores - Portugal) e a Cristina Oliveira (Florianópolis-Brasil) apresentam a Exposição Arcos d’Água nas ilhas de São Miguel e Terceira, do Arquipélago Açoriano.
De 18 a 25 de Novembro decorre a Exposição Arcos d’Água na Galeria do Teatro Micaelense em Ponta Delgada – São Miguel, e de 23 de Novembros a 2 de Dezembro, a mesma Exposição está patente ao Público no Átrio do Novo Edifício do Campus de Angra do Heroísmo da Universidade dos Açores, no Pico da Urze, em Angra do Heroísmo - ilha Terceira.

Estão todos convidados.

Félix Rodrigues

E você, vai aparecer?