Mundos Alternativos I - A Energia
.
.
Agora é realidade nos Açores.
O aproveitamento das ondas foi um sonho:
Já é uma realidade na Flórida e experimenta-se na ilha do Pico.
.
A energia solar, foi um mito:
Poderá ser uma realidade em todos os continentes.
Os edifícios poderão ser optimizados em termos energéticos:
Independentemente das alternativas energéticas que existam aos combustíveis fósseis, o mundo terá que ser um local, onde existe equílibrio entre os aspectos ambientais, a tecnologia e as actividades humanas.
Félix Rodrigues
E poupar energia, não será também uma forma de contribuir para um mundo sustentável?
Nota- Este post, foi indirectamente sugerido pela Fátima Silva.
Agradeço ao Fernando Martins do Geopedrados, a facultação da fotografia da Central das ondas do Pico nos Arcos do Cachorro.
Links interessantes:
Produção de energia a partir do milho, no Equador
106 Comments:
Bom regresso! Claro q sim, esse é o caminho...pena estarmos a acordar tão tarde para esta realidade.
Abraço
FÉLIX, é uma das minhas preocupações, como cidadão do Mundo que sou, a alternativas energéticas. E, eu questionava o meu amigo se, não seria alternativa o hidrogénio!? Há uns 20 anos atrás fez-se estudos que 10 cm da Baía da Califórnia bastaria para extrair hidrogénio e assim abastecer durante 100 anos os Estados Unidos da América nas suas necessidades energéticas internas! Um abraço.
bem vindo.
A energia alternativa/renovavel vem através dos tempos a ganhar mais força e adeptos mas mesmo assim ainda é impotente perante os grande interesses económicos instalados. mas o seu tempo virá, esperemos que nao seja tarde demais..
Abraço
Tem muito pouco tempo a Ministra Sueca do Desenvolvimento Sustentável disse: "querer acabar com a dependência do petróleo até 2020".
Por cá...
Bom Regresso!
Excelente Post sobre a consciência global energética.
Falaste na Educação. É sem dúvida o primeiro e grande passo a apostar, numa consciencialização aos alunos, o futura da humanidade, para as alternativas energéticas mais limpas, e afastadas dos interesses egoístas, de um punhado de homens que dominam o petróleo e destroem o mundo.
Bom artigo. Simples e esclarecedor. A propósito deste tema, em particular a optimização energética dos edifícios, li há pouco tempo um artigo muito interessante publicado na revista "Engenharia e Vida", de Janeiro 2006, intitulado "A Integração de Fotovoltaicos no Edifícios em Portugal - Dificuldades e Oportunidades".
Os estudos estão feitos, já existem experiências de referência. Agora, há que sensibilizar e aplicar. Não se pode adiar mais esta situação. O tempo passa muito rapidamente. A simples leitura deste comentário já passou, é passado. O futuro, esse, é agora. Já foi...
Mais uma vez, não estou na minha área, mas como usuária, tenho de estar atenta a ela e portanto - como em tudo - Educação, ainda que mínima, é fundamental.
A Europa, como é de praxe, segue na frente e Alemanha, segundo o que sei, possui legislação destinada ao setor em vigor, desde 2000.
No Brasil, temos projetos de criação para a Universidade Internacional de Energias Renováveis, destinada a formar especialistas, como já ocorre em outros países top de linha e dentro os tidos como ‘emergentes’ (essa palavra de classificação me parece estranha. Imaginem um país desse tamanho e com essa potência, emergindo de fato...), o Brasil possui tecnologia comprovada em biodiesel e que já começa a ser exportada. É inovador no uso do álcool como substituto do combustível fóssil e na fabricação e uso de carros de grandes marcas, com utilização de combustível alternativo e gasolina, ao mesmo tempo. São os chamados modelos Flex. No entanto, esse meu país é mesmo um gigante e possui diversas possibilidades de buscar diferentes recursos para gerar sua própria energia, mas independente do tamanho e do avanço em pesquisas, sendo elas no país que for, o que me parece fundamental e em todos os sentidos, é como vamos nos posicionar e usar com racionalidade e respeito ao meio ambiente, toda e qualquer possibilidade de adaptação para o que chamamos de progresso e manutenção da estrutura existente. Acho mesmo que é nessa educação específica, é que teremos maiores problemas em nos adaptarmos. Em meu ponto de vista, sempre seremos capazes de inovar e recriar o que já está criado. Respeitar limites e posições éticas cabíveis, é outro fato e é aí, aos meus olhos, que a ‘Educação’ já deveria e a muito tempo, estar sendo empregada.
Espero que a natureza tenha tolerância e energia suficiente, que suporte nosso tempo de aprendizado. O real... O concreto. O aprendizado de fato!!!
Obrigada Desambientado!!!
(estou fora do ar e não consigo mais voltar...)
O ideal seria uma energia alternativa e natural, que viesse substituir o petróleo, isso é que seria o máximo. Tenho a impressão que muitas guerras terminariam! Vamos snhar com isso, porque o sonho comanda a vida, como diz o poeta!Quanto a ti, Félix,sempre atento às coisas importantes. Bem hajas!
Tat wam asi.
Obrigado pela recepção.
Curiosamente é isso mesmo, só agora começamos a acordar, e como tal, ainda estamos a fazer muito pouco para que a realidade actual se altere.
Soslayo.
Quanto ao hidrogénio, ele não é uma energia alternativa em si mesmo, é um combustível. Passo a explicar melhor.
-O hidrogénio produz-se a partir da electrólise da água, ou então de outros processos físico-químicos. Para o obter há que ter energia disponível. A produção de hidrogénio, normalmente resulta de uma optimização da produção de energia eléctrica a partir das energias renováveis, por exemplo: nem toda a energia eólica é aproveitada para a rede eléctrica. Quando há vento a mais, a energia não pode entrar na rede porque queimaria os electrodomésticos, quando há vento a menos ela também não entra porque os electrodomésticos não funcionariam. Quando há mais ou menos energia nos geradores, que não pode ser injectada na rede, essa energia pode ser sempre utilizada para produzir hidrogénio. O mesmo se passa com praticamente todas as fontes renováveis, como a das marés ou a das ondas.
O hidrogénio tem mais poder calorífico do que a gasolina, menos potencial explosivo e a sua queima liberta para a atmosfera apenas vapor de água. É o combustível ideal e será certamente o futuro. Continuaremos a necessitar das fontes alternativas para fazer a electrólise da água.
Ambientalista.
Para um melhor aproveitamente da energia solar, como fonte alternativa, haveria também que passar da lógica de monopólio de produção de energia que existe neste momento nos vários países, para a lógica dos pequenos produtores de energia. A alteração da lógica de produção tem impactos enormes em termos económicos, especialmente nalquns que se encontram bem estabelecidos.
Em tempo:
Essa é parte da reportagem do Jornal Nacional, da Globo, de ontem!!!
Moto que anda com energia solar
Ela não faz barulho nem polui o ar. Tem motor elétrico. E foi adaptada pelos pesquisadores da Universidade Federal de Santa Catarina para usar uma fonte alternativa de energia.
O posto de combustível da moto é o posto solar. Em uma estrutura, os pesquisadores instalaram seis placas. O que elas fazem é transformar a luz do sol em energia elétrica.
A energia fica armazenada em baterias. Para abastecer, basta parar no posto e ligar a moto na tomada.
O custo é zero, já que a energia solar é de graça. Uma das metas dos pesquisadores é aliviar o bolso dos alunos.
O protótipo da moto solar está sendo testado pela equipe de vigilância do campus.
A MOTO É LINDINHA E FUNCIONA!!!
Só não dá pra competir em pistas!!!
Olá Nelson.
Obrigado pela recepção virtual.
Completamente de acordo.
Para quando um blog teu?
Melena.
Por cá podemos acabar com essa dependência em menos tempos, mas não é com o medo que os nossos governantes aparentam ter.
Precisavamos de governos com planos a longo prazo, porque o actual, e os que o seguirá, só se preocupam com planos a 4 anos.
Bem regressado.
Uma boa abordagem sobre o tema.
"o mundo terá que ser um local, onde existe equílibrio entre os aspectos ambientais, a tecnologia e as actividades humanas."
Para isso muito existe a fazer, partindo do ensinamento que se recebe no seio da própria familia, passando para a escola, uma questão de educação no sentido de saber "olhar" o que nos rodeiam e intervir, sempre intervir.
Mais haveria a dizer nomeadamente referente aos paises exploradores de energias, que sem raciocinio algum o fazem, não se peocupando com a questão ambiental.
Beijinhos.
Olá Jorge.
Tem sido dificil responder aos comentários, com tanto trabalho que se acumulou.
Obrigado pelas simpáticas boas vindas.
Concordo com o teu comentário. Já agora acrescento que na esfera educativa não interessa só desenvolver competências na esfera tecnológica, mas também incentivar a criação de um espírito crítico. Para mim este último aspecto tornou-se deveras relevante depois desta minha viagem. Só assim será possível fazer vencer ideias inovadoras, deveras afastadas de interesses egoístas.
Muito bem-vindo! Fazia falta os seus artigos. Gosto de vir aqui e ler coisas novas e perfeitas.
Já deve estar a par das novidades do EBIT. Temos sala e só falta agora uma reunião prévia para ajuste de pormenores importantes.
Voltarei. :)
Olá Paulo.
Relativamente à utilização de sistemas fotovoltaicos, ainda muito tem que ser feito. Actualmente para produzir um sistema fotovoltaico capaz, gasta-se quase tanta energia como aquela que ele produzirá na sua vida útil. Se esse gasto de energia for de uma fonte alternativa, então vale a pena apostar, se a sua produção estiver dependente do petróleo, acabará por ser uma pescadinha de rabo na boca.
Os sistemas fotovoltaicos são efectivamente importantes para locais inóspitos ou distantes das fontes tradicionais de produção.A tecnologia desse sistema terá que ser aferida para não ser tão popluente como o é na actualidade, não em termos de emissões, masna fase de fabrico.
Sem dúvida que agora, já é passado, mas nem todos somos capazes de arriscar a sair do passado.
Doutor Félix
Seja muito bem vindo, com a sua lufada de boas energias.
As leituras deste blog são sempre a porta aberta a outras experiências.
Admito que o mais importante será exactamente desafiar pessoas e comunidades na exigência de harmonizar o seu "mundo vivido" com as modificações científicas, tecnológicas, económicas, culturais, ambientais...
Li algures, nalgum momento, algo deste género: temos que nos orientar não só em função do "mundo tal e como nos fazem crer que é " ou do " mundo como é", mas também do "mundo como pode ser".
Mais um post pura e simplesmente fantástico...Sempre pertinente.
Beijo terno.
Lâmina de água (Cristina Oliveira).
Antes de mais, não sei o que se passa com o teu blog. Não está disponível. Já lá fui várias vezes e não consigo aceder.
O que queres dizer com o estou fora do ar?
Quanto ao que afirmas, o Biodiesel é uma realidade no Brasil e a utilização do alcool de cana como combustível também. Estes combustíveis entram no grupo daqueles que corresponde à queima de biomassa.
A queima de biomassa corresponde a um balanço nulo, em termos de dióxido de carbono emitido para a atmosfera, logo é ecologicamente equilibrado.
Apesar do Brasil ser pioneiro nessa utilização, no entanto, pelo que tenho lido, está a apostar forte na energia Nuclear: Angra 1, Angra 2 e agora prepara-se para a Angra 3. Apesar do nuclear não provocar aumento do efeito de estufa, há o problema da acumulação de resíduos nucleares. Creio também que as reservas de energia hídrica estão suficientemente bem exploradas, resta então, a este enorme País, apostar no biogás (das explorações agro-pecuárias), energia eólica, energia das marés e solar.
Essa transformação passa, para além da educação, por uma aposta forte dos empresários.
A solução não é simples, mas é possível.
Simpática Flor.
Obrigado pela recepção e consideração.
Não ensino ninguém, aprendo como toda a gente, partilho quando posso. Creio ser esta a riqueza deste espaço.
Muito obrigado por aqui vir.
Frosado.
É por aí que devemos avançar. O hidrogénio produzido a partir das fontes renováveis será o petróleo do futuro.
No Porto já andam dois autocarros movidos a Hidrogénio. Na Flórida já existem alguns automóveis a hidrogénio, e na ilha Terceira, mais propriamente na Praia da Vitória, teremos brevemente também, dois autocarros movidos a hidrogénio.
Lâmina de àgua (Cristina).
Soluções desse tipo são cada vez mais necessárias e cada vez mais pertinentes. Com soluções dessas o reinado do petróleo acabaria rapidamente.
Maria do Céu.
Sinto-me efectivamente muito paparicado pelos meus assíduos amigos. Sinto-me também muito feliz por isso.
Concordo consigo quando diz que há que se partir do "ensinamento que se recebe no seio da própria familia, passando para a escola, uma questão de educação no sentido de saber "olhar" o que nos rodeiam e intervir, sempre intervir". Mas a realidade por vezes é preversa. A família nem sempre tem cultura suficiente para ministrar ensinamentos, a escola nem sempre é motivadora e a sociedade nem sempre premeia os que arriscam....
Mas há que ser optimistas e alterar tudo isso.
Este é outro tema muito pertinente. Já vamos começando a estar alerta para as "energias alternativas". O nome é engraçado, porque me parecem ser estas as energias de primeira opção! Mas eu estou completamente fora da minha área aqui e opino como leiga que sou.
:)
Penso que as novas gerações (e aqui falo pelo contacto directo que tenho com os jovens todos os dias) estão cada vez mais conscientes de que só temos um planeta e preservá-lo é dar continuidade à nossa espécie.
Olá Azoriana.
Você é muito simpática: Coisas novas pode haver, perfeitas, não há mesmo.
Gostei de saber dos preparativos.
Obrigado pelas boas vindas.
Um beijinho.
Temo seriamente que não se chegue a tempo...preocupante!
Março o dirá?!...
beijinho,
***maat
Cristina Mendonça.
Espera-nos uma crise mundial.
Por vezes ultrapassamo-las bem, outras, com muita guerra. Que vençamos a guerra das alternativas e não lutemos mais, ou façamos novas Guerras do Golfo, pelas fósseis.
Temos que ser optimistas.
Bitta.
Venho mais desperto para o mundo, e mais entristecido com os homens.
A esperança, aqui, é sempre a última a morrer.
Eva.
Obrigado pela recepção.
Quanto ao teu comentário. Adorei e sobescrevo.
Ana Pinheiro.
Já me comecei a habituar à tua presença. Obrigado e participa sempre.
Um beijinho.
Caiê.
As alternativas, efectivamente não deveriam ter sido alternativas a nada, muito menos alternativas aos combustíveis fósseis....Mas, o petróleo teimou em brotar do solo e vir ao nosso encontro.
Vale a pena pensarmos que o futuro não depende só das novas gerações, mas também das actuais. Tudo avançará mais rápido. Não concorda?
Um beijinho.
Maat.
Vale a pena sonhar.
Gedeão dizia que "sempre que o homem sonha, o mundo pula e avança...."
Lenon disse-nos que imaginassemos. Imaginemos então.
Um beijinho.
Desambientado.
Muito tem o homem para desesperar e mais para sonhar... """quando o homem sonha o mundo pula e avança""" "como bola colorida nas mãos de uma criança..." acredito que passos serão dados para que o inevitável aconteça. Os meninos cada vez mais cedo tomam parte do processo. Temos de ser persistentes dia após dia.
Creio sem dúvida que poupança de energia é um bom indicador do grau de consciência ambiental de cada um.
Gostei muito deste post, da energia que dele transpira e da esperança que nos dá para continuar a acreditar.
Obrigada uma vez mais por tuas palavras, sempre tão esclarecedoras.
Como nada sei de consistente a respeito das muitas coisas faladas aqui, sempre me fazes bem em ler e entender melhor sobre os assuntos expostos.
Mas sei um tantinho de Brasil e vale salientar que temos aqui dois países distintos, que funcionam em paralelo. Um, é esse capengante; o que vemos na mídia e que advém das más administrações governamentais. É fundamentalmente o ranço politiqueiro e arcaico, o grande vilão do país dos tupiniquins e o maior entrave para que esse venha de fato, tornar-se um gigante capaz e independente. Só não o é ainda , por não permitirem que isso aconteça e por lhe ROUBAREM todas as possibilidades. No entanto, não há potencia alguma no mundo, que sobreviveria aos sucessivos rombos do dinheiro público, como ocorre no Brasil e fundamentalmente o que vimos exposto publicamente nesse último ano. Com uma doença grave dessas, que assola todo o território nacional, já teria levado qualquer pertencente ao famoso grupo dos sólidos, à mais total e irreversível bancarrota. ESSE coitado aqui, segue em frente, imponente e tremendamente capaz. Isso, deve-se exclusivamente ao alto nível de empenho e dedicação de pessoas empreendedoras e confiantes em seus propósitos, sem falar na insistência e persistência de levarem seus objetivos à postos.
Esse país vai pra frente imune aos roubos e desvios astronômicos, em razão da ciência e tecnologia desenvolvida em moldes nacionais; das muitas ONG’s instaladas e do empenho e brilho do trabalho voluntário, silencioso e anônimo das mais diferentes classes e níveis, tanto de conhecimentos didático, social e ou intelectual.
A COPPE, a Eletrobrás e o governo do Estado do Ceará, trabalham em convênio para a primeira Usina de Energia das Ondas das Américas. O projeto, inédito, foi desenvolvido no Laboratório de Tecnologia Submarina da COPPE.
A principal inovação tecnológica deste projeto está no uso da câmara hiperbárica, a única na América do Sul capaz de simular ambientes marinhos de até 5 mil metros de profundidade.
Já a muito tempo, dispomos do uso do gás como combustível e com postos espalhados por grande parte do território. Temos álcool; biodiesel; energia eólica, funcionando a todos os ventos, no nordeste. Temos energia solar; energia das hidrelétricas e termoelétricas naturais e mais todas que resolveres citar e isso, a despeito de todos as barreiras criadas pelos governantes, que teimam em mandar o país pro buraco e são esses os únicos, a levarem as usinas de angra – que aliás vale aqui dizer que são umas mortas vivas – para frente, de barriga e aos trambulhões. Somos todos conhecedores que energia nuclear nesse país, chega a ser ridícula de ser defendida. Essas nossas usinas deveriam ficar como peça de museu e monumento à estupidez e ignorância dos governantes “I”rresponsáveis pela liberação dos recursos e construção. No entanto, temos de concordar que os tempos já são outros e embora nos pareça um tanto piorado, pelo que acabamos tendo de ver e engolir, trata-se apenas da exposição dos fatos, descobertas pelos muitos deslizes éticos, que acabam sendo descobertos com maior facilidade, em razão das possibilidades de divulgação e investigação de mídia/imprensa. Creio que isso já servirá para colocar freio em absurdos que antes, passavam ao largo. Diante da nossa realidade, podemos dizer que ainda não somos capazes de decidir o que fazer com os péssimos dirigentes que acabamos colocando no poder, mas certamente que já aprendemos que eles não nos servem para absolutamente nada, além de atravancar nosso crescimento nas mais diferentes formas. Descobrimos que sabemos muitíssimo bem, governar, dirigir e levar pra frente essa nação de pessoas altamente esforçadas e capacitadas, que fazem muito e comprovadamente, pelo desenvolvimento de todo o povo brasileiro. Exportamos hoje, o muito que buscamos tirar de proveito dos nossos vastos recursos naturais e temos já com uma boa visão da importância da exploração com potencialidade sustentável e de respeito ao meio; em prol não somente dos brasileiros, como de todos os que podem e devem se beneficiar desse território e povo altamente generoso. Acredito que está começando a acontecer no Brasil, hoje, um entendimento de que as divisas imaginárias, de fronteiras, não separam desgraças e que se não soubermos conduzir corretamente nossas reservas e riquezas naturais, perderemos todos. Temos de estar alertas que, embora o BRASIL resista galhardamente aos maus tratos impostos pelos que se julgam aptos a administra-lo politicamente, somos todos nós - seres comuns - e somos nós que o empurramos para frente e portanto, a vigília faz-se necessária permanentemente.
Coisas absurdas feito as usinas de angra, são decisões cometidas por políticos e esses hoje, não passam mesmo de enfeites!!! Quem decide nesse país, comprovadamente, são os brasileiros!!! É por causa disso, que a gente nunca deixou de andar pra frente e mesmo na pior de todas as crises. Por isso é que te digo que angra 3 não vai se criar. Morre antes...
Eu escrevo por metro linear...
Quando eu disse que estou fora do ar, foi em relação ao blog. Amanhã resolverei.
E em Tempo:
Tens mesmo toda razão em dizer que tens andado preocupado com o que vens lendo a respeito do Brasil estar apostando forte na energia nuclear, pois vives fora daqui. No entanto ainda não estamos aqui, nos preocupando com isso. Eles nunca sabem para onde primeiro devem olhar...
Não esqueça que o Brasil que anda apostando nisso, é o Brasil dos políticos e esse não é o nosso Brasil. Esse não é o que reconhecemos e que vai pra frente, impedindo por exemplo, um projeto idiota e milionário, que pretendia desviar o leito do Rio São Francisco... Só um asno no poder, mexeria com tamanho risco... Acabou enfiando a violinha no saco e recuando. Já foram atrás de outra 'mina'.
Esse Brasil que tu leu e que anda apostando em energia nuclear, não é o Brasil dos cientistas e pesquisadores, dos que se preocupam com o meio ambiente e dos que levam esse país pra frente e a gentes dessas, não devemos respeito e muito menos podemos levar à sério, pois atiram no escuro e para o primeiro projeto que consideram com cara de veio de ouro.A essas pessoas, basta recolher dinheiro, impostos, propinas e descobrir como fazer um bom e indescobrível desvio... A aposta não é em usinas e sim no que elas, as usina no caso, poderão render de lucro ($$$) imediato. Logo em seguida o projeto vira velharia e cai no abandono, como é o caso dessas usinas, que jamais conseguiram operar corretamente e na potência que aparentemente foram projetadas. Portanto ainda não há sinais de riscos, pois sempre há nesse país outras coisas menos barulhentas, rendendo muito e que poderão passar quietinhas aos olhos dos ambientalistas. Mexer com angras, é mexer em vespeiros e 'ELES', querem passar invisíveis com suas malinhas de dinheiro, pois não são cientistas, ambientalistas, ecologistas, humanistas e nem mesmo são brasileiros. São políticos, apenas e eles nos ensinaram como devemos tratá-los e que não são merecedores do nosso respeio. Ao menos até nos provarem o contrário.
Um lindo dia pra ti, com um abraço!!!
Cristina (Lâmina d'àgua)
Estive no teu blog e arranjei-o. estava tudo, bem. agora parece ter voltado tudo ao mesmo.
Hoje não vou poder voltar mas amanhã vejo o que posso fazer.
Beijinhos.
Cristina (Lâmina D'água).
Creio que o blog ficou reeditado.
Veja lá.
E eu já te respondi no título das fotos que acabo de postar para o 'Não Sei'...
Na Baía há um modo carinhoso de se referirem às pessoas que consideram queridas e então...
Obrigada meu 'REI'!!!
Tu consertou meu brinquedo...
Afinal, sou pouca prática!!!
Concordo que poupar energia é sem duvida uma forma muito eficaz de ter sempre energia. Infelizmente por muito que poupemos a EDA leva-nos sempre couro e cabelo e ainda no presenteia com constantes cortes de luz que sinceramente despertam em mim as mais obscuras vontades de afogamento.
Delta.
Obrigado pela visita.
Por acaso já tinha passado no blog do Nuno Cabruja.
Fátima Silva.
Não estou totalmente em desacordo contigo quando afirmas que o grau de consciência ambiental de cada um se poderá avaliar pela poupança de energia, mas por vezes poupamos em casa e gastamos em viagens de avião. Por vezes "poupamos no farelo e gastamos na farinha". Não sei então se a consciência ambiental será devidamente avaliada pela poupança de energia.
Cristina Oliveira.
Comento todas as tuas mensagens de uma só vez.
De facto também entendo que os Países se constroem com as pessoas e não com políticos, mas há políticos capazes de aniquilar toda a vontade de um povo. Há que ter cuidado com eles. Curiosamente é a falta de educação cívica de um povo, a falta de cidadania activa das populações que leva a que determinados políticos se instalem no poder. No mundo actual não basta não concordar, há que participar. No mundo actual se não lutarmos pela ética e valores, ela ou eles não se vão impor por si só.
O dinheiro que alguns levam a passear nas suas maletas, não poderá ser dinheiro sujo.
Precisamos fazer no Brasil, e em muitos lados do mundo, inclusivé Portugal, uma verdadeira educação para a cidadania. Para mim, não me interessa a democracia se ela não for esclarecida. Rebanhos encontram-se em todo o lado.
Se o povo não concorda com o nuclear ou outra questão, terá que participar mais das decisões, nos locais apriopriados. Em relação à Agenda 21, o Brasil tem estado a dar exemplos positivos a todo o mundo.
Alice.
Este sol de imverno e o meu tempo nas Caraíbas, são sinais de que algo se pode estar a alterar.
Seria tão bom decidirmos racionalmente, sem ter que andar a ler esses sinais, que muitos dizem ser sinalética do acaso.
Obrigado pela opinião simpática.
Ofeliazinha.
O teu comentário leva-me à defesa da mesma posição que defendi anteriormente. Num novo modeloenergético, deveremos passar da lógica do consumidor de energia para a lógica de prodiutores de energia, ou seja, teremos que democratizar a produção energética para que as energias alternativas sejam uma realidade. Assim: Adeus EDA.
Isso é só um fechamento de raciocínio e não precísarás me responder!!!
Concordo plenamente contigo quando falas da necessidade de maior participação do povo nas decisões tomadas por cada país. No caso das angras já existentes, elas surgiram durante o período da ditadura militar e não havia mesmo a menor condição de impedimento. No entanto hoje e mais sabedores de nosso posição no ESTADO, os governantes já não são mais senhores absolutos das nossas vontades e devemos deixar isso sempre bem claro, participando. Mas precisamos ter uma certa compreensão de que para os anos de ditadura e regime militar, precisa-se o dobro para o resgate do sentimento de cidadania e e responsabilidade ética e cívica.
Por outro lado há coisas que dizes, me causam uma certa inquietação, como no caso do comentário à Alice, sobre
os sinais indicadores de que algo pode estar se alterando...
Tenho medo de pouquíssimas coisas e dessas, temo sempre as manifestações violentas da natureza - embora eu me renda admirada - e ao poder de destruição e maldade dos homens.
Óbvio que os homens sempre serão muito mais destrutivos e avassaladores do que a natureza.
Beijinhos!
Essa ideia já me passou pela cabeça (um blog) mas ainda não tive aquilo a que se poderá dar o nome de "energia inicial" (a vulgarmente denominada coragem) mas irei certamente pensar nesse assunto. Certo é que nunca terá a qualidade e a clareza dos seus artigos..
Abraço
Cristina (Lâmina d'água).
As alterações climáticas glovbais tem contornos muito preocupantes.
Nelson.
Ora essa, então não terá clareza... Não te substimes.
Um abraço.
Só agora cheguei e muito já foi dito.
Bem... quanto à energia das marés no Pico...ééé...história para contar e recontar.
Estou preocupada com as recentes notícias, deixo aqui um apelo da Quercus.
Embargo às 00 horas de 22 de Fevereiro, quarta-feira
Quercus dá 15 razões para NÃO se optar pela energia nuclear em Portugal
A Ordem dos Engenheiros promove quarta-feira, dia 22 de Fevereiro, um debate que pela natureza dos convidados põe infelizmente em causa a isenção técnica que deveria caracterizar tal instituição. Não tendo a Quercus a oportunidade de apresentar a sua opinião naquela conferência dado a organização ter preferido convidar um grupo ambientalista francês pró-nuclear do que qualquer voz dissonante a nível nacional, a Quercus vem por este meio apresentar de forma sucinta as 15 principais razões pelas quais considera inviável, num quadro de desenvolvimento sustentável do país e a bem da nossa economia, a opção pela energia nuclear.
1. Portugal tem uma enorme oportunidade na conservação de energia e eficiência energética
As previsões de aumento em 350% do consumo de electricidade entre 1990 e 2020 são um erro tremendo em relação àquilo que está a ser desenvolvido em diversos países Europeus, onde a intensidade energética (energia consumida por produto interno bruto) tem vindo a diminuir e o consumo per capita estabilizou. No entender da Quercus, existem várias centrais térmicas, nomeadamente um eventual caso de uma central nuclear, que não se justificam pelo enorme potencial da eficiência energética e conservação de energia, nomeadamente nos sectores residencial e serviços. O consumo de electricidade em Portugal tem vindo a aumentar na ordem dos 6% ao ano, não sendo já argumento o nosso baixo grau de desenvolvimento. Temos estado a crescer mal e com muitos desperdícios. A correcção deste caminho permite perfeitamente melhorar a qualidade de vida com menor consumo de energia e menor poluição, desde a electricidade à dependência do petróleo em sectores como os transportes. Um Kw/h poupado, de acordo com a Entidade Reguladora do Sector Energético, é dez vezes mais barato que um Kw/h a ser produzido, inclusive por energias renováveis.
2. O potencial de implementação das energias renováveis em Portugal é enorme
As energias renováveis têm um enorme potencial em termos de expansão no nosso país, em particular a energia eólica, biomassa e solar, sendo que a hídrica já apresenta níveis de exploração bastante consideráveis. Quer pela produção directa de electricidade, quer pela produção de calor, Portugal felizmente apresenta condições climáticas e de uso do território que permitem a sua afirmação em termos tecnológicos e em consonância com metas estabelecidas na União Europeia que, para 2010, e para Portugal, será de 39% de energias renováveis na produção de electricidade, mas com percentagens crescentes para os anos seguintes.
3. A energia nuclear serve para produzir electricidade e esta representa apenas cerca de 20% do consumo de energia final do país
Uma central térmica recorrendo a combustível nuclear apenas consegue produzir electricidade. A dependência de Portugal face aos combustíveis fósseis, nomeadamente em relação ao petróleo, está directamente relacionada com outros usos da energia em sectores como os transportes e a indústria. A instalação de uma central nuclear não resolve assim os problemas energéticos estruturais de Portugal, que passam muito mais por medidas integradas associadas ao ordenamento do território e às actividades produtivas do país.
4. A energia nuclear é muito mais cara
A produção de energia nuclear é das mais dispendiosas, contrariamente ao que é habitualmente comunicado aos cidadãos. O contemplar dos custos de construção e de desmantelamento face ao período de vida da central, faz com que apenas o solar fotovoltaico apresente valores mais elevados, valores estes que no entanto tendem a reduzir-se por efeitos de economia de escala face à sua cada vez maior expressão.
Fonte de Energia Custos por kilowatt-hora
Eficiência energética 0-5 cêntimos
Hidroeléctrica 2-8 cêntimos
Carvão 5-6 cêntimos
Vento 5-8 cêntimos
Petróleo 6-8 cêntimos
Solar térmica 9 cêntimos
Nuclear 10-12 cêntimos
Solar fotovoltaico 15-20 cêntimos
Fonte - http://www.net.org/proactive/newsroom/release.vtml?id=18534
5. A falácia da produção limpa em termos de emissões de gases de efeito de estufa
Contrariamente ao que se anuncia, a produção de energia através de centrais nucleares não é isenta em termos de emissões de gases de efeito de estufa responsáveis pelas alterações climáticas. A sua construção é uma importante fonte de emissões, mas principalmente a exploração do urânio e também o transporte dos resíduos para processamento ou armazenagem, acabam por contribuir significativamente. Os níveis calculados de emissão em termos de ciclo de vida colocam uma central nuclear numa situação pior que uma central a gás natural.
6. Segurança de abastecimento comprometida - Potencialidade de descentralização oferecida pelas energias renováveis é contrariada por uma central nuclear
A segurança de abastecimento é um dos aspectos mais relevantes no sentido de evitar problemas como os blackouts que sucederam na costa Oeste dos Estados Unidos em 2000/2001 ou no Brasil, ou ameaças externas como o bloqueio eafornecimento de determinados tipos de combustível (como sucedeu recentemente nos problemas entre a Rússia e a Ucrânia). Neste quadro, tem sido defendida uma cada vez maior descentralização da produção que, no limite, será baseada em energias renováveis associadas às próprias residências e serviços, até porque desta forma existem menos perdas no transporte. Neste sentido, uma forma de produção centralizada com uma enorme potência instalada contradiz objectivos de longo prazo que têm vindo a ser reforçados à escala europeia e num quadro de maior sustentabilidade da gestão da produção e consumo de electricidade.
7. A energia nuclear só é viável à custa de enormes subsídios governamentais – Portugal apoia muito mais investigação no nuclear que na conservação de energia e renováveis
A produção de energia nuclear continua a beneficiar de fortes subsídios públicos ao abrigo do Tratado Euratom. Ao longo dos últimos 30 anos, a tecnologia nuclear foi brindada com cerca de 60 biliões de Euros para investigação, um valor muito superior ao atribuído a qualquer outra fonte de energia. Por outro lado, a industria nuclear continua a reclamar subsídios para a gestão dos resíduos radioactivos produzidos pelas centrais.
Portugal também não faz os investimentos certos em investigação e desenvolvimento na área de energia: o nuclear recebe 110 vezes mais do que a conservação de energia e 7 vezes mais do que as renováveis. De acordo com a Agência Internacional de Energia, Portugal destinou, em 2004, 2,2 milhões de euros para investigação na fusão nuclear enquanto que apenas dedicou 0,32 milhões de euros para energias renováveis e 0,02 milhões para a conservação de energia e apenas no sector industrial. Em causa está a fraquíssima prioridade dada à conservação de energia e eficiência energética e também às energias renováveis.
8. Portugal ficará dependente de tecnologia importada e cara; é mais uma dependência, neste caso perigosa, de outros países
Não existe experiência em Portugal de construção ou manutenção de centrais nucleares, uma vez que essa nunca foi uma opção, mesmo quando outros países enveredaram por essa forma de produzir energia. Neste contexto, as mais importantes valias económicas do projecto serão para os países e empresas dos mesmos que têm experiência nestas tecnologias e não para Portugal. Ter uma central nuclear com tecnologia importada que ainda por cima se anuncia como experimental, é um risco demasiado elevado a correr.
9. Cenários oficiais mostram que a Europa não aposta no nuclear e Portugal iria estar em contra-ciclo
Na Europa estão apenas em construção duas centrais: a central de Olkiluoto-3 na Finlândia, cujas condições de financiamento passam por uma subsidiação indirecta pela taxa de juro muito abaixo do mercado, providenciada por instituições francesas e alemãs e que não se deverá vir a repetir, nomeadamente face às novas directrizes de transparência no financiamento do mercado energético na União Europeia, e a central de Cernavoda na Roménia, cuja construção se iniciou ainda no regime comunista, foi suspensa e recomeçada alguns anos depois. O cenário oficial da União Europeia em termos energéticos (modelo PRIMES) de Novembro de 2005 apresenta uma redução da produção de electricidade por centrais nucleares 0,8% ao ano entre 2010 e 2030.
10. Longevidade dos resíduos e herança para as gerações futuras
A longevidade dos resíduos nucleares estima-se em dezenas a centenas de milhares de anos. Será justo delegar nas gerações futuras a resolução de um problema que, nos cerca de cinquenta anos de existência da indústria nuclear, ainda não conheceu qualquer evolução no sentido de poderem ser tratados sem impactos para as gerações presentes e futuras? Ainda na passada semana o responsável pelo depósito de resíduos nucleares dos Estados Unidos referiu que, para o projecto previsto para a Montanha de Yuccan, não se consegue ainda afirmar um prazo de conclusão nem um custo final que, no entanto, deverá ser muito elevado.
Esta questão é ainda mais premente quando se prevê que as reservas de urânio não durem mais do que algumas décadas, o que implica que as gerações futuras teriam que encontrar outra solução para a produção da sua energia (resolvendo um problema que os governos actuais não tiveram a coragem e empenho para resolver), ficando com o ónus de lidar com os resíduos que nós produzimos por muitos milhares de anos.
11. Riscos associados ao transporte e armazenamento dos resíduos nucleares
Uma vez que o reprocessamento dos resíduos nucleares, componente que pode ter maior ou menor peso dependendo do tipo de central, não ocorreria em Portugal, o seu transporte poderia acarretar riscos acrescidos para as populações e o ambiente por onde passasse, bem como nos locais onde fosse armazenado.
12. Tempo de construção previsto
A construção de uma central nuclear em Portugal levaria cerca de 10 a 15 anos até que pudesse estar operacional em termos de fornecimento de energia eléctrica. Por essa altura, Portugal já terá que ter tomado as medidas certas no sentido de acertar o passo com as reduções de emissões de gases com efeito de estufa previstas, sob pena de condenarmos o país à estagnação ou retrocesso económico e social, pelo que esta solução em nada contribui para a resolução do problema.
13. Custo de desmantelamento das centrais e suas consequências ainda não estão suficientemente avaliados
O custo do processo de desmantelamento é geralmente estimado por baixo em relação à realidade. Estamos porém a falar de valores de muitas dezenas de milhões de euros. No âmbito do processo de desmantelamento, muitos dos elementos de uma central nuclear têm obrigatoriamente que ser tratados como resíduos nucleares, o que implica custos elevadíssimos de desmantelamento. A experiência nesta matéria é também ainda relativamente reduzida a nível mundial e como já se mencionou, em países com uma forte indústria nuclear como os Estados Unidos, o problema ainda está longe de ter resolução.
14. Secretismo e estímulo ao militarismo
As centrais nucleares tendem a ser encaradas como casos especiais, mesmo em países democráticos, sendo difícil ter acesso a informação concreta sempre que há algum problema. Para além disso, com a produção do plutónio que resulta do processamento dos resíduos decorrentes da produção de energia, estimula-se a produção de mais armas nucleares com fins militares, alimentando a indústria da guerra a nível mundial. Existem vários documentos que comprovam que, por exemplo no Reino Unido, o ataque a centrais nucleares por parte de células terroristas foi considerado. A instalação de uma central em território português iria aumentar o risco de Portugal poder ser vítima de um atentado que poderia ter consequências desastrosas em termos ambientais, sociais e económicos. Os custos com a segurança em qualquer central são avassaladores e tendem a aumentar.
15. Dificuldade em encontrar uma localização
Considerando as suas necessidades específicas, nomeadamente ao nível da disponibilidade de uma fonte de água abundante e factores de segurança como a necessidade de evitar zonas de maior actividade sísmica, e tendo em conta a exiguidade do território português, a definição e aceitação da localização de uma central nuclear seria uma tarefa muito difícil.
Lisboa, 22 de Fevereiro de 2006
A Direcção Nacional da
Quercus – Associação Nacional de Conservação da Natureza
Para mais informações contactar Hélder Spínola 937788472, Francisco Ferreira 937788470 ou Susana Fonseca 936603683.
Desambientado.
Há aí um misto de culpa e preocupação por viagens realizadas. Não é? Mas há viagens que são indispensáveis outras nem por isso. Quando me referia à avaliação da poupança tinha em mente coisas mais pequenas às quais não damos tanta importância, mas que acumuladas dão que pensar. Por exemplo:
- as compras (metade do que pagamos é lixo)
- as viagens de carro
- todo o tipo de energia no consumo doméstico
- os duches intermináveis
- os presentes principalmente os destinados às crianças (kg de brinquedos, a maior parte inúteis)
- ...
São exemplos há muitos outros e nem levantámos vôo.
Obs: O sua imagem identificativa é, penso eu, uma alegoria à energia ou à expansão das energias positivas? Dá que pensar.
Obrigado pela sua visita ao meu modesto cantinho. è sempre bom receber palavras simpáticas dos amigos. O seu regresso é muito bom! Gosto de aqui vir beber das suas palavras. Um abraço
estão aqui umas páginas interessantes, para posterior consulta/estudo.
É inevitável a utilização das energias renováveis.
neste momento e por questões monetárias, algumas destas alternativas ainda têm valores elevados.
Espero que num curto/médio prazo, se tornem acessíveis a todas as bolsas.
:)
É com alegria que te sinto novamente.
Quanto hás "coincidências estranhas" não acho assim tão estranho.
Neste mundo tão pequeno a esquina é ali mesmo, onde nunca saímos.
Como não estou habilitado a falar sobre a matéria deste post, só desejava realçar o seguinte.
Só por vossês, é que este mundo deveria de dar ouvidos.
A vossa preocupação e devoção são tais,que os chamados senhores do poleiro se deveriam de ajoelhar e vos pedir desculpa.
Talvez um dia isso suceda para que a humanidade viva melhor.
Os nossos netos e bisnetos agradecem o V. esforço.
Fica bem e obrigado pelas tuas visitas.
Doutor Félix
Desculpe usar este espaço para lhe formular um pedido.
Precisava de comunicar pessoalmente consigo esta tarde na Universidade, pode ser?
Tenho deixado mensagens no seu mail.
Abraços
Olá Felix,
Você conhece o conceito da Esfera de Dyson? Essa será uma alternativa no futro muuuiiiito distante.
No Brasil estão inaugurando uma usina de energia utilizando as ondas.
O uso do álcool em automóveis aumentou muito também. HOje em dia todos os carros novos já vem bi-combustíveis. Entretanto, os usineiros já aproveitaram para aumentar o preço do álcool. Conclusão: O governo está reduzindo a introdução dele na gasolina (que no Brasil é de 25%) o que em contra-partida aumenta a poluição, que em uma cidade como São Paulo com mais de 10 milhões de habitantes (e 2 dois milhões de automóveis) fará uma grande diferença no inverno.
Um abraço
Adilson
Fsilva.
Obrigado pelo comentário. Bom as marés no Pico são um começo, vamos acreditar que sim...., do mesmo modo que a energia eólica em Portugal também é um começo. Ou não será assim?
Quanto às 15 razões para Portugal não optar pelo nuclear, estou de acordo com quase todos e com os meus amigos Hélder e Francisco Ferreira, no entanto, há uma questão que para mim é pertinente neste contexto:
-Em Portugal não poderemos ser hipócritas ou ingénuos e dizer não ao Nuclear, e consumir energia eléctrica, produzida nas Centrais Nucleares Espanholas e Francesas. Se continuarmos a dizer não ao Nuclear, devemos resolver internamente os nossos problemas energéticos e não importar energia eléctrica de Países com centrais nucleares. Se a solução for resolver o défice energético com importação, então sejamos coerentes, e o nuclear poderá ser uma solução.
Temos efectivamente um potencial muito grande em energias renováveis, deveríamos começar a apostar já. Assim, o nuclear não fará sentido.
Eu sou contra o nuclear no mundo. Se a Europa não o for, Portugal deverá pensar bem nas suas opções. Um desastre nuclear em Espanha, afectará inequivocamente Portugal quer tenhamos ou não centrais nucleares...
Fátima Silva.
O meu comentário não foi uma crítica à tua opinião, foi uma tentaiva de abrir um pouco mais a abrangência da questão.
Concordo com o que dizes, e como sabes, uma forma de avaliar as emissões é, indirectamente através da quantidade de lixo produzido. Mas no computo global as maiores emissões estão associadas aos transportes.É aí que estão neste momento os maiores gastos energéticos.
Luis (ilhas).
O teu cantinho é tão modesto como o meu. Também gosto muito de te ter por aqui.
adesenhar.
Estou completamente de acordo com o que afirma, quanto às energias alternativas. Quanto ao facto desta página ser um local de estudo, agradeço-lhe a consideração e a simpatia.
Zeca.
É sempre um prazer sentir-te por aquí.
Quanto ao vocês, eu acrescentaria nós os ilustres desconhecidos, nós os que lançamos ideias estapafúrdias num mundo virtual que tenta discutir o mundo real. Todos somos capazes de dizer algo sobre esse assunto, quanto mais não seja: Vou pensar um bocadinho mais sobre isso, pelo menos foi esta a minha intenção com este post. Não foi informar, não foi educar, mas apenas discutir e pensar em conjunto.
Um abraço.
Olá Ruth.
Já tinha saúdades da sua presença.
Quanto às suas questões, elas são pertinentes. Os países pobres só tem a lucrar com isso. Se eles continuarem reféns do petróleo, então é que não vão a lado nenhum. Quanto aos paíse ricos, claro que eles tem a vida mais facilitada para efectuar a conversão, mas por outro lado, têm menos potencial energético renovável.
Tens razão quando afirmas que o aproveitamento da energia solar ainda é muito caro, mas havendo mercado, os preços tornar-se-ão mais acessíveis. Neste momento a energia solar é apenas uma opção individual e não uma opção colectiva. Não faz sentido que todos os locais explorem a energia solar, por exemplo, aqui nos Açores, onde o Céu está muitas vezes nublado, a energia solar não tem grande potencial, mas o vento, as ondas e a geotermia podem ser o nosso futuro energético. Cada local terá que estudar as suas potencialidades.
Um beijinho.
Vidal (Eva)
Já te respondi. Fico a aguardar resposta.
Não há problema teres entrado em contacto comigo por aqui. Escreveste-me para um email que está em desactivação.
Adilson.
Gosto de o ver por aqui.
Sim, conheço o conceito. Por vezes evoluimos tão rapidamente que num século transformamos por completo tudo o que nos rodeia. Hoje a Esfera de Dyson é ficção científica, tal como a fusão nuclear a frio, mas amanhã poderão ser realidades.
De facto os biocombustíveis tem tido um grande incremento no Brasil, e penso até mesmo, que o Brasil é um exemplo na sua utilização. o melhor combustível será sem dúvida o hidrogénio, para Megacidades como São Paulo. Mesmo sendo utilizado um biocombustíveis, teremos concentrações anormais de poluentes nas grandes cidades.
Para além do biocombustível, da energia Hídrica e energia solar, quais são os restantes potenciais energéticos do Brasil? As ondas? As ondas não creio que possam ser exploradas em toda a costa Brasileira, dada a pouca profundidade da plataforma continental. Ou não é assim?
Quando dizes "As energias alternativas aos combustíveis fósseis podem ser o motor da sustentabilidade planetária" devias ter dito "têm que ser".
Desculpa discordar de ti, que és uma autoridade na matéria...
Não referes a energia eólica, da qual eu não percebo o baixo nível de investimento existente em Portugal. Até porque eu não acredito na energia atómica em termos de futuro.
Não sabia da unidade geotérmica dos Açores (devo andar distraído...).
Mais um grande tema que abordaste. Parabéns.
Abraço.
Caro Felix,
O Brasil estã inaugurando uma usina de ondas no Ceará. Lá e em Pernambuco (ambos no nordeste brasileiro) existem programas extensos de uso de energia eólica. Além da hidroelétricas, que em São Paulo já estão saturadas houve investimentos na área de utilização de gás natural. Muitos carros já estão sendo usados como "tri-combustíveis" (gasolina, álcool e gás). Recentemente também foi descoberto um grande reservatório de gás natural próximo ao litoral de São Paulo.
O grande problema do hidrogênio, do meu ponto de vista, ainda é a sua produção. Nesse sentido, o Brasil poderia levar vantagem nisso, pois poderia utilizar o excedente energético das hidroelétricas (em determinadas épocas do ano) para produzir o hidrogênio.
Tenho um colega de universidade que trata do desenvolvimento de catalizadores mais eficientes, utilizando, por exemplo, multicamadas metálicas. Contudo, há muito pouco investimento nisso no Brasil, em comparação com o enorme potencial de utilização. Como postei no meu blog, o governo prefere mandar um astronauta para o espaço, levando a bandeira do Brasil e o Chapéu do Santos Dumont.
Olá Nilson.
A diferença entre "tem que ser" ou "podem ser" motor da sustentabilidade, está no modo como aceitamos a opinão dos outros. Quando digo que podem ser, assumo um certo erro, ou uma certa incapacidade de visão. Se afirmasse "são", para mim dá-me a ideia de que "raramento tenho dúvidas e nunca me engano".
Se me perguntares se neste momento vislumbro algo diferente para atingir a sustentabilidade planetária, dir-te-ia que não.
Outra questão: Não sou nenhuma autoridade na matéria.
Quanto à eólica, de facto não referi, não por esquecimento, mas por achar que essa já se começou a afirmar, o mesmo aconteceu com a não referência à hídrica que até atinge uma percentagem maior do que a eólica em Portugal.
Relativamente à geotérmica, ela representa neste momento cerca de 20% do consumo de energia eléctrica em S. Miguel, onde já existem duas.
Na ilha Terceira, também está em fase de instalação outra central geotérmica.
Um abraço.
Adilson.
A produção de hidrogénio pode ser vantajosa para todas as centrais, onde a energia eléctrica não possui qualidade para ser injectada na rede. Por exemplo a eólica não tem grande qualidade, bem como a produzida em centrais de maré.
Vejo o hidrogénio mais como uma optimização da exploração de determinadas fontes.
A produção, quanto a mim, não é tão problemática quanto o seu armazenamento e distribuição. Aí sim, parece-me que ainda não estamos preparados para o fazer.
Para alguns países haverá vantagens em produzido, pois poderão comercializá-lo, enquanto que misturas de biodiesel, alcool, etc, não será facil.
Cristina Mendonça.
Creio que já está resolvido, em parte esse problema.
Li teu recadinho e mais uma vez obrigada por tua presença!!!
Devo sempre muito a ti e em muitos sentidos!!! Mas acima de tudo, és o responsável técnico pela minha reabilitação!!! Que desastrada, não???
Beijinhos!!!
ò,ó
Muito bom post. No fim-de-semana vou lançar uma campanha contra a construcção da central nuclear, no meu blog!
Acabo de postar em homenagem ao Colecionador de Nuvens!!!
É pra ti, por teres desencantado meu blog!!!
Beijinhos!!!
ò,ó
Olá Cristina (Lâmina)
Agradeço imenso a atenção, e já agora, não há necessidade de agradecer mais. Foi um prazer.
Beijinhos.
OLá Zig.
Obrigado por vê-lo por aqui.
Quanto a centrais nucleares em Portugal, parte do que eu entendo sobre o assunto, foi comentado na resposta à fsilva.
Um abraço.
Caro Felix,
Concordo com você que o maior problema seja a distribuição do Hidrogênio. É semple complicado manipulalo em largas escalas. De fato é necessário o investimento para resolver esse problema. Uma solução, que não sei a que ponto anda, seria a utilização do Nióbio para armazená-lo. Se bem me lembro é possível inserir nas vacâncias da rede do Nióbio o equivalente do mesmo em massa. Contudo, o processo distrói a ligação entre os átomos.
Gostaria de lhe perguntar. Como você vê a alternativa européia de construir um reator de fusão nuclear para produção em larga escala? Será talvez a verdadeira solução energética?
Vim dar um beijinho e desejar um bom fim de semana :)
Acredito que do caos o ser humano aprendi a viver, a energia solar ja deveria ser um modo de vida ha muito tempo. Infelizmente as companhias petroliferas tem interesses no mundo que impedem esse de evoluir, assim como certas religioes impedem seus fiéis de evoluirem, deixando-os em estado primitivo com pensamentos no seculo passado.
Mas com a crise do petroleo eles terao que abrir mao da energia alternativa.
Uma linda sexta feira para vc querido.
Big Kiss.
Com uma localização geográfica como a que Portugal tem é pena não se estar a investir fortemente nessa área, fugindo, simultaneamente, à dependência do petróleo e à sua flutuação desmesurada com grandes consequências na nossa economia. Além disso, por incrível que pareça, muita desta energia alternativa para a qual Portugal é um produtor privilegiado por razões acima apontadas, está nas mãos dos italianos...
Bom fim-de-semana!
Bom Carnaval também para ti!
Sou a favor das energias alternativas ou não poluentes! E penso ainda que Portugal não está a explorar as suas potencialidades ao máximo!
No entanto, e no que refere à energia nuclear, se em Portugal corremos o risco de sermos afectados em caso de acidente numa central nuclear espanhola, porque não construir-se uma ou duas centrais. Bem sei que a ideia pode parecer uma completa idiotice, mas tando em linha de consideração que temos o risco e não temos o proveito...
Bom Carnaval!
Olá Félix,
Um grande Abraço Fraternal também para ti.
Bom fim de semana e bom carnaval.
Adilson
Obrigado pela discussão em torno desta temática.
Relativamente ao armazenamento e transporte de hidrogénio, já se produziram, segundo me informou um colega, resinas capazes de armazenar o hidrogénio com um processo físico muito próximo do Nióbio.
Quanto à fusão nuclear Europeia, a não ser que esteja tudo a ser tratada em segredo, parece-me neste momento uma utopia.
Bom Fim de semana.
Ana Pinheiro.
Um beijinho também para ti e bom Carnaval.
Águas da Vida.
As petrolíferas agora não estão muito interessadas em manter a dependência do petróleo, porque chegaram à conclusão que este está a acabar. São as próprias petrolíferas que estão a investir nas energias alternativas, para não perderem o monopólio das energias, enquanto os nossos governos e nós mesmos discutimos os assuntos.
Bom Carnaval.
Olá David.
Do teu comentário, não percebi a última parte, aquela onde afirmas que a energia alternativa em Portugal está nas mãos dos italianos...Podes explicar melhor?
Bom fim de semana.
Olá Deep.
Bom fim de semana também para si.
A lice.
Que te divertas muito neste Carnaval. Gostas muito de Danças de Carnaval ou não?
Restaurador.
Estou completamente de acordo contigo. Defendi o mesmo num comentário anterior e no Blog do Zig.
Um abraço e bom Carnaval.
Jorge.
Simpático como sempre. Obrigado.
Temática interessante, a deste post.
As energias renováveis, nos Açores, estão mesmo longe de ser um sonho.
A energia geotérmica, a eólica e a hídrica têm dado um contributo importante no arquipélago e os níveis de penetração irão aumentar nos próximos anos, permitindo, assim, a diminuição da utilização da energia térmica.
Apesar de serem feitos esforços na implementação de alternativas renováveis nos Açores, acho que parte também de cada consumidor, a racionalização dos gastos. Se formos mais conscientes na utilização da energia, estaremos a contribuir para um ambiente mais saudável, pois o aumento do consumo leva, obrigatoriamente, ao aumento de potência instalada.
Gostei do seu blog. Passarei por cá mais vezes.
Olá Claúdia.
Antes de mais, obrigado pelo seu comentário, e sê bem vinda, a este espaço.
Ainda bem que as energias alternativas ao petróleo começam a ser uma realidade no Arquipélago, mas muito mais terá que ser feito, quer em termos de produção de energia eléctrica a partir das renováveis quer em termos de produção de combustíveis alternativos à gasolina. O Hidrogénio, se pegar, será de facto o grito de emancipação do Arquipélago em termos energéticos. Mais interessante ainda é que poderemos passar da lógica do consumidor de energia para a lógica de produtores de energia. Há apenas que ser racionais e optimizar recursos energéticos.
A geotérmia tem sido muito importante nos Açores, até agora exclusivamente em São Miguel, mas brevemente surgirá na Terceira e de seguida saltará para outras ilhas.
Quanto à eólica, a sua produção em termos práticos tem sido deveras reduzida, porque é uma energia sem qualidade. Se servisse para produzir combustível, então aí, seria muito importante....
Precisamos continuar a sonhar...
Volte sempre e comente sempre.
Obrigado.
Caro Félix, agradeço a sua visita ao meus espaço e o link que fez no seu blog.
O sonho realmente comanda a vida e sim, a geotermia tem sido um sucesso. Aliás, somos um exemplo a seguir.
Cumprimentos
Cláudia.
Gostei de lar os seus dois últimos posts. Ainda não tive tempo para os outros. Por isso é um prazer linká-la.
Claro que sim. Esta é realmente uma das minhas preocupações como cidadã do mundo.
Beijinho
Micas.
Então há que passar a palavra.
As energias alternativas na RAA poderão de facto passar a ser uma realidade muito importante. Quanto à produção de Hidrogénio tenho as minhas dúvidas. Apesar de existirem condições naturais para a sua produção duvido cada vez mais da capacidade de gestão de quem lidera o Laboratório responsável pela investigação nesta área. Efectivamente, tem-se assistido a um progressivo abandono (quer definitivo, quer em termos da prioridade dada à investigação em que estão envolvidos) dos técnicos que ali trabalham. Por outro lado, a recente polémica em termos das contas daquele laboratório que culminou no pedido de demissão do Presidente do Conselho Fiscal também abalou a confiança nos responsáveis pelo mesmo. Por fim nada se sabe sobre objectivos concretos de produção de energia: quanto vai ser produzido? com que custos? com que aplicações? quais os prazos previstos? Falando sempre de forma bastante genérica, os responsáveis pelo referido laboratório defendem-se prudentemente de possíveis avaliações do trabalho que desenvolvem... Os privados também já perceberam isto e não quiseram abraçar os projectos que lhe foram propostos.
Arquipélago das Dúvidas
Caro Anónimo.
Obrigado pelo seu comentário, neste espaço.
Não percebi a que Laboratório se está a referir. Uma vez que começa por analisar a questão, do ponto de vista da RAA, só pode estar a referir-se ao Laboratório de Ambiente Marinho, que é o único que na Região que investiga, com dinheiro de um projecto europeu, a produção de hidrogénio nos Açores, já que não tem o paoio do Governo Regional. Que eu saiba, nada do que afirma tem a ver com o LamTec. Não percebi se está a referir a alguma instituição de âmbito Nacional?!
Para mim, é evidente que o sistema de produção de hidrogénio tem que ser avaliado e terá forçosamente, dentro de 20 a 30 anos, grandes mais valias, quando o petróleo desaparecer quase por completo. Logo, quais são as alternativas em termos de combustíveis? Os grandes problemas dos empresários, é quererem rentabilizar os investimentos a curto parzo, e o dos políticos, não terem capacidade de ter planos para além dos quatro anos de mandato.
Muito haveria a dizer sobre a produção de hidrogénio nos Açores e até mesmo em Portugal. Por agora fico-me por aqui.
Caro Desambientado:
Uma sugestão - coloque uma foto da Estação das Ondas, do Cachorro, no Pico...
Se não tiver (LOL) eu arranjo...
Fernando.
Por acaso não tenho e não consegui arranjar em tempo útil.
Se tiver agradecia que enviasse para felix@notes.angra.uac.pt
Um abraço.
Caro Desambientado
Obviamente que me referia ao Laboratório que menciona. Quanto à capacidade do sector privado e dos políticos merece-me muito mais respeito do que a de quem gere o LamTec. Relativamente aos primeiros porque, ao contrário do que menciona, permanecem no mercado muito para além do curto prazo que refere o que poderá indiciar uma visão para além daquele horizonte temporal... Quanto aos segundos, porque são o resultado do processo democrático e da avaliação dos cidadãos que considero ser um dever respeitar em democracia.
Por outro lado, quem gere o Lamtec é que parece estar sitematicamente associado a projectos de curto prazo que, como balões de um gás mais leve do que o ar, depressa desaparecem do horizonte que constitui a memória dos cidadãos - que de resto não chegam a usufruir de qualquer benefício em resultado dos mesmos...
A criação de teorias da cabala que sirvam para vitimizar os focados apenas serve para desviar a atenção daquilo que realmente importa: quais os objectivos do projecto do hidrogénio? quais os resultados já conseguidos? quais os meios necessários? quais os prazos propostos para os resultados a alcançar? quais os desvios relativamente ao inicialmente planeado (se é que alguma vez o foi de forma estruturada).
Para mim o hidrogéneo é realmente importante. Por isso levanto estas questões.
Arquipélago das Dúvidas
Caro Arquipélago das Dúvidas.
De facto você é um Arquipélago de Dúvidas, ou então, cultiva a dúvida metódica. Não é uma crítica.
Não percebo as suas observações relativamente ao Lamtec, dado que esse Laboratório não tem Conselho Fiscal, não é uma Instituição Autonoma da Universidade dos Açores, não é uma Associação sem fins lucrativos. Não tem Conselhos Fiscais, apenas tem que dar contas a quem financia, dos trabalhos que desenvolve.
Quanto ao afastamento de técnicos do respectivo laboratório, é provavel que tal tenha acontecido e continue a acontecer, pois infelizmente, sabe muito bem quem faz investigação, que é dificil garantir continuamente financiamento para os projectos de investigação. Todas as Universidade funcionam do mesmo modo e a dos Açores não é excepção.
A minha confusão do seu comentário anterior prendia-se exactamente com isso. Liderança o Laboratório tem, não tem é Conselhos fiscais, ou outras coisas que tais.
Relativamente a Crenças; na liderança do Lamtec ou no Governo ou sector privado, é livre de se sentir seguro na perspectiva que bem entender. Digo-lhe que o Lamtec e a sua liderança tem promovido muito mais as energias alternativas nos Açores do que tudo o resto. Digo-o com um certo à vontade porque não pertenço a esse Laboratório, nem sou da ideologia política do seu lider, mas reconheço o esforço e o dinamismo do Lamtec.
Relativamente a técnica e democracia, para mim cada coisa está no seu respectivo lugar. Não se faz investigação científica democraticamente. O povo não tem nada a ver com o assunto, já os políticos eleitos sim, esses financiam e quando não o fazem, não tem nada que meter o bedelho.
Claro que se estiverem em causa questões éticas, que não é o caso,tanto o povo como os políticos eleitos terão que intervir.
Os projectos de investigação científica são efectivamente de curto prazo, você tem toda a razão. O Financiamento é entre dois a quatro anos. Daí que haja técnicos que terão que sair. Quando há uma aposta forte do Governo, tal não acontece.
Quanto aos objectivos do Projecto hidrogénio, eu já ouvi falar neles, vezes sem conta em situações muito distintas: Rádio, televisão, Jornais, Conferências, por políticos regionais, por políticos nacionais, por politicos europeus, etc etc. Existem e são bem claros, o que não está claro é o apoio que alguns dizem que dão.
Cumprimentos.
Caro Desambientado.
Efectivamente, gosto de exercer a dúvida metódica - há até quem me apelide de superfície frontal da dúvida, em contaposição ao anticiclone da dúvida que, por não provocar turbulências, nos trás a pasmaceira.
Quanto ao Lamtec, parece-me que estará equivocado. Pela consulta da página do laboratório na net concluí que o mesmo está constituído como Associação Técnico-
-Científica Sem Fins Lucrativos (sic). Logo, pelo art.º 162 do Código Civil deduzo que TEM Conselho Fiscal...
Quanto às crenças relativamente ao Estado e ao sector privado que me atribui, não resultam de uma qualquer questão de fé mas antes de um dever resultante da própria Constituição, que define Portugal como uma República soberana, baseada na vontade popular onde a iniciativa económica privada se exerce livremente nos quadros definidos pela Constituição e pela lei e tendo em conta o interesse geral. Dentro deste quadro, a capacidade de liderança de um projecto será tanto maior quanto melhor for capaz de atrair seguidores para as causas que abraça. Acontece que nas últimas décadas esses seguidores se tornaram mais exigentes e requerem cada vez mais a transparência e a prestação de contas. C' est la vie...
Não voltarei a qualquer contra argumentação sobre este tema por considerar que o seu blog tem outros assuntos de igual ou maior interesse.
Saudações insulares
Caro Arquipélago das Dúvidas, cumpra-se a sua vontade.
Cumprimentos insulares.
Caro Arquipélago das Dúvidas.
É só para lhe dizer que afinal tem razão no que respeita à configuração do Lamtec. Rxiste mesmo Comselho Fiscal. Eu desconhecia. Admito também não ter acompanhado alguns dos aspectos que refere.
Enviar um comentário
<< Home