Bífidos Activos, L. casei, omega 3, polinsaturados: Isso come-se?
Entramos na era dos probióticos, dos ácidos gordos polinsaturados, da família dos ácidos gordos Omega 3, dos betacarotenos e muitos outros microrganismos e substâncias que hão-de aperecer à venda em qualquer supermercado.
Os probióticos como os bifidos activos, são bactérias do género Bifidus, que fazem parte dos lactobacilos como o Lactobacillus bulgaricus e o Streptococcus thermophilus que são uteis efectivamente ao organismo, por colonizarem a flora intestinal e vaginal. São especialmente aconselhados a quem tem problemas como diarreias infecciosas ou vaginites.
Um número significativo de consumidores compra “Bífidos activos”, mas não faz a mínima ideia do que se trata, porque o produto tem-lhe sido vendido, como uma maravilha da tecnologia alimentar. É importante tomarem-se bífidos activos, quando se faz com alguma regularidade tratamentos com antibióticos, que pela sua acção danificam grandemente a flora intestinal e vaginal.
A L. Casei (Lactobacillus casei ) é outra bactéria lactea descoberta no Japão em 1935, que auxilia a digestão. E o yogurte bioactivo? Este contêm a bactéria Streptococcus thermophilus.
Bífidos activos, L. Casei e Streptococcus thermophilus, são maravilhas da ciência? Não. São maravilhas da natureza, alvo de campanhas publicitárias aguerridas. Acontece que poucos foram aqueles que se lembraram de as adicionar em quantidades adequadas aos alimentos e de as patentear.
Apesar dessas bactérias terem nomes semelhantes ao das “más bactérias”, são efectivamente “boas bactérias”.
Porque não se comercializa o Keffir que contêm umas boas dezenas de bactérias diferentes e com benefícios na saúde ainda parcialmente desconhecidos? Parece que combate a diabetes, parece que ajuda à recuperação da flora intestinal, parece muita coisa, muitas mais do que a L. casei, as Biffidus e as Streptococcus thermophilus.
O Keffir não foi patenteado porque foi uma descoberta acidental, realizada no Caucaso, e até agora essa mistura de bactérias parecem ter-se recusado a serem industrializadas. Obrigam a que a troca se faça quase porta a porta, obrigando vizinhos a conviver e partilhá-las.
E os omega 3? Não são bactérias, mas sim ácidos gordos que aparecem em óleos ditos essenciais. Parece que controlam a pressão sanguínea, parece que tem uma função imunológica, parece que previne o envelhecimento da pele, e como não queremos morrer e parecer eternamente jovens, consumimo-las. Cada antioxidante e cada ácido gordo que aparece no mercado, quase que tem garantia de sucesso, se estiver associado a determinado produto alimentar. Essa tem sido a lógica de muitas multinacionais.
A grande maioria dos próbioticos, dos antioxidantes e dos ácidos gordos tem muito sucesso porque cada vez se come pior. O “Fast food”, os alimentos ricos em gorduras, a eliminação da sopa da nossa alimentação, torna-nos cada vez mais dependentes dos bífidos activos, do iogurte bioactivo, dos omega 3, etc, etc.
Enquanto não conseguimos alterar a qualidade da alimentação da sociedade actual, porque não aproveitamos para promover os nossos produtos?
Numa tese de Mestrado em Produção Animal da Universidade dos Açores, demonstrou-se que a carne de coelho bravo contêm níveis elevados de ácidos gordos essenciais e possui uma baixa taxa de colesterol, comparativamente à carne de porco, vaca e galinha. Suspeita-se que a maior quantidade em ácido linolénico na carne de coelho bravo açoriano esteja relacionada com uma alimentação rica em ácido linolénico, disponibilizada pelas pastagens verdes luxuriantes onde estes habitam. Se até os coelhos se sabem alimentar, porque teimamos em comer de modo desiquilibrado? Por outro lado, a carne de coelho não deveria passar a ter um maior valor acrescentado, na sociedade “publicitodependente” actual?
Noutra tese do mesmo Mestrado da Universidade dos Açores, conclui-se que a carne de vaca alimentada com trevo violeta tem maiores conteúdos de ácidos gordos polinsaturados comparativamente com os animais que receberam apenas silagem de erva. Esse tipo de trabalhos, cria valor acrescentado ao produtos Portugueses e mercado para os produtos nacionais. Porque razão nos demostramos, quase sempre inaptos para utilizar essa informação? Será que não somos “publicitodependentes” como os outros?
Se a guerra é essa, não deveríamos ir à guerra?
Os probióticos como os bifidos activos, são bactérias do género Bifidus, que fazem parte dos lactobacilos como o Lactobacillus bulgaricus e o Streptococcus thermophilus que são uteis efectivamente ao organismo, por colonizarem a flora intestinal e vaginal. São especialmente aconselhados a quem tem problemas como diarreias infecciosas ou vaginites.
Um número significativo de consumidores compra “Bífidos activos”, mas não faz a mínima ideia do que se trata, porque o produto tem-lhe sido vendido, como uma maravilha da tecnologia alimentar. É importante tomarem-se bífidos activos, quando se faz com alguma regularidade tratamentos com antibióticos, que pela sua acção danificam grandemente a flora intestinal e vaginal.
A L. Casei (Lactobacillus casei ) é outra bactéria lactea descoberta no Japão em 1935, que auxilia a digestão. E o yogurte bioactivo? Este contêm a bactéria Streptococcus thermophilus.
Bífidos activos, L. Casei e Streptococcus thermophilus, são maravilhas da ciência? Não. São maravilhas da natureza, alvo de campanhas publicitárias aguerridas. Acontece que poucos foram aqueles que se lembraram de as adicionar em quantidades adequadas aos alimentos e de as patentear.
Apesar dessas bactérias terem nomes semelhantes ao das “más bactérias”, são efectivamente “boas bactérias”.
Porque não se comercializa o Keffir que contêm umas boas dezenas de bactérias diferentes e com benefícios na saúde ainda parcialmente desconhecidos? Parece que combate a diabetes, parece que ajuda à recuperação da flora intestinal, parece muita coisa, muitas mais do que a L. casei, as Biffidus e as Streptococcus thermophilus.
O Keffir não foi patenteado porque foi uma descoberta acidental, realizada no Caucaso, e até agora essa mistura de bactérias parecem ter-se recusado a serem industrializadas. Obrigam a que a troca se faça quase porta a porta, obrigando vizinhos a conviver e partilhá-las.
E os omega 3? Não são bactérias, mas sim ácidos gordos que aparecem em óleos ditos essenciais. Parece que controlam a pressão sanguínea, parece que tem uma função imunológica, parece que previne o envelhecimento da pele, e como não queremos morrer e parecer eternamente jovens, consumimo-las. Cada antioxidante e cada ácido gordo que aparece no mercado, quase que tem garantia de sucesso, se estiver associado a determinado produto alimentar. Essa tem sido a lógica de muitas multinacionais.
A grande maioria dos próbioticos, dos antioxidantes e dos ácidos gordos tem muito sucesso porque cada vez se come pior. O “Fast food”, os alimentos ricos em gorduras, a eliminação da sopa da nossa alimentação, torna-nos cada vez mais dependentes dos bífidos activos, do iogurte bioactivo, dos omega 3, etc, etc.
Enquanto não conseguimos alterar a qualidade da alimentação da sociedade actual, porque não aproveitamos para promover os nossos produtos?
Numa tese de Mestrado em Produção Animal da Universidade dos Açores, demonstrou-se que a carne de coelho bravo contêm níveis elevados de ácidos gordos essenciais e possui uma baixa taxa de colesterol, comparativamente à carne de porco, vaca e galinha. Suspeita-se que a maior quantidade em ácido linolénico na carne de coelho bravo açoriano esteja relacionada com uma alimentação rica em ácido linolénico, disponibilizada pelas pastagens verdes luxuriantes onde estes habitam. Se até os coelhos se sabem alimentar, porque teimamos em comer de modo desiquilibrado? Por outro lado, a carne de coelho não deveria passar a ter um maior valor acrescentado, na sociedade “publicitodependente” actual?
Noutra tese do mesmo Mestrado da Universidade dos Açores, conclui-se que a carne de vaca alimentada com trevo violeta tem maiores conteúdos de ácidos gordos polinsaturados comparativamente com os animais que receberam apenas silagem de erva. Esse tipo de trabalhos, cria valor acrescentado ao produtos Portugueses e mercado para os produtos nacionais. Porque razão nos demostramos, quase sempre inaptos para utilizar essa informação? Será que não somos “publicitodependentes” como os outros?
Se a guerra é essa, não deveríamos ir à guerra?
22 Comments:
Dr. Félix... só espero que um dia, o meu blog tenha tanta informação diversificada como o seu.
Gosto imenso da sua forma de escrita e dos seus comentários entre linhas.
Cidália
Cidália.
Nem sempre informação, corresponde a interesse. Às vezes uma imagem bem escolhida vale mais do que mil palavras, porque a escolha dessa imagem é sentida. A grande riqueza de cada um está no assumir da sua própria alma, e isso, também o tens.
Félix
Dr Félix, agradeço a sua atenção em me ter enviado os dados e informação sobre os Bífidos Activos, L. casei, omega 3 e polisaturados, bem como as conclusões das teses de mestrado apresentadas.
Estas informações interessam-me bastante e são um forte empurrão para o que eu pretendo estudar na minha tese e também para ser mais saudável.
Acho que a última frase do comentário que deixou à Cidália, reflecte aquilo que eu defendo.
Em termos de educação, é fundamental que todos os educadores percebam o quanto podem ajudar os seus alunos a encontrar essa grande riqueza de assumir a sua própria alma.
Elisabete
Pois é, Dr. Félix, os açorianos valorizam pouco o que têm e os que valorizam faltam-lhes as ideias para promoverem o que é nosso.
Gostei muito do artigo, despertou-me para questões que desconhecia.
Faço votos para que escreva cada vez mais, pois a riqueza dos seus artigos é uma mais valia para todos nós.
Fátima.
Obrigado pelo apoio, mas tal como te dizia, a grande vantagem deste tipo de comunicação é que não tem hora nem dia, logo não tem pressão. Essa pressão surge mais tarde com observações como a tua, que nos incentivam a comunicar mais.
prof. Félix, esse Keffir é uma coisa que parece uma couve flor e se põe no leite? É que há alguns anos atrás eu andei a beber desse leite que fica transformado numa espécie de iogurte, mas não sei se estamos a falar do mesmo, porque à boa moda terceirense, para mim (e para todos os vizinhos) era um "cafir".
Luzia.
O teu cafir, é efectivamente aquilo a que eu aqui chamei de keffir. Também se pode chamar kaffir, kefir ou kafir. Apesar de à terceirense a palavra parecer distorcida, é efectivamente a mesma coisa.
Parece couve-flor, produz algo parecido a yogurte e por aquilo que descreves, é efectivamente o que já bebeste, ou à terceirense "bubeste".
DR.Félix, estou usando em jejum algo que me foi passado como tibico ou cogumelo chinês, pesquisando na net, diz ser o mesmo keffir, mas ele tem aparência de um mamão verde moido, colaca-se na água adiciona açucar mascavo e toma em jejum, deixado de um dia para o outro. Estou me sentido muito bem com o uso, mas tenho receio de problemas futuro.Por favor me dê sua opinião. Muito obrigada.
Maria jose
Recebi um mail com este conteúdo (será verdade?):
O ACTIMEL fornece ao organismo uma bactéria chamada L.CASEI. Esta substância
é gerada normalmente por 98% dos organismos, mas quando é administrada
externamente por um tempo prolongado, o corpo deixa de fabricar e
paulatinamente "esquece-se" que deve fazê-lo e como fazê-lo, sobretudo em
pessoas menores de 14 anos.
Na realidade, surgiu como um medicamento para essas poucas pessoas que não a
fabricam, mas esse universo era tão pequeno que o medicamento se tornou, não
rentável; para o tornar rentável, foi vendida a sua patente a empresas do
sector alimentar.
A Secretaria Estado da Saúde (Espanha) obrigou a ACTIMEL (a serissima) a
indicar na sua publicidade que o produto não deve ser consumido por um tempo
prolongado; e cumpriram, no entanto de uma forma tão subtil que nenhum
consumidor o percebe ( p.ex. "desafio actimel: tome durante 14 dias").
Se uma mãe decide completar a dieta com ACTIMEL, no recebe nenhum aviso
sobre a sua inconveniência e não vê que pode estar a causar um dano
importante ao futuro dos seus filhos ou ao seu devido às manipulações
publicitarias da multinacional DANONE para incrementar os seus benefícios
sem se importar com a saúde dos consumidores.
carlabmiguel@mail.telepac.pt
Dr.Félix Na verdade não seria um comentário e sim uma pergunta, gostaria de saber onde posso encontrar o KEFFIR ou alguém que possa me passar uma amostra já que é passado de mão em mão?
Caro anónimo.
O kefir tem que lhe ser dado por alguém que viva perto de si. Comece a perguntar aos seus amigos ou amigos e certamente alguém lhe dirá quem lhe pode fornrcer um pouco.
fiquei esclarecido.
não foi por acaso que "carimbei" este blog.
nesta tese é referido o coelho bravo.
eu pergunto se existem grandes diferenças para o coelho que normalmente se compra nos super-mercados?
abraço
Caro amigo ADesenhar.
Há efectivamente grandes diferenças entre o coelho barvo e o que se compra no supermercado, essencialmente no que se refere a antioxidantes. A alimentação do coelho bravo é mais variada e mais rica, enquanto que o que se compra no supermercado é alimentado à base de racção com uma dieta muito mais pobre. Isso reflecte-se na composição do produto. Como estamos no topo dessa cadeia alimentar, também se reflecte na nossa alimentação.
DR Felix Rodrigues,fa�o uso do cogumelo chin�s(vejamos se � isso)cogumelo imerso em uma solu�o de 150ml de agua filtrada/colher de sopa de a�ucar mascavo ou rapadura a quase 1 ano,tomo quase tds os dias(- sabado)30 minutos antes do caf� da manh�jejum)e noto o seguinte: tenho mais disposi�o,vigor f�sico,regularidade p ir ao banheiro(vazes),cabelos brancos voltaram a ficar na cor natural(castanhos),no sexo tbm tenho bastante disposi�o...isso s�o algumas caracteristicas q notei pode ser q tenha muito mais eficacia,parab�ns pelo blog..ab�
Olá, dr. Felix. Fiquei impressionada c/as qualidades do Kefir. Estou tomando há uma semana. Qto tempo devemos tomá-lo para começar a perceber seus efeitos? Gostaria tb de saber mais sobre o tal cogumelo, como e aonde adquirir. Precisei retirar minha tireóide por conta de um carcinoma e gostaria de ter uma alimentação mais adequada, por isso procuro uma alimentação mais natural.
Obrigada
Cara Teresa.
O Keffir normalmente não se vende. é doado.
Tente perguntar a alguém seu conhecido se conhece alguém que o tenha e que lhe possa ceder um pouco.
Sei que se vende na Internet, mas não há certezas acerca da sua qualidade.
o keffir deve ser tomado sempre em jejum?
keffir ajuda a emagrecer?
O keffir pode ser tomado em jejum.
Quanto ao ajudar a emagrecer, não creio, depende do tipo de leite que se usar: se gordo ou magro.
Boa noite!!!Eu estou a tirar a licenciatura de biotecnologia. Tenho de fazer um projecto sobre probióticos para uma cadeira- Microbiologia Aplicada e queria saber se me puderia ajudar a encontrar microrganismos que funcionem como probioticos e quais as suas funcionalidades e aplicações..
Agradecia...
Existem vários microrganismos que funcionam como probióticos:
Streptococcus thermophilus, Lactobacillus bulgaricus, Lactobacilos Plantarum 299,
Lactobacillus acidophillus,
Lactobacillus casei,
Lactobacillus fermentum,
entre outros.
A produção de ácidos pelos lactobacilos provocam a diminuição do pH intestinal, dificultando o crescimento de bactérias comensais ou bactérias patogênicas, ajudam assim a reposição da flora intestinal. Alguns efeitos dos lactobacillus ainda não foram cientificamente comprovados, no entanto é uma área em franca evolução.
Félix
gostaria que me falasse um pouco mais sobre os nutraceuticos...
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