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2006-06-10

Fronteiras


Doce e salgado,
Puro e esturpado,
Livre e aprisionado,
Tudo rigorosamente separado.
.
Que se separe:
.
O trigo do joio,
ao moio.
Os sãos dos loucos,
aos poucos.
Os insurrectos dos rectos,
perdilectos.
.
Que se rapem os cabelos aos Judeus,
por Deus.
Que se proíba a saudade e a nostalgia,
pela economia.
Que se fechem as fronteiras à imigração,
em nome da coesão.
.
Que se criem fronteiras até ao limite.
Porque a natureza,
Perdeu a sageza,
E já tudo permite.

.
Félix Rodrigues
.
O que é que te incomoda nas fronteiras?
.

Nota - Este post é dedicado a Caritas Souzza do blog Os Meus Rabiscos.

29 Comments:

At 09:21, Blogger frosado said...

Como diz o outro: "O céu não tem fronteiras! As aves não as conhecem!" gosto de pensar nisso.
Todas as outras, sobretudo as fictícias, me incomodam!

 
At 10:03, Blogger Memória transparente said...

É haver fronteiras.

Boa semana.
Beijinhos.

 
At 10:43, Blogger deep said...

Incomoda-me a presunção de algunsfazerem das fronteiras barreiras de arrogância e superioridade.
Boa semana.

 
At 10:56, Blogger Paulo Jorge Ribeiro said...

Por vezes, a facilidade em atravessá-las retira o valor da conquista do que está para lá dessa linha, desse limite. Também, por existirem, é apaixonante pensarmos em transpô-las, em vencê-las, em ultrapassar limites, em crescer... Sem elas não haveria desafio, não haveria motivação, não haveria conquitsa nem progresso. Fronteira é sinónimo de desafio...

 
At 12:40, Blogger M.A. said...

Sabemos, matematicamente, que a Fronteira é sempre analisada de um modo muito especial. Lá , os "entes" comportam-se de modos imprevisíveis.
Só para exemplificar: A reunião de todas as partes de um Conjunto pode pertencer ,ou não, à classe inicial do Conjunto onde essas partes foram tomadas. Reunir não quer dizer Somar, mas muito mais, integrar. Tudo depende então desta operação e dos elemntos nela presentes...
O mesmo cuidado , para as Fronteiras humanas.
Em suma: A Fronteira(física, humana,etc) é um Alerta a ter em conta.

No estado actual da Evolução , talvez sejam necessárias, para compreensão alargada dos Fenómenos.


(...)


Beijinhos,

***maat

 
At 13:31, Blogger Unknown said...

o que mais me incomoda nas fronteiras é saber que na realidade elas não existem e que somos nós que as construímos

 
At 17:47, Blogger Nuno Guronsan said...

Antigamente, as fronteiras costumavam ser definidas pela Natureza, na forma de um rio, de uma cordilheira, de um mar. Hoje são traçadas a régua e esquadro (conferir o mapa de África) e normalmente só são motivo de notícia por razões de violência, guerra, exclusão, racismo, xenofobia e todos os cancros que assolam a nossa sociedade. Portanto, quando o prof. Félix me pergunta o que me incomoda nas fronteiras, acho que é a própria fronteira, quando a mesma significa guerras inúteis e mortes inocentes.

Mas, como ex-pseudo-emigrante, partilho da opinião aqui expressa pelo Paulo J. Ribeiro, ou seja, que a vida passa necessariamente por ultrapassar as nossas fronteiras pessoais e/ou físicas, como por exemplo a fronteira da intolerância ou da ingenuidade ou da inveja. Essas sim são fronteiras que merecem ser ultrapassadas. Devem-no ser.

Um grande abraço e, apesar das ausência nos comentários, não perco um post seu!

 
At 19:34, Blogger Rose said...

Félix,
O que me incomoda é a língua diferente, os costumes diferentes.

Mas algumas fronteiras moram no peito dos homens, racismo, preconceito...
abraços

 
At 20:00, Blogger Janelas da Alma said...

As fronteiras políticas, geográficas, e ideológicas pertencem apenas aos humanos, que as criaram por razões igualmente estranhas.
As fronteiras são uma invenção do medo e da mesquinhez, da avareza de partilhar o que a Natureza criou.
Tal como os meus irmãos nativos, eu também não quero justificar o conceito, nem aceitar o facto da sua existência!...Prefiro ignorá-las, as fronteiras, sempre que possível. As fronteiras são a desculpa das nações, a demarcação do território. Para quê?...Também eu não sei, nem estou interessado!
Se a humanidade respeitasse os princípios básicos da Natureza e do Universo, não haveria necessidade de impôr fronteiras, porque todos saberiam o que fazer, na altura certa.
Mais um tópico excelente,

Um abraço,

Nuno Osvaldo

 
At 20:46, Blogger Era uma vez um Girassol said...

Estou com o Paulo Ribeiro.
Para mim, as fronteiras são desafios pessoais...
As fronteiras físicas não me interessam; apenas existem e é pena. Um mal necessário...até quando? Quando a loucura e ambição deixarem o coração dos homens.
Bjinho

 
At 21:28, Blogger Maria Silva said...

olá!

Nunca mais apareceu!Tem andado muito longe!?
Partilho da mesma opinião do nuno guronsan.

Boa semana

 
At 21:47, Blogger teresa g. said...

Acho que essa é uma das razões, embora talvez inconsciente, porque tanta gente adere ao yoga. Yoga significa juntar, ligar, integrar, e essa é uma tendência das novas correntes de desenvolvimento humano e espiritualidade, tentar re-ligar o homem, a natureza e todas as dimensões do universo, onde aparentemente as ciências e religiões ocidentais falharam.

Não sei se as fronteiras me incomodam, mas tento desvanecê-las (praticando yoga, também!)

Boa semana!

 
At 21:51, Anonymous Anónimo said...

Fronteiras... Quem as constrói? Quem as impõe? Que tipo de fronteiras? Existem fronteiras?
Tantas perguntas... e tantas respostas possíveis...
Cada um de nós encontra dentro de si a(s) resposta(s).

As minhas fronteiras são aquelas que às vezes coloco a mim mesma, consciente ou incoscientemente. Umas fronteiras tento passar outras faço questão de não o fazer.

Boa Semana.

 
At 07:01, Blogger Lâmina d'Água & Silêncio said...

Fronteiras são limites impostos de modo a impedir os avanços. Se esses existem, precisamos entender as verdadeiras razões.
O homem sempre buscou algo além do seu espaço de vivência e convivência. A fronteras não são apenas as que vemos delineadas nas medições de topógrafos. Aparecem estampadas nos comportamentos, nos sentimentos, nas posturas, na educação... Na consciência...
Há posições onde os limites são administrados pelo bom senso e ele se faz necessário a partir do momento em que somos sabedores que, para sermos livres, precisamos necessariamente, sermos responsáveis. Quanto maior for nossa liberdade, maior deverá ser nossa responsabilidade. Quanto maior for a nossa liberdade, maior ainda será nosso limite.
Há ainda as delimitações e essas são entendidas muitas vezes, erroneamente e ou convenientemente...
Os limites geográficos e territoriais, apesar de imaginários e impostos, existem tal e qual, persistem... São males necessários a partir do momento em que desejamos privacidade e respeito à nossa individualidade. Se há diferenças de conceitos e sejam quais forem, está imposto então a separação de fato e é nesse molde que se cria a divisão e fronteiras. Não abrimos as portas de nossas casas para que nelas entrem quem bem desejar. Escolhemos quem pode fazer parte de nosso meio e de nossa pequena célula de convivência. Isso caracteriza também nossa identidade, etnia, cultura, crenças, valores. No entanto isso não nos dá direitos além...
Ter divisas, implica em ter responsabilidade social e isso também implica em haver limites e limitações. Se há um núcleo, há portanto uma célula que cresce e torna-se a formar outras e outras mais... Se precisamos de privacidade, então precisamos de limites e tais limites acabam por serem impostas por nossas próprias falta de reponsabilidade diante do que somos, do que devemos e especialmente, do que podemos. Nos consideramos sempre com muito mais direitos do que com deveres. Avançamos em busca de novas froteiras e sejam elas quais forem, sem nos apercebermos que quanto maior for o avanço aos limites, maior será o custo para a manutenção da conquista. Maior será o preço a ser pago e esse, na maioria das vezes, não gostamos de desenbolsar. Não nos apetece ter de arcar... Queremos os lucros, mas nos esquecemos do que de fato, implica esse custo a ser pago.

Uma boa noite!!!
Com um beijo!!!

Cris

 
At 14:08, Blogger Lâmina d'Água & Silêncio said...

Te enviei mensagem!!!

Beijinhos!!!
Cris

 
At 08:29, Blogger Isabel José António said...

Olá Amigo Félix,

O que me incomoda são mesmo as fronteiras, ou seja, a sua existência. Porque vimos todos do mesmo e vamos todos para o mesmo. Todos somos o MUNDO e o Mundo somos nós.

As diferentes particularidades de cada região (língua, usos e costumes, cor da pele ou a localização geográfica) nada são quando comparadas com a amplitude e a imensidão do Universo inteiro de onde provimos.

Somos apenas pequiníssimas células que fazem parte do Universo.

Minha pátria é o amor
Meu país é o Universo
Em cada pétala de flor
Existe um completo verso

Fronteiras foram ajuda
Para a evolução de antanho
Mas que Deus agora nos acuda
Ante o ódio tão tamanho

Eu só apenas o Mundo
E o Mundo também sou eu
Quem fôr observar a fundo
Verá não há meu nem teu

Um abraço e mais uma vez os meus parabéns por este teu excelente post.

José António

 
At 11:43, Blogger Lâmina d'Água & Silêncio said...

Já te reencaminhei novamente o que havia te enviado anteriormente. O fiz para os dois endereços!!!

Obrigada por me escrever!!!

Beijos!!!
Cris

 
At 15:43, Blogger sa.ra said...

faço minhas as palavras da Maria do Céu Costa... "É haver fronteiras".

beijinhos
dia muito feliz

 
At 00:38, Blogger TF said...

A propósito de fronteiras vou contar um episódio que acabou de se passar comigo em Paris neste fim de semana prolongado oferecido pelo feriado de Stº António.
Numa das muitas viagens de metro que realizei apareceram os fiscais a verificar os bilhetes, num dos corredores próximos da saída. Tudo bem connosco. O mesmo não poderá dizer uma senhora negra a quem, além do bilhete, pediram o passaporte. Ela ainda perguntou porquê ela e não nós que percebeu também não sermos de nacionalidade francesa. De nada lhe serviu...e lá ficou às voltas com as fronteiras e a cor da pele...
Bom feriado
Teresa

 
At 10:35, Blogger Caritas souzza said...

Puxa amigo!! Estpu sensibilizada diante de sua homenagem a mim. A recebo com humildade e muito regozijo em meu coração. Um texto tão maravilhoso sobre fronteiras que nos traz a mensagem de igualdade entre tds os povos e nações. Há muito tempo admiro seu trabalho e considero seu Blog um dos melhores Blogs desta WEB tão vasta e e de tanto poder de comunicação. Obrigada de coração e desejo a vc um lindo horizonte, livre de invejas de terceiros. Estou pensando em me afastar dos blogs. Estou sendo vitima de perseguições. Meu PC foi detonado por hakers. O único crime que pratiquei foi escrever meus sentimentos e os publicar para que tds meus irmãos em Cristo pudessem compartilhar. Desculpa amigo o desabafo. Desejo a vc um maravilhoso FDS. Bjos em seu coração.

 
At 14:19, Blogger Lâmina d'Água & Silêncio said...

Te enviei mensagens. Uma com anexo!!!

Quando puderes, diga-me se chegaram e se foi possível abrir o zip.

Beijinhos pra ti de bom final de semana!!!

Cris

 
At 17:38, Anonymous Anónimo said...

Oi parabéns novamente pelo destaque merecido,bom final de semana as fronteiras nos é que criamos,beijos

 
At 17:49, Blogger Bloguinho da Sol said...

Parabêns pelo seu blog e bom fim de semana.

 
At 16:17, Blogger Planetario Notícias said...

Passadinha para desejar um excelente final de semana.
Big Kiss

 
At 17:26, Blogger Licínia Quitério said...

Incomoda-me que as haja. Aqui na blogosfera não as sinto. E se alguma vez as sentir, apago-as. Assim as pudesse apagar do coração dos homens.
Um abraço sem fronteiras.
Licínia

 
At 00:57, Blogger poeta_silente said...

O que me incomoda nas fronteiras?
Boa Noite! Eis minhas estréia neste Blog, Desambientado. Parabéns pelas imagens, pelas questões colocadas, pelas respostas dadas. Lindas, profundas, diver/gentes e conver/gentes. Eis o que me incomoda nas fronteiras: diver/gentes e conver/gentes.
Na realidade, as fronteiras estão arraigadas ao íntimo do ser humano. Nada conseguirá demovê-los das fronteiras internas, que se movem, constantemente, numa eterna busca de proteção. A partir daí, podemos entender o porquê do estabelecimento das fronteiras físicas.
Sabemos que a pessoa tem um espaço no qual aceita a aproximação - se alguém, que ela não permite, aproxima-se demais, automáticamente, ela dá um passo para trás. Houve invasão do "seu" espaço. Esta característica foi levada pelo homem até a aplicação físca, na terra. Em toda a história da humanidade, há "fronteiras". Terras deste, terras daquele. Não conseguiríamos ser diferentes, atualmente, pelo próprio inconsciente coletivo.
Mas, Félix, eu acho que a maior fronteira é a que colocamos entre nós e o outro. Esta é que é a fronteira perigosa. Esta é a fronteira que nos afasta da afetividade, em nome de uma individualidade egocêntrica. E é exatamente esta fronteira que destrói o mundo, pela falta de Amor. Basta olharmos à volta, para vermos quantas vezes nós mesmos colocamos fronteiras entre nós e nosso irmão, nosso amigo, nossa família, nosso próximo. Desta fronteira eu tenho medo. Nesta fronteira, eu muito me machuquei. Vocês não?
(Desculpa-me a dissertação... longa. Mas não poderia fazer diferente.)
Abraços da
Juliana

 
At 00:49, Blogger poeta_silente said...

Félix
Não consegui deixar para depois. Quando soube teu nome, logo me lembrei que meu avô chamava-se Félix Rodrigues. Meu sobrenome mudou, porque ele, em virtude de ter sido criado em outra família, adotou o sobrenome do Pai Adotivo. Na realidade, meu sobrenome era para ser Rodrigues.
Eis uma coincidência agradável.

by Ju

 
At 09:12, Blogger Desambientado said...

Olá Amigos.

Antes de mais desculpem-me a dificuldade em responder-vos. Gostaria de retomar tal como há uns tempos atrás os comentários individualizados. Tentarei fazê-lo proximamente. Sei que não é a mesma coisa, mas mais não consigo.
Quero agradecer a todos: os amigos de sempre e aos visitantes pela primeira vez, os magníficos comentários aqui deixados. Sao todos fabulosos.

Um abraço para todos.

 
At 21:48, Blogger fotArte said...

Foi um gosto voltar aqui de novo. Ja tinha saudades de aqui vir.
Adorei

 

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