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2010-08-08

O Fado tem um fado

O Fado tem um fado:
Extinguir-se.

O canto lúgubre,
A tristeza contente,
A saudade escondida
E a melancolia delicada,
Não consegue porfiar
Com os zumbidos de silício.

As ilusões de senhores de anéis,
E o ruído do trânsito informativo,
Acabam com a saudade na aldeia global.

O Fado tem um fado:
Tornar-se identidade,
Resistir à hodiernidade,
Procurar continuidade
Entre chips e fantasias,
Mega-eventos e praças vazias.

Toda a gente tem um fado,
Situado:
Entre a morte e o nado e criado.

Félix Rodrigues
Angra do Heroísmo, 8 de Agosto de 2010.

4 Comments:

At 17:52, Anonymous Anónimo said...

Há coisas dificeis de manter, incluindo tradições.

 
At 16:23, Blogger Sónia Caires said...

Lindas imagens!

 
At 00:55, Blogger Berro d'Água said...

Tenho saudades de ti...
Penso sempre em ti!!!

E desejo coisas boas a ti e aos teus!!! Sempre!!!

Beijos!!!

 
At 20:00, Anonymous Anónimo said...

O fado está vivo e tem seguidores cada vez mais novos. Silvana Neto Medeiros, de 11 anos de idade, é prova disso.
Depois de algumas actuações em palcos de festas locais, a jovem, natural de Angra do Heroísmo, que já cantou ao lado de Kátia Guerreiro, manifesta forte interesse em progredir no mundo da canção.

Ouvir e cantar fado. A jovem de 11 anos de idade, apesar de tenra idade, não se coíbe de vangloriar um género de música que, à partida, podia parecer menos atractivo entre as preferências das camadas mais jovens da população.

Silvana Neto Medeiros, natural de Angra do Heroísmo, afirma que os seus amigos e colegas de escola costumam assistir às suas actuações no âmbito das Noites de Fado integradas nas festas populares. Porto Judeu, São Carlos e Lameirinho são as localidades contempladas, desde há dois anos, no currículo artístico da jovem.

Cantou ao lado de Kátia Guerreiro, a reconhecida fadista do panorama nacional, em 2009, e por outras figuras locais como Paula Fisher, no mesmo ano.

Mais recentemente, Silvana Neto Medeiros pisou o palco do Lameirinho, freguesia da Conceição, acompanhada pelos guitarristas Carlos Baptista, Alberto Machado e Liberal Lourenço.

“Sinto mais à-vontade agora em comparação com a primeira vez que subi ao palco. E, por mais contraditório que possa parecer, a minha prestação é sempre melhor perante uma audiência de centenas de pessoas do que de meia dúzia. A vergonha é maior”, revela a jovem cantora, à conversa com o nosso jornal, acrescentando que os seus primeiros passos, neste caso sons, surgiram por volta dos sete anos de idade. “É tendência de família. A minha mãe também cantava mas num grupo de folclore”, diz.

No final dos espectáculos, conta, o público, de todas as faixas etárias, entendidos em música ou não, costuma dirigir-se a si para apresentar felicitações. São momentos em que comprova, mais do que qualquer outro, a sua predisposição para avançar rumo a uma carreira no mundo da canção.

“Dizem-me que tenho talento e um futuro promissor. Também elogiam a minha voz”, revela.





Médica e fadista



Para além do fado, com destaque para artistas como Marisa e Amália Rodrigues, as suas referências estão bem afirmadas, por exemplo, na música pop. Neste género musical elege Shakira e Beyoncé, e, ainda, a nível nacional, a Floribela, personagem popular interpretada pela actriz Luciana Abreu.

Um gosto musical bastante generalizado de uma jovem que, actualmente, frequenta o sétimo ano de escolaridade, na Escola Tomás de Borba, em Angra do Heroísmo, e que manifesta interesse em prosseguir estudos académicos superiores.

“Gostava de ser médica-veterinária. Adoro animais”, adianta Silvana Neto Medeiros, considerando a sua boa capacidade de conciliação entre as actividades artística e profissional, sendo que, até ao momento da partida para Lisboa ou outra cidade do continente, as responsabilidades já foram testadas. “Frequento o conservatório, onde estou a aprender a tocar violino, e integro a orquestra, além de ter de estudar. Ainda jogo ténis e pratico equitação”, sustenta.

Silvana Neto Medeiros confessa receber todo o apoio da sua família, nomeadamente dos seus pais, para entretanto fazer valer a sua participação em eventuais castings e programas de televisão.

“Todas as oportunidades são boas e prováveis de concretizar o meu sonho: ser cantora”, remata.
Sónia Bettencourt em "A União".

 

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